Resenha: As Elizas – Sara Shepard.

Título: As Elizas.

Autora: Sara Shepard.

ISBN-13: 9788595082977.
ISBN-10: 8595082979.
Ano: 2018. Páginas: 384.

Idioma: Português.

Gênero: Ficção, literatura estrangeira, suspense, mistério.

Editora: HarperCollins Brasil.

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Cortesia / Editora parceira LT 2018.

Sara Shepard, autora da série Best-seller “Pretty little liars”, deixa sua marca em mais uma história com uma narrativa hitchcockiana cheia de mentiras, memórias falsas e uma protagonista que precisa descobrir a verdade para sobreviver.

Sinopse: Quando a escritora estreante Eliza Fontaine é encontrada no fundo da piscina de um hotel, sua família acredita ter sido mais uma tentativa de suicídio fracassada. Mas Eliza jura que foi empurrada, e sua única testemunha é quem a salvou. Desesperada para encontrar o culpado, Eliza toma para si a investigação do caso.

Mas, conforme a data de lançamento do seu primeiro livro se aproxima, ela se vê com mais perguntas do que respostas. Por que a editora, agente e a família estão misturando os acontecimentos de sua vida com os de seu livro? Ele não é totalmente ficcional?

  

A HarperCollins tem nos trazidos livros incríveis nesse ano de 2018, a editora tem investido em edições de todos os tipos, categorias e vai conquistando o público com grande diversidade dentre os gostos literários, mas hoje nós vamos falar sobre “As Elizas”, pois para quem curte um suspense delicioso, esse livro é a pedida certa. Vem comigo!

Eliza é uma escritora e lançará seu primeiro livro “As Dots”, em breve. Ela está hospedada em um hotel, porém, quando acorda no dia seguinte, não se lembra do que aconteceu e nem reconhece o lugar onde está deitada.

Ao ver sua mãe, sua meia-irmã e seu padrasto parados ao lado de sua cama, ela logo pergunta o que aconteceu, mas para sua infelicidade e seu histórico, seu padrasto afirma que ela foi encontrada dentro de uma piscina.

[QUOTE] “Eliza” – A voz falha. Treme. E então, ela suspira. É um grande suspiro, triste e longo, melancólico e cansado. – “Meu bem.” – Meu bem. Isso faz meu coração fraquejar. Minha mãe só me chama de meu bem quando faço algo que realmente a deixa abalada. [...]

No entanto, quando ninguém acredita que ela foi empurrada, Eliza decide investigar por conta própria. Nem a polícia quer lhe ajudar, mas ela sabe que seu passado compromete qualquer palavra, só que dessa vez ela tem certeza de que foi empurrada. Dessa vez não tem nenhum tumor que a faça querer se matar.

[QUOTE] “Não!” – grito, mas não faz diferença. Nem a enfermeira, nem ninguém, me ouve. Entendo eles concluírem que pulei. Meu histórico me compromete. Mas dessa vez não entrei naquela água por vontade própria. Tenho certeza disso. Alguém queria me matar. [...]

Sua primeira visita é ao cara que a salvou, Desmond. Ele é ator, e por acaso, no momento em que Eliza estava na piscina, apareceu por lá e a salvou. Mas ela não queria dizer obrigada, queria mais. Queria saber se ele viu alguém, o que ele acha que poderia ter acontecido, porém, para ele, ela também havia se jogado.

[QUOTE] “Eu não pulei lá dentro. E também não cai por acidente.” – Ele franze o cenho. Não consigo discernir sua expressão, talvez, alarme, um disparo súbito no cérebro –.

“Então você …” – Ele para. Reflete. Meu coração dá um pulo –.

“Acho que alguém me empurrou. Você sabe de alguma coisa a respeito?”

(…) “Acho que vi alguém fugindo.” [...]

Eliza tem que se preocupar com quem poderia querer matá-la e com o lançamento de seu livro que está chegando. Quando sua agente acha que ela pulou para melhorar a venda do livro, a parabeniza. E quanto mais Eliza tenta negar, pior fica.

Eliza vai parar em um programa de TV superimportante, mas quando seus pais leem o livro, tudo sai do controle. Os pais de Eliza querem que ela cancele o lançamento, todavia, ela está disposta a ir em frente. E agora com uma pista em seu celular, ela poderá saber onde procurar...

Será que ela quer realmente saber o que aconteceu? Que ela vai gostar da resposta que encontrar? Ela realmente foi empurrada?

O enredo é alternado entre o ponto de vista de Eliza e o livro que ela escreveu – que conta a história de uma menina que tinha um tumor, e ficou em um hospital, onde quem cuidava dela era sua tia Dorothy, que fazia mais o papel de mãe do que a própria mãe de Dot. Contudo, a tia da menina, sempre manipulou todos a sua volta, principalmente Dot.

Eu duvidei muito de Eliza no começo, mas quanto mais eu lia, mais queria saber o que realmente estava acontecendo. O que mais me deixou intrigada foi o livro que ela escreveu, pois era quase um livro de terror...

Quando eu chegava a uma conclusão, a autora vinha e mudava tudo que eu pensava que podia acontecer. O fato é que eu fazia tantas perguntas e elas eram respondidas, que eu comecei a duvidar de todos os personagens e se o que acontecia era mesmo real ou se fazia parte da história escrita por Eliza.

A autora conseguiu me prender do início ao fim, porém, havia algumas partes que eram morosas e assim me deixavam cansada de ler, fazendo com que parasse e retomasse a leitura no outro dia. A leitura é leve, no entanto, tem que ter paciência para entender o que acontece e não misturar as histórias, é o tipo de livro que para compreender tem que realmente prestar atenção a cada detalhe. E, prepare-se para duvidar de tudo e todos, inclusive das suas próprias conclusões para com a história. Um livro incrível!!!

A edição é maravilhosa! A Harper nos presenteia com uma edição simples, mas bonita. A capa nos lembra bastante o começo do livro, com detalhes da água, o que a deixa com um que de enigma. Não notei erros, as folhas são amareladas e a fonte confortável para leitura.

Recomendo? Sem sombras de dúvidas! Prepare-se para um desfecho perfeito!

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Até breve!