Resenha: Muitas águas – Madeleine L' Engle.

Título: Muitas águas.

Série: Uma dobra no tempo # 4.

Autora: Madeleine L' Engle.

Editora: Harper Collins.

Idioma: Português.

Gênero: Fantasia, ficção científica, literatura estrangeira.

Páginas: 320. Ano: 2018.

ISBN 13: 9788595083295.

ISBN 10: 8595083290.

Encontre no Skoob.

Cortesia / Editora parceira 2018.

Sinopse: É preciso acreditar em certas coisas para poder vê-las!Sandy e Dennys, os gêmeos da família Murry, sempre foram práticos, realistas e nunca prestaram muita atenção às conversas dos pais cientistas sobre coisas altamente teóricas como tesseratos e farândolas. 

Mas, após um acidente no laboratório do sr. e da sra. Murry, algo acontece com eles que desafia drasticamente suas capacidades de crer no impossível. Com um desastre à vista, será que os gêmeos conseguirão encontrar uma maneira de voltar à realidade?

Olá! Hoje venho resenhar mais um livro de Madeleine L’ Engle, a cada história fico impressionada com sua criatividade e como ela expressava seus sentimentos. Sem mais demoras, vamos lá?!

Nessa aventura temos os gêmeos Sandy e Dennys, que desde o primeiro livro da série foram bem céticos, só acreditavam naquilo que viam ou que podiam tocar, ambos tinham suas vidas e carreiras muito bem planejadas. Quando ouviam os pais falando sobre mitocrôndias, farândolas e tesseratos sempre saiam de perto, não se interessavam por nada  relacionado – eles deviam  ter escutado – e isso  gerou  um problemão. Quando  se deparam com o perigo longe de casa sem a família para guiá-los, tiveram de enfrentar uma aventura desafiadora!

Sandy e Dennys entraram no laboratório para procurar alguma coisa, mexeram em um dos aparelhos dos pais que estavam em fase de teste, com isso, de repente viram-se transportados para outro lugar e em outro tempo com coisas muito estranhas, dando de cara com animais e pessoas diferentes, um pouco antes da arca de Noé e de acontecer o dilúvio.

[Quote] Se esse Noé era o Noé da história de Noé e o dilúvio, eles ainda estavam no próprio planeta. Eles haviam sido jogados através do tempo, não do espaço. [...] 

Eles se veem sozinhos, com os perigos à volta, que não eram poucos e com a pergunta que não quer calar: Como voltar para casa?

No começo esses eram seus maiores temores, todavia, conforme vão conhecendo as pessoas das barracas – não havia casa, nem saneamento básico e a água era escassa –, aprendem que até nesse tempo teriam de conviver com brigas, desavenças e traições.

Como mencionei, vemos os gêmeos em perigo nessa jornada, com o sol escaldante e em volta de muitas criaturas míticas como unicórnios, manticoras, seres alados divinos e muitos outros. Mas, como assim? Eles não eram tão incrédulos? Não acreditaram em Meg e em Charlie quando contaram o que passaram em suas aventuras e agora, como vão resolver isso?

A descrença que eles tinham “caiu por terra”, porque grandes mudanças estavam acontecendo e muitas ainda poderiam acontecer, assim como não saberiam quanto tempo ficariam lá, resolveram ajudar da melhor maneira possível o povo de Noé. Foi neste momento que perceberam que faziam parte de alguma coisa, e em que tempo estavam, foi surpreendente o crescimento dos dois personagens a partir dessa passagem, eles começaram a compreender o que tinham que fazer e qual seria o propósito deles naquele lugar.

[Quote] A canção do vento abrandou, domou-se. Por trás da vilência do parto das galáxias, estrelas, planetas, surgia uma melodia suave e delicada, branda serenata. Todo o furor da criação, as explosões de hidrogênio contínuas de infinitos sóis, o arfar dos corpos planetários, tudo estava envolvo em amor paciente, expectante. [...]

Mais uma vez, Madeleine me surpreendeu! Não poderia deixar de falar da ambientação que ela usou, fiquei criando em minha imaginação o lugar descrevido que parecia lindo, um verdadeiro oásis. Ela usou um acontecimento bíblico para dar vida a uma bela história fictícia, sem dar margem à religião que não era seu foco, e sim um ensinamento para todos nós, de que se faz na vida, necessária a “Fé” em conquistar e sentir sem precisar tocar.

A Harper Collins está de parabéns, todas as capas dos livros da série são bem trabalhadas, capa dura e até aqui lindas! A editora não mudou a edição e mantém um padrão, com cores sempre vivas. A edição conta com páginas amareladas e tamanho de fonte confortável para leitura.

A narrativa se dá em terceira pessoa e através de vários personagens. É uma aventura sem igual. Recomendo para todas as pessoas que gostem de uma aventura fantástica, que além de uma história deliciosa nos trás uma mensagem sobre fé e amor, dois pontos importantes na vida – lembrando que não me refiro à religião. 

[A autora] Madeleine nasceu em 29 de novembro de 1918 e passou seus anos de formação em Nova York. Em vez de seu trabalho na escola, ela descobriu que preferia escrever histórias, poemas e diários para si mesma, o que se refletia em suas notas (não as melhores). No entanto, ela não foi desencorajada. Aos 12 anos, ela se mudou para os Alpes franceses com seus pais e foi para um internato inglês onde, felizmente, sua paixão por escrever continuou a crescer. Ela viveu  durante o século 20 e 21 e escreveu 60 livros.

Classificação :

[Obras da autora]

1. Uma Dobra no Tempo.

2. Um Vento À Porta.

3. Um Planeta em seu Giro Veloz.

4. Muitas Águas.

5. Um Tempo Aceitável.

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