Resenha: As Madonas de Leningrado – Debra Dean.

Título: As Madonas de Leningrado.
Autora: Debra Dean. 
ISBN-13: 9788595083615.
ISBN-10: 8595083614.
Ano: 2018. Páginas: 256.
Idioma: Português.
Editora: HarperCollins Brasil.
Gênero: Drama, ficção, literatura estrangeura.
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Cortesia / Editora parceira LT 2018.

Sinopse: Guerra, amor e vida se unem neste drama profundamente sensível, que visita as lembranças da Segunda Guerra Mundial de uma idosa russa, em uma emocionante homenagem à memória, ao amor e, acima de tudo, à vida.

Marina foi guia turística no Museu do Hermitage nos anos 1940. Com a idade, ela não consegue mais se lembrar de eventos diários ou datas importantes – como o casamento de sua neta –, mas lembra-se de maneira vívida dos seus anos na Guerra.

Em meio à doença, a mente cansada de Marina é invadida por imagens de sua juventude em uma Leningrado sitiada pelo exército nazista durante a Segunda Guerra, uma época de fome, dor e medo. A realidade se mistura com suas lembranças da guerra de forma que ela já não consegue distinguir presente e passado, indo em uma direção que pode colocar em risco sua vida.


Olá!  Bem, vamos “As Madonas”, porquê só escrevendo sobre para vocês entenderem essa bela obra!

Marina é sobrevivente da segunda guerra mundial, casada com Dmitri – seu amigo de infância –. Ela, hoje, vive nos Estados Unidos e por um infortuno sofre de Alzheimer. Sua vida agora é lembrar do que aconteceu quando era mais nova, detalhe por detalhe, e esquecer pouco a pouco do presente.

Quando mais nova, ela era guia do Hermitage, o maior museu do mundo. Vivia com sua tia e tio, após a invasão dos Alemães. Com seus 80 anos, Marina sofre com a confusão do presente e os detalhes do passado. Lembrar do que tem hoje é difícil, porém ela é feliz. Casada com seu amor de infância e com filhos e netos, ela tem uma bela família. No entanto, ela sente falta dos afazeres do dia a dia.

[QUOTE] “Até os pratos que ela sabia cozinhar de cor acabaram arruinados com frequência, uma xícara de farinha que faltou ou algo misterioso que foi acrescentado. Agora ela raramente cozinha. Dmitri assumiu a maior parte de suas tarefas, não apenas cozinhar, mas também fazer compras e lavar.” [...]

Sua rotina agora é apenas tentar se lembrar, enquanto se prepara para um casamento na família. Marina se esconde em seu palácio das memórias. Instruída por uma guia do museu mais velha, ela memorizou cada arte que não estava mais lá e as que estavam, para quando Leningrado fosse voltar ao normal, ela pudesse ser guia. Com as memórias da época, ela vivia a espera do seu amor que foi para guerra com a promessa de voltar e serem felizes.

[QUOTE] Ele segura o anel hesitantemente. “Quer casar comigo? Não agora. Mas quando eu voltar?” (…) “Sim” – responde ela assentindo. “É claro”. [...]

Como sua família não convivia com eles, era difícil saber como a mãe estava. Agora, mais perto, queriam que ela fosse para um asilo se cuidar. Mas não sabiam como ela realmente estava.

Uma das filhas de Marina, Helen, tende a tentar entender a mãe. Porém, nada é melhor do que saber o que ela viveu. Quando Mariana fala algumas coisas para Helen, ela apenas tenta entender pelo que sua mãe passou, pois nada lhe foi contado. 

[QUOTE] Nenhuma explicação se segue. Quando Helen se vira para o pai, ele diz: “Algumas coisas ficam melhores se forem esquecidas.” [...]

Mas algumas coisas Marina mesmo queria entender, quando mais nova ela fazia a guarda do museu, pois algumas obras poderiam ser roubadas. E assim o museu pararia de existir. Ela queria entender como uma pessoa poderia mandar dizimar uma cidade inteira para nada.

[QUOTE] “Não podia ser. Não aqui, não em Leningrado. É loucura. Eles dispararam mísseis de longo alcance na cidade, matando mulheres e crianças e idosos aleatoriamente. Por quê? Por que tentar reduzir uma cidade às cinzas? De que serve a vitória se não há nada para proclamar?” [...]

Marina viveu muitas coisas na guerra, mas hoje vive só de lembranças e de tentar viver o presente.

Esse livro me cativou desde o início, não apenas pelos personagens, mas por falar da guerra e de museu. Saber um pouco mais sobre o que aconteceu em Leningrado foi algo fantástico.

Uma coisa que nunca falo, mas nesse livro foi incrível, foi à forma como a autora conseguiu que o livro se passasse em décadas diferentes. Como as memórias de Marina na guerra e atualmente sua luta constante para se lembrar do presente, foi tudo muito bem construído.

O livro tem uma história de amor, mas tem muito mais para quem entende as entrelinhas, como a melancolia do que aconteceu, o desastre e muito mais.

Amei a “pegada da autora”, de como a forma simples de escrever prende o leitor. No entanto, nem tudo são flores, e algo que não me agradou muito foi a forma como o livro terminou, na minha opinião, um livro com o enredo incrível que este apresenta, deixou a desejar, pois parece que Marina apenas desapareceu...

Contudo, tirando essa pequena ressalva que, preciso ressaltar, apesar do que mencionei acima – que não tira o brilho dessa história – o livro é maravilhoso e me deixou com um gostinho dê: quero conhecer esse museu e toda história real por trás dele!

O site do Museu Hermitage proporciona um tour virtual pelas suas magníficas salas, além de trazer informações sobre o cerco e depoimentos dos sobreviventes.

É um livro fictício que se utiliza de uma época que existiu e foi ambientado em um lugar incrível e real, uma mistura de realidade com ficção que nos deixa com um gostinho agridoce na boca.

Se recomendo a litura? Apesar da minha pequena crítica quando ao desfecho da obra, sim, recomendo, muito, um enredo apaixonante que tem tudo para lhe conquistar, é o que você vai encontrar aqui!

É isso, até a próxima!

Classificação:


16 comentários:

  1. Olá,
    Não conhecia o livro. Mais ele trata de um tema bastante importante e estou bem interessada em conhecer mais do livro e do desenrolar da trama dica anotada

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  2. ah, gostei da premissa do livro porém preciso admitir que se fosse pelo nome eu não leria, mas vou dar uma chance pra ele, quem sabe seja bom né?! Adorei a dica!

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  3. Gostei bastante da premissa, adoro esse tipo de ambientação, e acho que mesmo sendo uma história fictícia acaba sendo uma leitura bem pesada por conta da época, né? Amei sua resenha e quero ler o livro o quanto antes!
    beijos

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  4. Oi, Ana! Achei bacana a premissa da história, uma pena que o final não a agradou tanto, mas acho que não ofusca a leitura de forma alguma. Uma boa dica de leitura!
    Bjs
    Lucy - Por essas páginas

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  5. Oi!
    Quando a HarperCollins informou que estava para lançar esse livro, fiquei bem curiosa para ler o livro, mas fui perdendo o desejo porque outras histórias foram surgindo na frente. Confesso, no entanto, que não fiquei muito animada para ler essa história depois de conhecer suas impressões, mesmo você tendo se desdobrado em elogios. Acho que essa história de amor não é o que preciso no momento.
    Beijos,
    @umoceanodehistorias_

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  6. Oiiii,

    Eu adoro livros que se passam na segunda guerra, porque de alguma forma eu sempre acabo aprendendo um pouco com eles, mas acho péssimo quando a história vem sendonincrivel e aí o final deixa a desejar, da uma sensação de que a leitura se perdeu. De toda forma eu anotei a dica aqui e espero poder conferir em breve.

    Beijinhos...
    http://www.paraisoliterario.com

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  7. Olá, tudo bem? Estou com o livro aqui em casa para ler, e sua resenha me deixou mais instigada ainda. Gosto da temática, mas por falta de tempo não pude ler. Já fiquei curiosa para entender o que pode ter te desagradado no desfecho heheh Dica mais que anotada e amei os quotes <3
    Beijos,
    https://diariasleituras.blogspot.com

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  8. Não conhecia o livro e não gostei da capa, passa o ar de amadorismo, descredibilizando a obra que você descreveu, que trás uma ótima premissa, ainda mais para mim que gosto dessa temática de guerra. Saber que a trama entre passado e presente foi bem construída me anima ainda mais e ainda que tenha essa ressalva sobre o desfecho eu fiquei curiosa para ler. Dica anotada.

    Abraços.
    https://acabinedeleitura.blogspot.com/

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  9. Que livrão! Atualmente estou me interessando por histórias, materiais e artigos que falem de Alzheimer. Infelizmente o meu vô sofre e por enquanto está no começo. Mas já anda esquecendo de situações recentes e como isso é sofrido para ambos os lados. Aquele medo dele esquecer meu rosto a qualquer momento, sabe? Enfim, gostei da proposta desse livro e fiquei curiosa para conhecer melhor a história de Marina. No entanto, confesso que se fosse pela capa, eu não leria. Foi a sua resenha que conquistou =D


    Sai da Minha Lente

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  10. Oi, tudo bem?
    Eu gosto de histórias sobre a Segunda Guerra Mundial e ainda não conhecia esse livro, por isso fiquei animada com seu post. Com seus comentários deu para perceber que tudo foi muito bem desenvolvido e isso só me deixou ainda mais curiosa para conferir a obra.

    Beijos :*

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  11. O que mais me chamou atenção é que a personagem tem Alzheimer. Minha família tem vários casos, então é sempre muito tocante quando leio sobre. E também gosto muito de livro que trazem personagens idosos. A gente tem tanto para aprender com eles. Vou anotar a dica.

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  12. Olá!
    Fiquei surpreso ao ler a resenha, a capa não diz muito sobre o livro, que parece ser bem interessante. Gosto de livros que citam ou tenha a guerra como ambientação. Adorei a resenha, parabéns!

    Abraço.

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  13. Olá Analuiza, não conhecia esse livro, mas pelos seus comentários ele parece estar bem bacana com essa mistura do passado da protagonista nesse cenário de guerra e do presente com o drama do esquecimento causado pelo Alzheimer. Sem duvida vou querer lê-lo em breve também *-*

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  14. Não conhecia o livro e gostei muito da premissa, o que me motiva realmente a investir na aquisição dele.

    Bjo
    Tânia Bueno

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  15. Oi Ana,
    Ainda não conhecia a obra, mas amei saber mais sobre a história. É ótimo quando o autor acerta no ritmo da criação, né? Eu amo! Já anotei aqui essa lindeza. 😘
    Tammy

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  16. Oi.

    Geralmente eu gosto de histórias que se passam na primeira ou segunda grande guerra mas infelizmente este não me agradou, achei a premissa bem vaga e entediante, enfim, não leria mas que bom q vc gostou.

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