Resenha: Um acordo e nada mais – Clube dos Sobreviventes #2.

Título: Um acordo e nada mais.
Série: Clube dos Sobreviventes #2.
Autora: Mary Balogh.
ISBN-13: 9788580418798.
ISBN-10: 8580418798
Ano: 2018. Páginas: 304.
Idioma: Português.
Editora: Arqueiro.
Gênero: Ficção, literatura estrangeira, romance, romance de época.
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Sinopse: Embora Vincent, o visconde Darleigh, tenha ficado cego no campo de batalha, está farto da interferência da mãe e das irmãs em sua vida. Por isso, quando elas o pressionam a se casar e, sem consultá-lo, lhe arranjam uma candidata a noiva, ele se sente vítima de uma emboscada e foge para o campo com a ajuda de seu criado.

No entanto, logo se vê vítima de outra armadilha conjugal. Por sorte, é salvo por uma jovem desconhecida. Quando a Srta. Sophia Fry intervém em nome dele e é expulsa de casa pelos tios sem um tostão para viver, Vincent é obrigado a agir. Ele pode estar cego, mas consegue ver uma solução para os dois problemas: casamento.

Aos poucos, a amizade e o companheirismo dos dois dão lugar a uma doce sedução, e o que era apenas um acordo frio se transforma em um fogo capaz de consumi-los.

No segundo volume da série Clube dos Sobreviventes, você vai descobrir se um casamento nascido do desespero pode levar duas pessoas a encontrarem o amor de sua vida.


Olá! Bem, o que dizer sobre esse livro que é fofo, intenso e tocante, ainda que tenha um toque suave de algo simples e singelo, um livro que conquista do começo ao fim? Não sei como apresentá-lo para vocês, mas posso dizer que a mistura de um Lord, sua Dama, seu cão, gato e família me fez suspirar no final. Então, é isso, segue lendo e vamos ver no que dá!

Deu para notar que adorei esse livro? Pois é! O amor pode nascer nas mais inesperadas ocasiões, pode fazer com que uma pessoa se reconstrua ou se destrua. Aprendi, na vida, que amor se constrói, dia-a-dia, com carinho, cuidado, zelo, respeito, apoio, enfim, com coisas boas. E é isso que a gente aprende nesse livro, apesar de tudo começar por conta de um acordo em busca de liberdade, para buscar essa liberdade é preciso traçar um longo caminho e é este caminho que nos mostrará, ao virar de cada página, diversas formas de amor em apenas um livro.

A série "Clube dos Sobreviventes" me conquistou com o primeiro volume, por ter um estilo um pouco diferente, nos trazendo personagens com seus próprios demônios internos causados por traumas, mas que querem viver, se reconstruir e assim formaram um clube, pois os membros desse clube fechado tem em comum o trauma que a guerra lhes causou. Alguns tem sequelas físicas, outros psicológicas, mas todos as tem e para se reerguer construíram lindas amizades, gostei bastante de ver que a autora destaca isso nesse livro, mesmo mencionando mais do que de fato colocando os personagens na ativa, ela não nos deixa esquecer tal importância. Bons amigos, aqueles que não nos deixam, são dádivas, bem como uma família amorosa e unida também o é, ainda mais nos dias de hoje, não é mesmo?

O enredo é muito bem construído, se passa muito rápido, em todos os sentidos, e esse é um pequeno detalhe que me incomoda, normalmente, nas leituras, mas não sei explicar, nesse livro não me incomodou. Talvez seja consequência da escrita deliciosa da autora que me envolveu e me fez devorar rapidamente a obra ao ponto de eu não ter tempo para me incomodar? Ou o fato de nos depararmos com personagens que dá vontade de colocar em um potinho e proteger para sempre? Dela colocar uma pitada de humor ácido que deixa tudo mais suave e leve? Não sei explicar, mas posso dizer que apesar de o tempo voar na obra, não me incomodou. 

Caminhamos ao lado de Vincent e Sophie – para os íntimos – risos –, comemoramos com suas conquistas, sofremos com seus receios, mas a autora faz com que eles não se afundem nisso e com isso me ganhou ainda mais. É aquele tipo de livro despretensioso  mas que no final nos deixa uma mensagem e tanto! Vale à pena conferir, goste você de romance de época ou não, vale à pena! 

Com personagens bem construídos, alguns que a gente vai amar, outros que vamos desejar matar – certos Tios mereciam uma surra – Hunff –, com um cenário descrito na medida certa, adaptações que nos fazem suspirar e pensar no quanto coisas que são simples, ainda mais hoje, para época em que o enredo se passava eram coisas inusitadas e que causavam certa desconfianças em algumas pessoas – até verem que realmente funcionava. 

Um homem cego e torturado por crises de pânico depois da guerra, ainda assim um homem maravilhoso, uma alma linda, que não se joga na lama e fica chafurdando pro lá como as pessoas esperam que o faça, mas que se coloca a viver e procura por ainda mais vida. Uma mocinha que passava pela vida sem viver, mas que ansiava por isso, que precisava de se autoafirmar e aprender a se amar. Essa mistura pode dar certo quando todos olham com certa desconfiança para esse improvável casal?

Quem me conhece sabe o que tenho a dizer sobre os romances de época e vale para esse também, é que apesar de, na maioria dos casos imaginarmos o final, a forma com que a autora nos conduzirá até o desfecho é o que me encanta nessas obras. Quando me apresentam personagens cativantes, marcantes, quando me apresentam cenários de forma que me fazem fechar os olhos e imaginá-los, quando trazem mensagens importantes que podemos levar para a vida, é isso que faz o livro valer para minha pessoa, e é isso que Mary Balogh conseguiu com "Um acordo e nada mais". Vou parar de falar do livro por aqui, pois para entender como seria possível Sophia e Vincent se encaixarem, vocês vão ter de ler!

Preciso ressaltar que a escrita da autora é deliciosa, coesa, simples, linear e viciante, somando a um enredo delicioso a viagem para o leitor é encantadora. 

Quanto a edição, a editora seguiu o padrão do primeiro volume da série, aliás, isso é algo que gosto bastante na Arqueiro, o fato de seguir, costumeiramente, os padrões nas séries em relação a edição. A capa é simplesmente encantadora, linda demais, o tom verde combina perfeitamente com a esperança que essa história traz intrínseca em suas páginas. Sobre revisão, tradução, enfim, sobre erros, encontrei bem poucos, como um a quando deveria ser um o, nas palavras "obrigado e obrigada" por exemplo, mas nada que atrapalhe nosso entendimento, na verdade, é coisa boba que passou desapercebido na revisão, provavelmente, e o nome de Vincent quando era para ser o de Martin em uma parte, fora isso, nada mais. Nada que atrapalhe mesmo. As páginas são amareladas, a fonte é confortável, temos um bom espaçamento, capítulos bem desmarcados, enfim, tudo deixando a leitura mais fluída. 

É necessário prestar a atenção nas mudanças da história para perceber uma mudança de com quem se está falando, em alguns momentos, isso acontece bem pouco, mas é bom prestar bem a atenção para não se perder. 


Bem, o que mais dizer? Leiam! Sejam vocês viciados em romances de época como essa que vos fala ou não, leiam, e leiam de mente e coração abertos para sentir tudo o que as palavras que compõe esse livro podem despertar em vocês.

Até mais ver!

Classificação:

10 comentários:

  1. Oiii, Ana, tudo bem?
    Primeiro, que capinha mais amável essa, realmente não conhecia e de cara fiquei com aquela vontadezinha de ter o livro na estante, sua resenha ficou ótima e fico feliz que o livro tenha sido tão intenso!
    Beijinhos

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  2. Olá, tudo bem? Que maravilha de capa, tão delicada! Não conhecia esse livro ainda, mas após ler tua resenha fiquei louca para ler a obra, que parece ser incrível. Adorei a dica!

    Beijos,
    Duas Livreiras

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  3. Oi, tudo bem?!

    Eu tô tentando sair da minha zona de conforto e ler esse tipo de livro, mas eu peguei um bem fininho pra ler e ainda não acabei. É bem dificil sair da zona de conforto kkk Mas mesmo assim, adorei a resenha, me deixou curiosa, quem sabe eu leia! <3

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  4. Olá, tudo bem?
    Eu estou bem curiosa com essa série, eu amo o gênero e a premissa me deixa interessada. Adorei ler a sua resenha, ver o tanto que você gostou só me anima mais para poder ler também.

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  5. Olá tudo bem? Não conhecia a obra mais adorei sua resenha e capa do livro achei os detalhes bem bonitos, fiquei bem curiosa em saber mais sobre a história espero ter a oportunidade de ler em breve!

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  6. Não costumo ler romances de época, então a cada resenha me surpreendo com as histórias e personagens. Por isso fiquei muito feliz em saber que o amor entre o casal vai sendo construído, e não e aquele clichê de que ambos sempre foram apaixonados, outro ponto que me cativou que isso se ocorre de maneira totalmente inusitada. Enfim, e o tipo que leria, e com certeza vai me encantar.

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  7. Olá,
    Sou do tipo de pessoa que passa longe de romances de época, porém os personagens deste livro parecem interessantes. Tanto por toda a situação quanto as limitações, com certeza quero ler.

    Debyh
    Eu Insisto

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  8. Acho a capa desse livro linda e gostaria de lê-lo, mesmo não apreciando muito o gênero, tenho a impressão que desse vou gostar muito.

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  9. Olá!
    Nossa esse livro parece ser marcante, e apesar de não estar lendo muitos livros do gênero ultimamente, me deixou bem curiosa para iniciar esta série também, espero gostar tanto quanto você.

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  10. eu tbm adoro obras padronizadas, dá uma sensação boa quando você olha elas juntinhas kkk. sorry começar comentando assim mas me identifiquei demais contigo dizendo isso kk.
    com relação a obra eu nunca a li, conheço de vista a capa e tudo mais e teno uma amiga que ama loucamente.

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