Séries & tal: The Last Kingdom – Netflix.

tlk_firstimage

Título: The Last Kingdom.
Produção original: BBC e Netflix. Temporadas: 2.
Roteiristas: Bernard Cornwell e Stephen  Butchard. Diretor: Anthony Byrne.
Estréia: 10 de Outubro 2015. País de origem: Inglaterra e Irlanda do Norte.
Gênero: Ação, história e romance.

Elenco: Alexander Dreymon (Uhtred), Emily Cox (Brida), Tobias Santelmann     (Ragnar), Simon Kunz (Odda), Joseph Millson (Alfredo), Amy Wren (Mildrith), Ian Hart (Beocca). 

Sinopse:  Situada no ano de 872, a série apresenta as invasões vikings em território hoje conhecido como Inglaterra. Wessex, sob o comando do Rei Alfred, o Grande, é o único reino que resiste aos ataques.

A história tem como protagonista o jovem Uhtred, um nobre que perdeu os pais em um dos ataques vikings. Levado e criado por eles, Uhtred cresce e se torna um guerreiro. Mais tarde, ele parte com a missão de conquistar as terras onde nasceu. Enquanto isso, o Rei Alfred enfrenta problemas políticos e religiosos para unificar os reinos e transformá-lo no que hoje é a Inglaterra.


Oi pessoal! Hoje trago a resenha de The Last Kingdom, uma série medieval nova na Netflix, que me prendeu bastante e para os fãs de séries ao estilo Game of Thrones e Vikings, pode ser uma boa pedida, acredito eu que com certeza vão gostar dessa, TLK é sensacional. 

The Last Kingdom é baseado nos livros "As crônicas Saxônicas" do escritor Bernard Cornwell, razão pela qual ele é um dos roteiristas da série, é claro.
Ela se passa em alguns reinos, no que hoje, juntos, formariam a Inglaterra. A história se inicia quando os dinamarqueses, que eram mais conhecidos e temidos como vikings na época, invadiram diversos reinos para dominá-los e desse modo obter toda prata e escravos que pudessem. Quanto mais reinos dominados, mais poder eles tinham.

 Nesse contexto conhecemos o jovem Uhtred, que nasceu como nobre, mas foi levado pelos dinamarqueses quando invadiram o reino de Bebbanburg. Ele acabou assistido a morte dolorosa da sua família e de todos que amava. Sendo assim, aos doze anos ele passa a ser criado pelos inimigos, os pagãos. E então percebe que eles não eram tão assustadores assim, e que Ragnar, o intrépido, aquele que era o chefe do grupo, o tratava com mais afeição até do que seu pai biológico. O tratamento dado a Uhtred suscitou um pouco de indignação e rivalidade em outros meninos do grupo, já que ele era um Saxão que agora seria um "Danês", mas o garoto não se importava com isso, fazia de tudo para ser obediente aos seus senhores e agradar aquele que pôde considerar como um pai, Ragnar. 

               TLK_101_12

     Depois de algum tempo, Uhtred vê o ataque a vila em que morava com sua nova família, ele se desespera ao ver que tudo foi queimado pelo fogo. Por isso ele perde seus novos pais e outras pessoas da comunidade dinamarquesa, dessa forma compreende que precisa decidir se vai investigar os culpados por aquela tragédia e vingar a morte deles, ou se partirá em uma jornada para reconquistar o reino que um dia foi seu por direito.

last-kingdom-updated-pics

     Uhtred tem uma personalidade forte, é genioso, teimoso, impulsivo, mas tem um grande senso de justiça e lealdade, além disso, se tornou um grande  guerreiro Danês. Principalmente por que sabia muito bem como utilizar a estratégia dos dinamarqueses que consistia na parede de escudos composta por três partes que protegiam as pernas, abdômens e cabeças dos soldados, de modo que dificultava o ataque do inimigo e permitia a eles mais vantagem para destruí-los rapidamente. Assim conseguiam grandes vitórias contra os soldados com os quais lutavam. Eram homens que estavam dispostos a tudo, tanto para a glória das batalhas quanto para Valhalla que é o paraíso dos deuses nórdicos aos quais eles prestavam culto.


TLK_101_15

Uthred comete vários erros porque não sabe segurar o que sente e não leva desaforos, o que mostra que muitas vezes o silêncio é a melhor resposta para dar aos tolos. No entanto, ao longo da série acompanhamos seu crescimento e amadurecimento. Ele se torna um homem admirável, sem o qual o rei Alfredo de Wessex, que era o único reino que ainda não tinha sido subjugado pelos dinamarqueses, não conseguiria administrar todos os conflitos envolvendo os daneses, muito menos as ameaças e batalhas que se seguiram. Uhtred foi um herói, embora só tenha sido reconhecido pelo rei vaidoso e orgulhoso quando este estava em seus últimos momentos devido ao agravamento dos seus problemas de saúde. Alfredo não queria parecer um rei fraco e dependente do seu comandante, por isso o excluiu das suas crônicas, os papeis que contavam a história de Wessex.

Uhtred, em vários momentos se sente divido por ter nascido como Saxão, mas seu coração se tornou Danês, serviu por muitos anos a um rei Saxão e se tornou praticamente uma lenda da guerra. Então conseguimos perceber a luta interna que ele trava para decidir a qual lado deve seguir e para onde sua lealdade deve levá-lo. É possível ser tocado com essa busca pelas respostas do nosso grande guerreiro. Eu, que sou fã de séries e filmes com esses temas históricos,  vibro com os cenários, figurinos e a viagem que fazemos para outros períodos através deles. Quem consegue esquecer Troia? O príncipe Paris e seu irmão Heitor, o belo Áquiles que foi interpretado por Brad Pitt, ou então Cruzadas que teve como protagonista Orlando Bloom, que também fez Troia como Paris, e o que dizer de 300? São produções incríveis e para os amantes de filmes de combate é uma excelente escolha, com certeza. 

Já para os que apreciam algo mais na linha de Game Of Thrones, The Last Kindom é uma boa pedida, já que contém todos os elementos que uma boa série  histórica precisa ter. Conta com bons cenários que remetam mesmo à época medieval, com cenas incríveis de combates com espadas, armaduras e escudos, um figurino espetacular dos homens e das mulheres, as crenças da época que no caso dessa série se divide entre o cristianismo e o paganismo foram bem representadas com padres e também advinhas e bruxas que seguiam seus próprios rituais ocultistas ligados às crenças de Odim e os demais deuses nórdicos.

A série conta com duas temporadas completas na Netflix com oito episódios cada uma, sendo que a primeira mostra a extensão do domínio dinamarquês e todos os planos de Uhtred para impedir que eles vencessem o reino ao qual ele estava servindo, pois naquele instante metade do seu coração voltava a ser Saxão e ele não estava disposto a perder seus homens em batalha. Os discursos dele são incríveis e emocionantes, palavras de um verdadeiro líder de um exército. A segunda temporada é tão maravilhosa quanto a primeira, somos surpreendidos pela transformação da Rainha da Mércia, Aethelflead, interpretada pela atriz Milli Brady,  filha do Rei Alfredo que agora era casada com o rei do reino da Mércia. Ela se tornou muito madura, decidida, empoderada e era muito querida entre os homens do seu exército, fazia questão de estar presente quando seu pelotão era solicitado para se juntar aos homens de seu pai no intuito de atacarem os daneses. 

Resultado de imagem para aethelflaed

Uhtred também se envolve com algumas mulheres durante a trama, cada uma se torna importante e uma parte dele para sempre. A primeira foi Brida, que ele conhecia desde criança e viveu com ele junto aos dinamarqueses por um bom tempo, depois os caminhos escolhidos pelos dois os levaram para direções opostas. Ela tinha personalidade forte, não tinha papas na língua, era corajosa e uma grande guerreira viking e não se acostumaria a podarem seus direitos e sua liberdade em nome da fé católica de Wessex, pois as mulheres vikings escandinavas tinham muito mais liberdade do que as europeias. Ela queria ser dona das suas escolhas e por isso escolheu voltar a morar com os daneses, mesmo após o ataque contra Earl Ragnar e sua família, aqueles que os acolheram quando crianças. Ela é perspicaz, inteligente, estrategista e audaciosa, um verdadeiro cavalo selvagem que homem nenhum seria capaz de domar. 

 

Depois que ele fez um juramento ao rei Alfredo, logo se viu obrigado a servi-lo, o rei ardiloso como sempre foi via nisso uma forma de manter seu comandante em suas mãos, como um precioso "às" nas mangas para ter vitórias e vantagens nas guerras, já que sabia da grande fama de Uhtred como guerreiro. Por isso ele acaba oferecendo Milthred, uma moça de Wessex, para que ele adquirisse a posição de senhor de algumas terras e tivesse mais credibilidade diante do seus conselheiros reais. Ao lado dela, Uhtred viveu um casamento feliz, apesar de sempre discordar da jovem em relação a sua fé, pois ela era muito devota ao que acreditava, mas ainda assim respeitava o paganismo do marido e o amava com todo o pacote que ele trazia consigo. Ela era uma esposa dedicada e muito amável, e por isso ele se apaixonou por ela, não apenas por seu sorriso e seus lindos cabelos ruivos. 


Iseult é uma jovem com conhecimentos medicinais e mágicos, uma voz doce e um bom coração, ela quebra o esteriótipo da bruxa pagã difundido pela igreja católica, já que ajuda os saxões nas lutas contra os daneses. O rei Alfredo não a vê com bons olhos, mas percebe que como uma peça de xadrez, ela também tinha serventia no seu jogo, já que a jovem agora era mulher do seu comandante, Uhtred. Ela era casada com o rei Peredur, mas resolveu partir com aquele que segundo ela tinha um grande destino pela frente, ela queria ajudá-lo a cumprir sua missão. Quando ela morreu na batalha de Ethandun, Uhtred fica arrasado, parecia  que toda vez que ele amava uma mulher de verdade o destino brincava com ele e a levava embora de alguma forma.


E chegamos a uma personagem que me surpreendeu muito, a freira Hild, que acaba encontrando razões fortes o suficiente para se tornar uma guerreira. Nada menos do que um estupro causado por um dinamarquês. Já imaginou uma freira guerreira? É uma coisa fora do comum, no exército Saxão ela era a única mulher com armadura e espada, lembram-se de alguém assim na história? Joana D'arc, talvez? É impossível não lembrar dela quando pensamos nessa freira sensacional, uma mulher excepcional, corajosa, de fé e muito leal aos seus amigos. Ela recruta soldados, é mensageira do rei, essas coisas naquela época eram feitas apenas por homens, todavia, ela tinha a confiança de Alfredo e executava com maestria tudo que lhe era incumbido. 


Séries históricas sempre me chamaram a atenção, sou fascinada por esses assuntos, então gostei demais de The Last Kingdom e aguardarei ansiosa a terceira temporada que já está sendo gravada.

Vamos ver quais vão ser as novas aventuras que aguardam nosso guerreiro, seus amigos, escudeiros e se ele vai recuperar a fortaleza que é sua por direito de sangue.

Fiquei com vontade de ler os livros em que a série foi baseada, e vocês? Amei o seriado e recomendo! Beijos! 

7 comentários:

  1. O ritmo de GOT me fez desistir na terceira temporada, Vikings eu nunca senti vontade de ver, mas essa parece que tem um ritmo mais fácil de manter... Não sou tão chegada a série medievais, a única que eu realmente tentei foi GOT, mas sua resenha foi tão bem feita que eu vou tentar dar uma chance para TLK!
    https://aquelemqueana.com/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Eu confesso que também parei GOT na quarta temporada e não quis mais ver, Vikings estou começando a ver agora e pretendo fazer a resenha em breve. A série é muito tranquila para entender, acho que vai gostar sim ♥ Fico feliz em saber que minha resenha foi bem escrita, sou uma das novas colunistas aqui do blog, então é bacana receber esse feedback de vocês sobre o que escrevemos. Beijos!

      Excluir
  2. Olá, tudo bem? Eu ainda não conhecia essa série, nem sabia que tinha livros na qual ela foi baseada. Gostei demais de saber tua opinião, e confesso que fiquei curiosa para assistir "The Last Kingdom".

    Beijos,
    Duas Livreiras

    ResponderExcluir
  3. Nossa, amei! Eu sou apaixonada por Game Of Thrones, mas ainda não li as crônicas, mas ele ta não minha TBR! Adorei essa crítica, fiquei com muita vontade de ver, até abri a Netflix aqui pra poder colocar na lista! Melhor dica que peguei hoje! Obrigada mesmo!!

    ResponderExcluir
  4. Olá, adorei sua dica, não conhecia a série e adoro esse tipo de conteúdo vou colocar na minha lista do netflix para assistir futuramente!

    ResponderExcluir
  5. Eu passei por essa série ontem enquanto zapeava o catálogo e fiquei com vontade de ver.
    Mas estou com tantas atrasadas que acabei escolhendo um filminho. Gostei da sua resenha, agora sinto que preciso assistir mesmo assim ahUAHIUAHUIHAUIh

    Sai da Minha Lente

    ResponderExcluir
  6. Oi Gyh, como está?
    Eu ainda não vi essa série, da qual tinha ouvido falar por cima, mas nunca me aprofundei em conhecer, mas a tua crítica me fez ficar muito mais interessada, ainda mais porque essa parte da História do mundo eu não conhecia tão bem quanto achava.
    Abraços e beijos, Lady Trotsky...
    http://osvampirosportenhos.blogspot.com

    ResponderExcluir

Agradecemos por comentar! ^_^

Tecnologia do Blogger.