[Séries & Tal] Atypical.
Título: Atypical.
Produção original: Netflix.
Roteiristas: Robia Rashid, Brian Tanen, Annabel Oakes, Dennis Saldua, Mike Oppenhuizen & Jen Regan.
Roteiristas: Robia Rashid, Brian Tanen, Annabel Oakes, Dennis Saldua, Mike Oppenhuizen & Jen Regan.
Diretores: Seth Gordon, Michael Patrick Jann e Joe Kessler.
Estreia: 11 de agosto de 2017.
Estreia: 11 de agosto de 2017.
Número de temporadas: 03. Gênero: Drama, comédia.
Elenco: Jennifer Jason Leigh, Keir Gilchrist, Michael Rapaport, Brigette Lundy-Paine & Amy Okuda.
Sinopse: Sam ( Keir Gilchrist) é um jovem autista de 18 anos que está em busca de sua própria independência. Nesta jornada, repleta de desafios, mas que rende algumas risadas, ele e sua família aprendem a lidar com as dificuldades da vida e descobrem que o significado de "ser um pessoa normal" não é tão óbvio assim.
Oi, pessoal! Hoje trago a resenha de Atypical, uma série muito divertida e interessante que está na Netflix. Ela mostra a realidade do autismo e ao mesmo tempo nos comove e cativa com alguns dos personagens e suas histórias. Quer saber mais? Confira as minhas impressões sobre o seriado a seguir.
Atypical consegue reutilizar o clichê e transformá-lo em algo novo e impactante, pois tem personagens carismáticos, do tipo pelo qual a gente é facilmente conquistado e quer ser amigo deles.
A série foi criada por Robia Rashid (da equipe de Goldbergs e How I Meet your mother). Narra a história de Sam (Keir Gilchrist), um adolescente com transtorno do espectro autista (TEA). Sam vive com uma família atenciosa e amorosa que sempre se preocupa em oferecer a ele um mundo mais tranquilo.
Elsa (Jennifer Jason Leight), a mãe, dedicou sua vida para cuidar do filho, mas no momento vive uma crise em seu casamento e na vida pessoal. Ao mesmo tempo em que Doug (Michael Rapaport), viveu muito tempo afastado do filho e agora quer tentar criar um laço mais forte com ele. E, Casey ( Brigette Lundy- Paine), sente-se confusa e dividida pelo amor que sente pelo irmão, mas também pelo ressentimento por que toda atenção da casa ser voltada apenas para ele, ela se sente preterida em relação à ele.
"No mundo de Sam, a sinceridade impera e não há espaço para mentiras ou hipocrisia."
O roteiro da série consegue equilibrar humor,
drama e romance em uma trama impressionante, isso é simplesmente fantástico! Além disso, o seriado também consegue transmitir muito bem as dificuldades de
adaptação enfrentadas por alguém que vive fora da nossa "normalidade". Nós somos
apresentados a um personagem que o tempo todo procura superar a si mesmo e
compreender o porquê dele não poder ser 100% sincero sobre tudo que pensa e
sente, já que ele não tem filtros no que irá dizer, então precisa aprender a
lidar com isso para não ferir as pessoas que se importam com ele.
O
transtorno é explicado de maneira bem simples, de modo que todo mundo pode
aprender mais sobre, sem que ache que é um assunto muito complicado e, para
isso, os roteiristas usam humor e ironia em algumas situações, o que evidencia o
quanto o roteiro é inteligente.
A primeira temporada gira em torno do desejo de Sam em encontrar uma namorada. Ele percebe que está apaixonado por sua terapeuta e tenta conquistá-la, mas antes disso prefere treinar com outra garota. A partir daí ele começa a explorar um mundo complexo e diferente do seu, e por meio da sua namorada de treino, Paige (Jenna Boyd), Sam sai da zona de conforto e nos leva a cenas hilárias e também dolorosas, é o tipo de série que você não sabe se ri ou se chora por que é um misto de emoções.
A série nos traz lições sobre amizade, primeiras paixões e a união familiar que sobrevive as tempestades da vida e se mantém de pé quando está com bons alicerces na sua base, ou seja: valores e princípios intactos e fortalecidos com o tempo como respeito, fidelidade, lealdade, companheirismo, cumplicidade, honestidade, humildade e o amor acima de tudo. Por falta de alguns destes valores é que o casamento de Elsa e Doug estremeceu, isso se refletiu em Sam, que viu a rotina da casa mudar e não estava acostumado com mudanças repentinas, levando-o a sofrer um pouco para se adaptar. Outra mudança abrupta foi a ida de Casey para outro colégio, o que fez com que Sam tivesse que aprender a se virar sozinho e ser mais independente na sua escola.
A segunda temporada mostra Casey vencendo o bullying na escola particular em que ganhou uma bolsa para estudar e fazendo novos amigos. Elsa e Doug moram na mesma casa, mas a relação não é mais a mesma depois da quebra de confiança um no outro, então dormem separados. O que reflete a realidade de muitos casais, infelizmente, hoje em dia, que se submetem a suportarem um ao outro para não prejudicar o emocional dos filhos. São os famosos casamentos de fachada.
A trama nos mostra os lados difíceis do autismo, como crises, dificuldade de interação com as pessoas e a realização de tarefas básicas do dia a dia, mas também a genialidade de Sam, seus talentos para os estudos e para as artes que nos impressionam, além de sua grande capacidade de memorização que é surpreendente. Ele é um aluno com notas altas, dedicado, estudioso, embora sua maior paixão sejam pinguins, pois ele sabe tudo desse universo destes animais.
Achei que foi uma excelente sacada compararem diversas situações cotidianas com fatos interessantes sobre os pinguins por meio do ponto de vista do Sam, pois tornou o seriado fofo, engraçado e apaixonante. Eu também amo os pinguins, eles são muito bonitinhos – risos.
Eu sabia muito pouco sobre o autismo até que li o livro "Céu de Menta – Camila Martins", da editora Hope, onde a protagonista é uma autista super meiga, inteligente e talentosa, que se parece muito com o Sam de Atypical em várias aspectos, como, por exemplo: a questão de fazer listas sobre as coisas, pessoas, comparativos para pensar sobre o assunto e decidir com mais facilidade o que deve fazer, bem como o jeito sistemático de que tudo precisa estar no exato lugar em que sempre esteve, etc. Ana é apaixonante, o livro é um dos mais fofos que já li. Achei curioso quando a autora disse que sua personagem se parecia com o protagonista da série, fui averiguar isso por que já iria assistir a série algum dia mesmo, para minha surpresa constatei algumas semelhanças sim, por isso resolvi citar a obra aqui.
Atypical tem em média dez episódios em cada temporada, é tão envolvente que assisti as duas temporadas em dois dias, é isso mesmo! Maratonei a série por que é uma delícia de assistir! E essa série me ensinou muito mais sobre o universo paralelo dos autistas, é um mundo diferente e atraente. Ele é especial e único. A série nos possibilita ver e imaginar como é vivenciar situações sendo um autista como Sam e essa experiência é valiosíssima, vale a pena conferir! Eu amei e indico!
A minha mãe adorou essa série.
ResponderExcluirAssistiu junto comigo e ficou com vontade de ver mais.
Achei o protagonista incrível e a discussão familiar tbm.. <3
Sai da Minha Lente
Amei conferir sua opinião sobre a série, eu estava mesmo em busca de uma série mais adolescente que fosse cativante e parece ser o caso dessa, ainda mais interessante por trazer um personagem autista, tema pelo qual me interesso.
ResponderExcluirpetalasdeliberdade.blogpost.com
Oiii
ResponderExcluirAchei bem legal conhecer melhor essa série, te confesso que a primeira vez que ouvi falar não me chamouo a atenção, é que são tantas séries pra tão pouco tempo! rsrs, mas gostei de saber que ela é mais complexa do que parece, tratando temas sérios como o autismo, tudo em um tom mais leve. Eu adorei esse foco na união familiar, vencendo as dificuldades, acho legal a série demonstrar isso, ótima dica.
Beijos, Alice
www.derepentenoultimolivro.com
Eu amo essa série, já vi as duas temporadas e estou ansiosa pela terceira.
ResponderExcluirOs personagens são tão cativantes, mesmo com seus defeitos.
Beijos
Não é bem o estilo de série que eu procuro para ler e num primeiro momento essa não me interessa, mas lendo o seu post eu fiquei curiosa e agora quero assistir também, vou tentar ver quando tiver um tempinho sobrando.
ResponderExcluirEu comecei a assistir tem alguns dias, mas dei uma parada, concordo com você que a série transforma o clichê e isso é que a torna genial, aliás, muita coisa na Netflix faz isso, impressionante. Ontem estava numa palestra sobre o autismo e a terra, como a poluição aumenta o autismo e o número já previsto de crianças que nascerão com Autismo nos EUA por causa dos agrotóxicos. Eu acho essa temática importante e urgente.
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