Resenha: Procurando Gobi – Dion Leonard.
Título: Procurando Gobi.
Subtítulo: A história real
de uma cachorrinha com um grande coração.
Autor: Dion Leonard.
Páginas: 234. Ano: 2018.
Idioma: Português.
Gênero: Biografia, literatura estrangeira.
Editora: HarperCollins Brasil.
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Cortesia
/ Editora Parceira LT 2018.
Sinopse: Procurando Gobi é o relato
espetacular de Dion Leonard, um ultramaratonista experiente que se depara com
uma cachorrinha perdida enquanto percorria os 250 quilômetros pelo Deserto de
Gobi, enfrentando condições extremas. A adorável filhotinha, que mais tarde
seria batizada de Gobi, correu lado a lado com ele pelas montanhas, enfrentou
uma tempestade de areia, o sol escaldante, cruzou dunas imensas e vilarejos
remotos.
Vendo sua determinação e coragem, Dion apegou-se cada vez mais à sua companheira de corrida, inclusive fazendo planos de cuidar dela dali em diante. Porém, antes que pudesse levá-la para casa, Gobi some em uma cidade chinesa com milhões de habitantes, e Dion começa, então, uma corrida contra o tempo para tentar encontrar a cachorrinha mais uma vez.
Vendo sua determinação e coragem, Dion apegou-se cada vez mais à sua companheira de corrida, inclusive fazendo planos de cuidar dela dali em diante. Porém, antes que pudesse levá-la para casa, Gobi some em uma cidade chinesa com milhões de habitantes, e Dion começa, então, uma corrida contra o tempo para tentar encontrar a cachorrinha mais uma vez.
Oi, gente! Tudo bem?
Hoje vim falar sobre um livro da Editora Parceira, HarperCollins Brasil.
O livro foi cedido para resenha, mas a opinião é minha e verdadeira. E, como gosto
de biografias, me prontifiquei a lê-lo. Mas, na realidade, a história é muito
mais do que uma cachorrinha e seu grande coração ou a experiência de um
ultramaratonista experiente em meio ao Deserto de Gobi.
[Dion Leonard]
Eu não
posso começar a falar sobre o enredo sem antes contar um pouco da história de
Dion, que descobrimos ao longo do livro.
Ele é
australiano, tem 47 anos, é casado com Lucja e tem uma gata chamada Lara. Ambos
adoram correr, mas nem sempre tudo foi assim. Quando tinha nove anos algo
muito intenso aconteceu e as coisas se complicaram a partir daí.
Um garoto
perfeitamente ajustado, com uma família perfeita, pais amorosos e uma irmã
bacana passa a ser alguém visto como má influência para os outros, é direcionado
para o porão de casa pela mãe e nem quer mais saber de esportes. O motivo?
Vocês terão que ler o livro para saber, mas são todas essas reflexões que ele
faz durante a sua ultramaratona no Deserto de Gobi ao lado da cachorrinha que o
escolheu, Gobi (por isso o nome).
[Gobi]
Para
muitos pode parecer bobagem quando dizemos que um bichinho de estimação mudou a
nossa vida, não é? Mas eu me identifiquei completamente. Em meados de outubro,
do ano passado, a Pipoca apareceu na minha vida e me ajudou muito em uma fase
difícil (tenho TAG, então encaro períodos difíceis, às vezes, infelizmente, são
frequentes).
Animais
de estimação são bons para autistas, pessoas com depressão, pessoas que não tem
nada e são feliz (é claro!) e são bons para pessoas que estão correndo 250K em
7 dias. HAHAHA.
Mas Gobi
realmente fez a diferença na vida de Dion. Não só durante a maratona, mas
também depois, quando ele se coloca em uma jornada para reencontrá-la. Ele
aprende mais sobre si mesmo, sobre as pessoas da China (sobre as quais estava sendo
bem preconceituoso no início e isso me irritou, diga-se de passagem) e sobre os
problemas da vida dele, dos quais Dion tentou se distanciar com a corrida, no
entanto ele compreendeu que para realmente nos curarmos, é preciso encará-los
de frente.
[QUOTE] Para ser sincero, quando cheguei à China para a prova no deserto de Gobi, minha visão era meio clichê. Eu achava que os chineses eram fechados, sisudos, rudes e indiferentes. No primeiro trajeto de Urumqi até a largada da competição, eu vi nas pessoas apenas o que eu esperava encontrar. Não é de se surpreender eu não ter gostado muito de lá. [...]
[O enredo]
Gostei de
como o livro foi dividido em partes, ficou bem coerente e não me fez querer
parar de ler nem um segundo. Outro ponto positivo foi a gente ir e voltar em
alguns momentos da vida dele durante o período em que está correndo. Afinal,
quando se está correndo sozinho no meio do deserto, deve-se ter muito tempo
para pensar, não é? E foi o que Dion fez.
Outro
ponto importantíssimo é o modo como todos se comoveram com a história de Gobi e
Dion. O momento pelo qual as pessoas estavam passando, com ataques terroristas
e tantas outras tragédias fez a história de Gobi tomar proporções
inimagináveis, talvez porque todos precisassem de um pouco de esperança naquele
momento.
E o
financiamento coletivo foi fundamental para o desfecho dessa história, mas não
é apenas sobre o dinheiro, é sobre como tantas pessoas ajudaram Dion sem
esperar nada em troca, como as pessoas se movimentaram na China para ajudá-lo a
encontrar Gobi e como com tudo isso Dion nunca mais foi o mesmo, porque depois
de passar por uma experiência como essa, ele passou a ter outra perspectiva
sobre tudo.
Gostei
também de como ele duvida de si mesmo ao longo da vida, ao longo das corridas,
ao longo da jornada para encontrar Gobi. Nós duvidamos de nós mesmos o tempo
todo e fazemos “bullying” com a gente mesmo, nos envenenando com pensamentos
tóxicos. E um atleta precisa ter calma, foco, treinar não só seu corpo como
também sua mente – confesso que tirei várias lições desse aspecto do livro
também.
[QUOTE] Se a Gobi me salvou? Não considero que eu estivesse perdido, mas com certeza ela me mudou. Eu me tornei mais paciente e tive de enfrentar os demônios do passado. Ela se somou às coisas positivas da minha vida, que começaram quando conheci a Lucja e, que se seguiram quando descobri a corrida. Talvez eu não precise mais disputar provas de longa distância para aclarar o meu passado problemático. Sob muitos aspectos, ao encontrar Gobi, eu descobri um pouco mais sobre mim. [...]
Postei uma foto no meu Instagram com o livro e o autor me respondeu. Fiquei bem feliz com essa interação dele, com esse cuidado e carinho, que mostram que ele realmente foi modificado após sua experiência contada no livro. Inclusive seu preconceito com os chineses, a continuação do quote que coloquei acima prova isso:
[QUOTE] Mas tudo pelo que a Gobi passou mudou meu ponto de vista. Agora eu sei que os chineses são um povo simpático, autêntico e acolhedor. Quando nos recebem em sua casa e em seu coração, eles se tornam incrivelmente generosos e gentis. [...]
Preciso dizer que gostei da capa, a diagramação não tem nada de especial, mas é de qualidade e trás o padrão HarperCollins Brasil. Só um aspecto que me surpreendeu: a quantidade de erros de digitação, palavras que foram “comidas” e frases descontinuadas, fazendo parecer que o livro foi feito às pressas. Nada que comprometa a qualidade do conteúdo e que seja motivo para não comprar o livro, mas que fiquei surpresa, fiquei. Nos agradecimentos, o próprio autor diz: “...da HarperCollins por trabalharem com tanto afinco e num prazo tão exíguo.”, então, talvez, tenha sido uma questão de prazo que gerou esses errinhos que normalmente não se encontram em um livro da editora.
Ruim só a parte de ter muitos erros. Isso acaba deixando a gente meio desconcertado né? Mas a Harper faz um excelente trabalho com seus livros, tomara que fiquem mais atentos!
ResponderExcluirJá tinha lido uma resenha a respeito deste livro e como amo cães, senti muita vontade conhecer Gobi e claro, o casal também que teve sua vida totalmente modificada após o amor desta cachorrinha.
Espero poder ter e ler!
Beijo
Parece ser um livro muito fofo,adorei sua resenha.💖
ResponderExcluirGosto muito de biografias,amo saber o que aonaconte de fato na vida de outra pessoa que desconheço..
Amo muito cachorros,todos os animais são ótimos companheiros
Vou anotar sua dica,espero adquirir o livro em breve
Beijos!
Nossa fiquei chocada com a informação sobre erros, pois é uma editora grande... isso acaba tirando a nossa concentração na história, né? Eu pelo menos quando encontro com frequência mudo a minha postura involuntariamente e fico procurando por mais rs..
ResponderExcluirMesmo assim eu gostei da premissa, mesmo não sendo um genero que eu leia com frequência <3
Sai da Minha Lente
Engraçado que quando eu li o Todos de pé para Perry Cook, da mesma editora, também teve bastante erros que me incomodaram. E o mais "próximo" desse tipo de livro que eu li foi Um gato de rua chamado Bob, que me fez criar um amor e uma vacínio inexplicável por gatos hahaah Acho que eu também iria gostar desse livro! Parabéns pela resenha.
ResponderExcluirOiii Duda
ResponderExcluirO Dion é super simpático mesmo, ele também me respondeu por Twitter e achei o máximo como ele é atencioso com todos os leitores. A história é linda, eu vibrei com cada momento e torci por eles, amei a personalidade do Dion pois apesar de ser fechado, até caladão, ele também é uma pessoa boa, cheia de bons valores e a gente vai conhecendo melhor ele e os que convivem com ele e ao final se apega. Gobi é fantástica, desejo muita felicidade à todos eles, a história deles é espetacular e muito motivadora.
Beijos
www.derepentenoultimolivro.com
Infelizmente desta vez o livro não me interessou muito, apesar de gostar de enredos de superação.
ResponderExcluirBjs, Rose
Geralmente eu corro um pouco sobre livros baseados em histórias reais quando falam sobre animais, eu fico sempre triste. Mas quando o livro me desperta o interesse eu me jogo na leitura mesmo assim. Eu ainda não li esse, mas acho que pode ser uma boa leitura.
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