Resenha: A Rainha Vermelha.

Título: A Rainha Vermelha.

Autora: Victoria Aveyard.

Série: A Rainha Vermelha #01.

Editora: Seguinte.

Páginas: 422.

Ano: 2015.

ISBN-13: 978856575695.

ISBN-10: 8565765695.

O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.

Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?

Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.

Em um mundo dividido pelo sangue, Mare Barrow é uma vermelha, a casta pobre e trabalhadora. A jovem é uma ladra que rouba para ajudar sua família a sobreviver.

Nesse mundo, os jovens só têm duas alternativas: ter uma profissão e trabalhar até a exaustão até o fim de seus dias ou deixar que o tempo passe e ser levado para a guerra. 

A segunda opção não é agradável, mas é o futuro que espera Mare uma vez que ela não tem “talento” para seguir nenhuma profissão. Ela se preocupa que assim como seus irmãos mais velhos, ela tenha que ir para a guerra, e então morra. Sua vida segue de forma dura e beira a pobreza extrema, por isso, ela inveja sua irmã que é uma costureira dos prateados.

As prateados são o outro lado, a nobreza. Aqueles que governam e aproveitam a vida enquanto os vermelhos trabalham em condições completamente desumanas. Os vermelhos são literalmente os escravos, a força bruta. Os prateados, como se já não possuíssem o glamour e a vida mansa, ainda tem habilidades especiais como: controlar o fogo, a água, ler mentes, entre outros.

Em uma noite de roubos, Mare se depara com um jovem charmoso e encantador que se apresenta como Cal. O homem dá a ela algumas moedas, depois que em um rompante emocionado, a jovem conta-lhe as desgraças de sua vida.

No dia seguinte, a vermelha é chamada a casa de verão dos prateados, da realeza. E descobre que o misterioso Cal lhe arrumou uma ocupação, seria empregada do castelo de verão. Ela fica feliz, e acredita que finalmente poderá ser útil e dar orgulho aos pais.

Em um evento cheio de ostentação, a jovem é apresentada a um mundo que nem fazia ideia que existia e se deslumbra facilmente com tudo o que vê. Ela descobre que esse grande evento tem como objetivo encontrar a futura nova rainha, que irá se casar com o príncipe mais velho. O que Mare descobre da pior forma possível é que Cal, o rapaz misterioso, na verdade, é o futuro Rei prateado.

Enquanto tenta assimilar tudo isso, um acidente de proporções quase fatais ocorre e a jovem vermelha descobre que não é uma simples serviçal e sim algo que nunca havia sido visto antes: Uma vermelha com poderes.

Com isso, é obrigada a fingir ser uma prateada e é jogada em um mundo de intrigas, mentiras e um jogo de poder que ela jamais imaginou. Forçada a ser alguém que não é, cheia de duvidas sobre si, sobre todos os que estão ao seu redor e acima de tudo, confusa sobre milhares de sentimentos conflitantes que tem dentro de si.

A Rainha Vermelha é um livro que te vira do avesso e te faz duvidar de tudo, o tempo todo. Em quem confiar? Quem pode te trair? Todos podem ser inimigos ou amigos.

A narrativa e a dinâmica te causam vários pequenos ataques cardíacos ao longo da leitura que lhe fazem ler compulsivamente até o final, sem nem perceber. O livro é cheio de surpresas e o final tira seu folego. Tive vontade de matar metade dos personagens e ferir gravemente a outra metade. 

Certamente o livro tirou meu sono e não vejo a hora de ler a sequência.