[Filmes & Tal] O Caçador e a Rainha do Gelo.

Título: O Caçador e a Rainha do Gelo #02.

Lançamento: 21 de abril de 2016.

Duração: 1 hora e 54 minutos.

Dirigido por: Cedric Nicolas-Troyan.

Roteirizado por: Craig Mazin e Evan Spiliotopoulos.

Criador dos personagens originais: Evan Daugherty.

Gênero: Ação, Fantasia, Aventura.

Nacionalidade: EUA.

Produção: Universal Pictures, Digital Domain, Double Negative LTD.

Distribuição: Universal Pictures.

Trilha sonora: James Newton Howard.

Classificação: Não recomendado para menores de 12 anos.

Elenco: Chris Hemsworth, Charlize Theron, Jessica Chastain, Emily Blunt, Nick Frost, Rob Brydon, Sheridan Smith, Alexandra Roach; entre outros.

Sinopse:

Freya é a irmã boa da toda poderosa Rainha Ravenna. Depois de passar por um trauma, no entanto, ela desperta para os poderes mágicos e se isola. Longe da irmã, ela constrói seu próprio reinado – se torna a Rainha do Gelo –, onde recruta crianças para compor seu exército, sob duas ordens: jurar obediência a ela e que os jovens abdiquem de qualquer forma de amor. Dois dos pequenos mais talentosos para o combate, Erik e Sara, crescem e se apaixonam. Quando Freya percebe que foi “traída”, no entanto, separa os dois. Paralelamente, o poderoso espelho mágico é dado como desaparecido. E será preciso impedir que o objeto caia nas mãos da nova rainha...

A única regra, a regra que ninguém pode quebrar, é a de manter-se com o coração frio. Ninguém pode amar, de modo algum, pois o amor, é a traição e para esse pecado? Não existe perdão!

O Caçador e a Rainha do Gelo trata-se de uma versão a live-action dos contos de fadas que conhecemos desde nossa infância, na verdade, conta a origem do Caçador – a qual, acredito, que quase ninguém conhecia e claro, é uma versão completamente diferente do conto original, bem como o filme da Branca de Neve, por isso, live-acion.

Quando fiquei sabendo, por acaso (me julgue), que esse filme contaria uma história que, teoricamente, teria se passado antes da história contada em “O Caçador e a Branca de Neve” – confesso que fiquei ansiosa para assistir. Se eu gostei do filme mencionado acima? Sim, apesar de não concordar com a escolha da atriz que interpretou a Branca de Neve (que, em minha opinião, não deu o seu melhor) e de achar que uma outra interprete poderia ter levado o personagem a uma extensão maior e que seria mais aproveitado, ainda assim, gostei. E claro, o fato de o elenco contar com a presença de dois atores dos quais, particularmente, gosto muito – Chris Hemsworth (suspiros) e Charlize Theron (Divina) – no dia da estreia, na companhia do meu esposo (que é meu amigo e parceirão de cinema) fui assistir... E? Bom, segue lendo...

O Chris Hemsworth tem todo um carisma, ele nos cativa, nos faz acreditar em seus personagens e com Erik, O Caçador, não foi diferente – ao menos pra mim. Tem quem não goste de suas atuações, particularmente, gosto. Acho que ele tem algo diferente, não é beleza, não é... apelativo, não sei o que é, ele só... cativa. (OBS: Acho ele lindo do seu jeito, mas tem algo além, que me cativa mais).

O que dizer de Charlize Theron? Ótima atriz, gosto mesmo de suas atuações, ela é uma Diva – literalmente. Incrível!

Mas... Aqui, você que já leu outras resenhas e ou críticas minhas, tanto sobre filmes quanto sobre livros, para e pensa: “Tinha que ter um mas, de novo?” – Sim, não consegui evitar, tenho um “Mas” para esse filme... o.o

Não sei se todos que já assistiram tiveram a mesma sensação que eu, porém... sai do cinema com o sentimento de: O filme prometia muito mais, mas... foi só... bom. Espera, eu vou explicar! É que acompanhando os trailers e tudo o mais, esperei mais desse filme. Esperei por mais ação, acho que foi isso que me deixou com a sensação de que faltava algo. Esperei por mais, só isso. A sensação foi a de que, não era o fim, a de que falta algo.

O filme na verdade se passa em dois tempos. Antes do reinado da Branca de Neve, seu reinado e a batalha por ele é mencionada e sete anos depois do início do reinado dela que perdura até o momento e está em risco. A história contada vem nos apresentar a origem de Erik, como ele tornou-se um Caçador, para o que ele realmente foi treinado e como ele acabou sendo um Caçador solitário.

Com uma trama repleta de sentimentos palpáveis, com aventuras, com momentos dolorosos e com um final bacana, “O Caçador e a Bruxa de Gelo” tem um final difícil e ao mesmo tempo bonito. É um filme muito mais sentimental do que o apelo a fantasia.

Ravenna – a rainha má – aquela mesma do filme da Branca de Neve, sempre foi má, extremamente má. Seus atos tem grandes efeitos sobre os personagens desse filme, ainda que ela apareça pouco. Confesso que esperava que ela fosse mais explorada no filme, mas entendo que o foco principal era contar a origem dos acontecimentos posteriores, mas gente... Ravenna é Ravenna e eu queria que ela tivesse feito muito mais – em seu regresso.

Freya – é a Rainha do Gelo, ela é boa em sua essência ainda que cometa atos de maldade, ela é em seu íntimo mais profundo, bondosa. Porém, pior do que ser corrompido por poder, é ser corrompido por dor, e é, exatamente isto, que acontece com Freya.

Ravenna, como sempre, não tem dó de ninguém, nem mesmo daqueles que diz amar. Ela retorna de certo modo, preparou tudo para que tivesse essa oportunidade, fosse pelas mãos de quem fosse e consegue. Ao retornar, já vai logo colocando as garras de fora e mostrando, como sempre, a criatura maléfica que é. Ela quer tudo, ainda que diga que respeita o reinado que Freya construiu, a verdade é que ela almeja tudo e já vai logo dando ordens.

Freya, de modo completamente errado e equivocado, tem seus "filhos" e ainda que em sua dor plena, a negação pelo amor, a incompreensão de tudo e suas ações duras, cruéis e até mesmo más, apesar de tudo isso... ela, em seu jeito particular, em sua frieza, em sua intolerância e no afastamento emocional que impõe... os ama. Um amor errado, doentio e criando um exército de Caçadores para suprir o que lhe foi arrancado, para tentar aplacar aquilo pelo que passou e é por ter feito tudo errado que seu desfecho foi, de certo modo, perfeito. Porque você pode se fechar e não ir atrás da verdade, todavia, quando ela é estampada na sua cara? Você tem de decidir quais são os seu verdadeiros sentimentos e aceitar que as vezes, só as vezes, o amor supera tudo, ou quase tudo. Mas, acima de tudo, você tem que fazer a sua parte e arcar com as consequências dos seus atos.

Preciso ressaltar que a personagem Sara não me convenceu, Erik é o meu queridinho, de fato. Eu gostaria de uma continuação, só pra saber o que vai acontecer, sei lá, realmente não gostei dela e não consigo imaginá-la fiel aquele sentimento.

Ah, preciso dizer que em relação a áudio e visual, está perfeito! A vestimenta utilizada pelos personagens, os cenários, enfim, lindos, condizentes, gostei bastante. Ah, Erik com um toque de humor encantador e os anões, coadjuvantes, conquistam também.

Bom, vou ficar por aqui, para evitar spoilers que possam comprometer o filme para quem não assistiu, mas antes de ir, preciso dizer que, o filme não me conquistou como eu esperava. Eu queria que fosse O FILME – compreendem? Mas, não, foi só apenas... bom. É isso! Assistam e tirem as suas próprias conclusões pois, ainda que seja apenas "bom" o filme é legal e vai que para você, esse possa ser "O FILME"? Afinal, o que não me agrada como um todo, pode lhe conquistar intensamente.

Minha avaliação? Como mencionei antes, Bom.

Assista ao trailer oficial do filme.