Resenha: Eu, Robô

Título: Eu, robô. 

Autor: Isaac Asimov.

ISBN - 10: 8576572001.
ISBN - 13: 9788576572008.
Ano: 2014. Páginas: 320.

Idioma: Português.

Editora: Aleph.

Gênero: Ficção científica.

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Sinopse: Eu, robô reúne os primeiros textos de Isaac Asimov sobre robôs, publicados entre 1940 e 1950. São nove contos que relatam a evolução dos autômatos através do tempo, e que contêm em suas páginas, pela primeira vez, as célebres Três Leis da Robótica - os princípios que regem o comportamento dos robôs e que mudaram definitivamente a percepção que se tem sobre eles na literatura e na própria ciência.

Boa tarde galera!! Tudo bem com vocês? Eu vinha enrolando um pouco essa leitura mas enfim me arrisquei, primeira obra do autor que leio e digo, fiquei surpreso com as idéias apresentadas. Sigam lendo!!

Isaac Asimov, já ouvi falar muito do autor, já assisti o excelente filme baseado nessa obra, mas não havia lido nada dele até então. Ele pensava muito, mas muito à frente de seu tempo e escreveu sobre coisas que ainda hoje não temos no nosso mundo pois a tecnologia ainda não alcançou esse patamar. Nas 9 histórias ele retrata situações em que humanos e robôs precisam interagir para resolver problemas sem que qualquer uma das partes seja prejudicada. 

O foco do livro é a Dra. Susan Calvin, psicóloga de robôs, que conta a seu entrevistador os relatos de sua experiência com essas máquinas ao longo de sua vida. Durante as 9 histórias vemos ela resolver casos cada vez mais complexos e que por vezes vão de encontro às 3 leis da robótica, pontos extremamente importantes no livro.

1) Um robô não pode ferir um humano ou permitir que um humano sofra algum mal.

As ideias de Asimov nos levam inclusive ao espaço, a missões em asteróides, estações espaciais e até em Mercúrio (Essa é a mais inacreditável!), todas elas com o objetivo de minerar recursos para melhoria da vida na Terra. Coisas bem inusitadas acontecem nessas missões que vão desde conflitos internos no cérebro dos robôs causados pelas leis da robótica até o desenvolvimento de pensamento político por parte de um deles, o que de certa forma se torna engraçado de ler devido à reação dos humanos que participam do ato.

2) Os robôs devem obedecer às ordens dos humanos, exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a primeira lei.

As situações na Terra também se mostram bem interessantes, como no caso do primeiro conto que se trata de um robô cuja função principal não foi muito bem desenvolvida e ele acaba como companheiro de brincadeiras de uma garotinha. Aí entram dois penamentos conflitantes, o pai vê a relação da criança com a máquina como inocente, positiva, um avanço, enquanto a mãe de menina (apoiada pelos vizinhos) enxerga o perigo, medo das ações da máquina, de que prejudique a filha de alguma forma. 

3) um robô deve proteger sua própria existência, desde que não entre em conflito com as leis anteriores.

As 3 leis por diversas vezes acabam causando transtornos aos robôs devido ao seu entendimento limitado das coisas, sendo sempre sim ou não, zero ou um, não existe mais ou menos e nesse meio a Dra. Susan é essencial para resolve tais conflitos. O que eu acho mais incrível é o autor ter pensado nisso tudo, toda essa tecnologia que ainda hoje não existe, na década de 40, quando o mundo tecnológico ainda engatinhava. Ele pensava muito à frente do que todos imaginavam na época, o nível de inteligência artificial apresentado no livro é assombroso perto do que temos hoje em dia (E, sinceramente, eu acho um pouco assustador saber que podem chegar a esse nível), os cérebros positrônicos, como ele chamou no livro, são capazes de aprender cada vez mais de acordo com as experiências que vivem chegando inclusive a criar coisas jamais imaginadas pelos humanos. 

Acho que o único ponto negativo do livro é a "repetição" do enredo, a maior parte das histórias se resume a uma missão envolvendo humanos e robôs, um problema acontece e cabe aos humanos pensar numa solução, mesmo que se trate de situações diferentes em todas elas. A edição da Aleph traz uma capa que ilustra bem os contos, tem páginas amareladas e uma fonte de bom tamanho, não me lembro de erros ortográficos durante a leitura. Cada capítulo é separado por páginas negras com o título da história seguinte. 

Foi uma leitura bem diferente, não estava esperando o que encontrei e não fazia idéia da época em que esse contos foram escritos, o que só deixou tudo mais interessante. Para quem curte tecnologia e ficção científica é uma excelente opção sobre esses dois assuntos que só evoluem atualmente. Recomendo demais, as idéias do autor, creio eu, devem ter causado alvoroço na década de 40 e até hoje são impressionantes. Bem galera eu vou ficando por aqui, espero que tenham curtido essa indicação, deixem aí nos comentários a opinião de vocês. Já leram algo do autor (Aceito recomendações =D)? Até a próxima semana!!

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