Resenha: Um tempo aceitável – Madeleine L' Engle.

Título: Um Tempo Aceitável.

Série: Uma Dobra no Tempo #5.

Autora: Madeleine L' Engle.

Editora: Harper Collins 

Gênero: Ficção científica, fantasia, drama, literatura estrangeira.

Idioma: Português. 

Páginas: 329.  Ano: 2019.

ISBN 13:  9788595083301. 

ISBN 10: 8595083304.

Encontre no Skoob.

 Cortesia / Editora parceira 2019.

                                                            

Sinopse: Polly O'Keefe acabou de se mudar para a casa dos avós, os famosos cientistas Alex e Kate Murry, quando ela acidentalmente se encontra em uma época 3 mil anos no passado. Talvez não seja um mero acidente, ou, ao menos, é o que dizem dois druidas: quando um portal entre círculos do tempo se abre, isso acontece por um motivo. Quando o portal se fecha atrás de Polly e de seu amigo gravemente doente, Zachary, o motivo se torna claro. Em meio ao desespero, conseguirá Polly manter a si mesma e a Zachary vivos até que o portal reabra e eles possam voltar para casa?

Oi pessoal! Hoje vamos conhecer Polly. Ela é filha da Meg – a primeira aventureira da série Uma Dobra no Tempo – e como não poderia ser diferente, vamos embarcar no tempo e no espaço onde coisas mágicas acontecem. Sem mais delongas, vamos à resenha?!

A história começa com Polly voltando para casa de seus avós, definitivamente, para ficar. Passeando pelos arredores do lugar, ela encontra um amigo de alguns anos, Zachary, que ficou sabendo que ela estava morando ali e resolveu visita-la. No entanto, qual o verdadeiro propósito desse reencontro?

Polly é uma garota ruiva, doce, meiga e muito inteligente, puxou a sua mãe. É do tipo que adora ciências e idiomas que aprende com muita facilidade. Seus avós a ensinam muito e sempre estão ao seu redor. Mas algo fora do normal acontece, ela começa a ver pessoas que não são da sua época e isso a intriga até ao ponto de procurar onde eles estão, pois ao mesmo estão aqui e desaparecem sem deixar rastro.

[Quote] Seus pensamentos estavam a mil, saltando em todas as direções, tentando encontrar algum sentido naquele despropósito... mas aquilo era uma insensatez que ia além da insensatez. [...]

A história gira inteiramente ao redor de Polly, ela faz descobertas interessantes, como o fato da casa de seus avós ter sido construída em terras que eram sagradas há três mil anos e isso faz uma ponte do presente ao passado criando assim uma passagem de acesso.

Porém, Polly, ao mesmo tempo que quer se aventurar, tem medo, porque o Povo do Vento é hospitaleiro e o povo do outro lado do rio quer um sacrifício. Ela não está sozinha nessa jornada, temos o bispo Nason Colubra que, como ela, atravessa o portal também, ela já atravessa há muito tempo e conhece muito bem as pessoas. E aí entra o questionamento: o que Polly tem haver com tudo isso?

[Quote] Eram salmos. Como ele sabia que o tempo era aceitável? Como sabemos? Um tempo aceitável, o agora, pois o agora de Deus está igualmente a três mil anos no futuro e há três mil anos no passado. [...]

Com esse envolvimento ela começa a se afeiçoar as pessoas. Assim temos Zachary, que não entende como se encaixa em tudo isso, Tav, Klep e Karralys que são guerreiros. Filhote, Anaral, bispo Colubra, Louise largura e Og são amigos incontestáveis e dariam a vida por ela. 

Temos nesse quinto volume mais um aprendizado do que uma aventura, todavia, o que chama a atenção são as dúvidas relacionadas ao que fazer e de como agir, afinal, há três mil anos o povo era místico, contava com druidas e curandeiros; como fazer eles entenderem que o dom vem de Deus? E que os homens não podem mudar um clima, uma guerra ou uma vida?

Madeleine me conquistou mais uma vez com sua imaginação e com sua escrita, viajei junto com os personagens e sofri com Polly, com suas conquistas e em com seus desapontamentos também. Suas citações referentes à Bíblia nos leva a refletir em alguns aspectos da trama, não falando de religião – que não é o foco – mas sim em relação ao fato de como os seres humanos podem ser previsíveis e comentem erros.

A capa segue o mesmo padrão das demais da série. Essa edição conta com capa dura, páginas amareladas, fonte confortável para leitura, uma edição linda, ainda que simples, apesar da capa dura, o que combina com toda a obra. Quanto à narrativa, ela se dá em terceira pessoa com o enfoque em Polly, em vários aspectos.

A HarperCollins, com sempre, é impecável em suas capas e sua diagramação é perfeita, confesso que isso, junto ao enredo maravilhoso, me trouxe muito prazer ao decorrer da leitura dessa série, o conjunto todo fica incrível, uma série que vai ficar marcada na minha memória, o encerramento dela foi perfeito, tanto quanto as edições pelas mãos da editora quanto aos enredos construídos pela autora.

Recomendo a série para quem gosta de viajar na imaginação, com aventuras de tirar o fôlego, aprendizados que nos levam a refletir. Que conta com uma boa dose de drama e sentimentos que nos contradizem e que, enfim, é uma ótima pedida como um todo!

[A autora] Madeleine nasceu em 29 de novembro de 1918 e passou seus anos de formação em Nova York. Em vez de seu trabalho na escola, ela descobriu que preferia escrever histórias, poemas e diários para si mesma, o que se refletia em suas notas (não as melhores). No entanto, ela não foi desencorajada. Aos 12 anos, ela se mudou para os Alpes franceses com seus pais e foi para um internato inglês onde, felizmente, sua paixão por escrever continuou a crescer. Ela viveu  durante o século 20 e 21 e escreveu 60 livros.

Classificação :

[Resenha da Série]

1. Uma Dobra no Tempo.

2. Um Vento À Porta.

3. Um Planeta em seu Giro Veloz.

4. Muitas Águas.

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