Resenha: A Boa Filha – Karin Slaughter.

Título: A Boa Filha.
Autora: Karin Slaughter.
Série: The Good Daughter #1.
Editora: HarperCollins Brasil.
Gênero: Crime / Ficção / Literatura Estrageira / Suspense e Mistério.
Ano: 2018
Páginas: 464.
Idioma: Português.
ISBN-13: 9788595052864.
ISBN-10: 8585082561.
Ache no Skoob.

Cortesia / Editora parceira 2018.

Sinopse: Quando eram adolescentes, a vida tranquila de Charlotte e Samantha Quinn foi destruída por um terrível ataque em sua casa. Sua mãe foi assassinada. Seu pai um famoso advogado de defesa de Pikeville, Geórgia ficou arrasado. E a família foi dividida por anos, para além de qualquer conserto, consumida pelos segredos daquela noite terrível. Vinte e oito anos depois, Charlie seguiu os passos de Rusty, seu pai, e se tornou advogada mas está determinada a ser diferente dele.

Quando outro caso de violência assombra Pikeville, Charlie acaba embarcando em um pesadelo que a obriga a olhar para trás e reviver o passado. Além de ser a primeira testemunha a chegar na cena, o caso também revela as memórias que ela passou tanto tempo tentando esconder. Agora, a verdade chocante sobre o crime que destruiu sua família há quase trinta anos não poderá mais permanecer enterrada e Charlotte precisa se reencontrar com Samantha, não apenas para lidar com o crime, mas também com o trauma vivido.

A Boa Filha é mais uma obra-prima de Karin Slaughter, um enredo sólido, com caracterizações fortes e reviravoltas extraordinárias, um misto de drama e terror que faz arrepiar até os leitores mais corajosos.


Oiii gente!!!

Olha só quem finalmente retornou para postar mais uma resenha para vocês!

Hoje vou falar sobre o livro "A Boa Filha", um thriller intenso que nos faz pensar sobre algumas questões que hoje em dia são de extrema importância.

Preparados?

Vamos Lá!

Em A Boa Filha somos apresentados à família Quinn. Gamma, Rusty, Samantha e Charlotte eram uma família simples que viviam em uma cidade pequena e sofriam todos os preconceitos que pode-se se imaginar por causa das escolhas da profissão do patriarca, advogado que representa aqueles que para o conceito popular não merecem defesa: estupradores, assassinos e por ai vai.

A profissão de Rusty é a principal razão de toda a desgraça que assombra a família Quinn, desde a sua residência ser queimada com todos os pertences da família, até a sua esposa ser cruelmente assassinada diante de suas filhas e ambas carregarem o fardo e as consequências daquele dia fatídico. 

Quando um trauma se recai sobre a vida de uma pessoa, é extremamente difícil que a vida volte ao normal, porém, os membros dessa família tentam ao seu modo seguir como se nada tivesse acontecido. 

Porém, por puro jogo do destino, vinte e oito anos depois do atentado, Charlotte, ou simplesmente Charlie, se vê novamente envolvida em um ataque de violência ao testemunhar o assassinato de duas pessoas na escola local.

As coisas são realmente como se parecem? É possível se viver uma vida feliz mesmo vivendo constantemente o seu maior pesadelo? Qual é a consequência que um trauma de infância acarreta para a vida adulta?


A Boa Filha foi a obra que me apresentou a escrita de Karin. Sempre ouvi falar muito bem da autora e como uma leitora apaixonada de thrillers, era óbvio que os seus livros se encontravam em minha lista de desejados. Porém, este livro em questão, acabou não se saindo tudo aquilo que imaginava ser a obra da autora. 

Vou explicar o porque. 

Sou muito apegada aos thrillers que nos fazem pensar e que nos prendem de uma forma única em seus mistérios e revelações. Sendo assim, era isso que eu esperava encontrar nessa obra, porém, o que encontrei foi um drama familiar intenso. Não vou ser hipócrita e dizer que não teve o toque de mistério e a investigação, pois o teve, entretanto, de uma maneira um pouco mais secundária. Todavia, essa minha observação não deve tirar o brilho e a genialidade deste livro.

Repleto de detalhes e sem a menor preocupação da autora em nos polpar, o leitor é tragado para uma história repleta de sangue, maldade e detalhes sórdidos que para quem tem o coração fraco, com certeza se mostrará algo impactante.

A escrita da Karin é simples, porém extremamente detalhada, confesso que isso foi um problema para mim e acabou fazendo com que a obra demorasse para engrenar. Porém, conforme a leitura segue fluindo, é possível ver que realmente cada detalhe é extremamente importante e valioso.

Uma coisa que me chamou muito a atenção na obra é a forma na qual a autora criou as suas personagens principais e secundárias, inclusive. Cada personagem tem uma personalidade única que são resultado de tudo o que elas viveram em suas vidas. Sem contar, que todas as personagens são intensas, icônicas e admiráveis em suas culpas, superações e omissões.

O livro é dividido em dezenove capítulos longos, narrados em terceira pessoa oras por Charlie, ora por Sam. A capa do livro é obscura, linda e chamativa. Sua edição e diagramação são simples, porém impecáveis e não encontrei nenhum erro de revisão ou de coesão.

A Boa Filha é uma mostre extremamente moldada que não nos deixa pontas soltas e que apresenta vários plot twist que fazem o leitor delirar.

Em suma, o livro em questão não é o tipo de livro que esperava que fosse, porém, a sua mensagem e o que a autora busca nos mostrar, mesmo que de maneira bem explícita, é algo que realmente vale a pena ser lido, pensado e considerado.

QUOTES:

“O disparo da espingarda tinha aberto o peito, o pescoço e o rosto dela. O lado esquerdo do queixo tinha desaparecido. Parte do crânio. Seu cérebro lindo e complicado. Suas sobrancelhas arqueadas com indiferença. Ninguém mais explicaria as coisas para Samantha. Ninguém se importaria se ela entendia ou não.”

“Nada nunca desaparecia de verdade. O tempo apenas amortecia as dores.”

"- Temos passado por um período difícil, minha garota. Não vou mentir e dizer que vai melhorar. Charlie precisa saber que pode contar com você. Você tem que colocar aquele bastão na mão dela todas as vezes, não importa onde ela esteja."

"Uma sociedade justa é uma sociedade cumpridora da lei. Você não pode ser um dos mocinhos se agir como um dos vilões."

"O que um estuprador toma de uma mulher é o seu futuro. A pessoa que ela se tornaria, que deveria se tornar, desaparece. De certa forma, é pior que o assassinato, porque ele mata o potencial da pessoa, erradica aquela vida em potencial. Ainda assim, a mulher continua viva e respira e tem que descobrir outro jeito de prosperar. "

Classificação:

17 comentários:

  1. Esse livro está na minha lista de desejos e saber ler sua resenha reforça minha vontade de ler. Adoro thriller e apesar da ressalva quanto ao mistério do livro ter ficado em segundo plano eu aposto na genialidade dele.
    Quero ler, conhecer a personalidade de Sam e Charlie e a mensagem que a autora passa com essa obra.

    Abraços.
    https://acabinedeleitura.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  2. Oi, Mayara!
    A história desse livro parece bem misteriosa e sempre que vejo algo sobre ele, fico criando teorias sobre as coisas que preocupam Charlotte no crime que ocorreu com sua família. Gosto de histórias que trazem mistério e também não me importo com um drama no meio se as coisas forem bem fundamentadas. Pela sua resenha, vejo que parece que os detalhes são bem importantes e admiro muito isso em histórias. Gostei da dica! Beijos!

    Jéssica Martins
    castelodoimaginario.blogspot.com

    ResponderExcluir
  3. Olá!
    Esse livro está na minha lista de próximas leituras. Estou curiosa com a escrita da autora e animada por esse não fazer parte de uma série, mesmo o enredo contendo mais drama que o thriller em si, acredito que o suspense ditam um bom ritmo deixando a leitura atraente.
    Acredito que vá me cativar!
    Beijos!

    Camila de Moraes

    ResponderExcluir
  4. Oi, Mayara. Tudo bem?
    Olha, eu amo esse gênero literário, é eu preferido!
    Eu estou louca para ler esse livro e acho a premissa dele completamente instigante, se já fiquei morrendo de curiosidade só lendo a sua resenha eu imagino que vou grudar no livro e só largar quando terminar de ler.

    ResponderExcluir
  5. Oi Mayara,
    Gosto de obras de suspense e acho essa capa bem atrativa, porém, li diversas resenhas, como a sua, que me desanimaram um pouco. Como vc mesma disse, o livro não é ruim, mas não entrega aquilo que promete ou que achamos que prometia. Talvez, sabendo que ele é mais um drama familiar do que um suspense mude a nossa expectativa. Ainda pretendo dar uma chance à A Boa Filha.
    Beijos,
    André | Garotos Perdidos

    ResponderExcluir
  6. Olá,

    Me apaixonei por essa autora esse ano, os dois livros que li dela foram o bastante para me fazer desejar todos os outros livros que já foram lançandos, principalmente Boa Filha. Assim como você adoro thrillers que trazem temáticas fortes e que nos fazem pensar, depois de ler sua resenha, noto que esse livro será um prato cheio para mim.

    Beijos,
    oculoselivrosblog.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  7. Meu Deus, estou com esse livro na minha estante desde o início do ano e ainda não consegui ler. E depois de conferir sua resenha e seus quotes, preciso colocá-lo na frente de todos urgente. Que enredo é esse? Estou super curioso para saber de tudo o que vai rolar nessa trama. Parabéns pela ótima resenha.

    ResponderExcluir
  8. Obrigada pela sinceridade!
    Não conhecia essa obra ou a autora. Gostei da sinopse da história, mas também ficaria frustrada com um thriller que focasse mais em questões familiares e não sou grande fã de descrições minuciosas... Fiquei em dúvida quanto a ler esse livro!

    ResponderExcluir
  9. Olá, Mayara!

    Minha única experiência com a autora foi através do livro Cega, que adquiri vários anos atrás bem por acaso, pois não tinha noção da importância da autora para seus fãs. Só soube do grande carinho que as pessoas têm por ela quando pessoas começaram a entrar em contato comigo querendo que eu vendesse o livro, pois ele é extremamente raro, encontra-se esgotado. Aí acabei esbarrando em várias resenhas sobre outros livros da autora e adquiri Flores Partidas (que pretendo ler em breve) e fiquei muitíssimo interessada em A Boa Filha (e estou esperando a editora me enviar, mas no ritmo que está não chegará mais este ano.kkkkkkkkk).

    Confesso que minha experiência com Cega me faz ter um pouco de medo da trama, uma vez que a escrita da autora costuma ser crua, com cenas bem sangrentas e explícitas, que nos provocam um incômodo muito grande. Acredito que vou ser atingida em cheio por A Boa Filha e os dramas que cercam essa família. Só espero não ficar deprimida depois. Mas se tem uma coisa que existe nas tramas da autora e me encanta: personagens femininas fortes. Não importa o que aconteça elas lutam até o fim. E isso faz qualquer leitura valer a pena.

    ResponderExcluir
  10. Recebi esse livro de parceria com a editora mas por ser um genero que nao tenho por hábito ler, um amigo quem vai resenhar. Estavamos comentando como há cenas crueis no livro, nada é deixado de lado quando o assunto é descrição, nessa obra em especial vejo isso como algo importante para a construção da narrativa.

    ResponderExcluir
  11. Nossa, Mayara.
    Eu amo thrillers e depois de ler a sua resenha, eu simplesmente preciso desse livro! Rs... Vou aproveitar os amigos secretos de final de ano e colocar na minha lista de desejos!! Rs...
    beijos
    Camis - blog Leitora Compulsiva

    ResponderExcluir
  12. Olá, tudo bom com você?
    Então, ao contrário de você, eu já acabei curtindo muito o desenvolvimento e a questão do mistério ficar em paralelo com a história que se passa no presente, deixando-nos curiosos porque toda aquela história que está em primeiro plano trás tanto gatilhos para vida dos personagens, que são bem desenvolvidos e complexos. Acho que acabei curtindo tanto por não ir com expectativas né? Enfim! O legal da literatura é isso, cada um ter suas experiências de leitura ♥
    Beijos!

    ResponderExcluir
  13. Oi, Mayara!
    Que bom que apesar da trama não ter sido o que você esperava, conseguiu te passar alguma coisa boa e proveitosa! Li um outro livro dessa autora e achei seu estilo de construção de narrativa bem interessante. Me parece que as descrições são essenciais para criar o clima desejado pela autora e o foco não ser o esperado deve ser uma boa surpresa para quem se acostumou a livros que "seguem a regra".
    Beijos!

    ResponderExcluir
  14. Oi Mayara,
    Agosto muito do gênero e tenho muita vontade de ler os livros da autora, principalmente, esse, mas eu confesso que o começo do livro não está me agradando muito. Acho que esse excesso de informações está me incomodando muito, sabe?
    Vou continuar tentando ler esse livro e espero que ele me agrade, como aconteceu com você.
    Beijos

    ResponderExcluir
  15. Oi Mayara!
    Eu já dois livros dessa autora e para mim deu. Como amante do gênero, sempre esperei muito das suas histórias e nos dois casos, acabei encontrando uma trama simples. A cada lançamento dela, as críticas, em sua grande maioria, sempre são muito positivas, mas eu perdi o total interesse em voltar a ler os seus livros.
    Por causa disso, irei passar a dica dessa vez.
    Bjss

    http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  16. Oi, tudo bem?
    Eu nunca li nada desta autora, mas tenho visto muitos comentários sobre esse livro. Confesso que não sou muito de ler thrillers e é mais difícil um livro do gênero despertar minha curiosidade. No entanto, achei o enredo bem interessante e confesso que o aspecto que te decepcionou é algo que, talvez, faria com que eu gostasse mais do livro. Eu adoro leituras que abordam dramas familiares, então, saber que isso tem destaque no livro me deixa mais animada.
    Uma pena que a leitura não tenha sido tudo que você esperava, mas adorei ler sua resenha e vou anotar a dica.
    Beijos!

    ResponderExcluir
  17. Oie, Tudo bom?
    Eu adorei esse enredo! Adoro thriller e ouço muitos elogios a essa autora por aí na blogosfera! Amei sua resenha, já Coloquei na lista de desejados ❤

    ResponderExcluir

Agradecemos por comentar! ^_^

Tecnologia do Blogger.