Resenha: Partidas e Chegadas — Trish Doller.
Anna passa por momentos difíceis desde que seu noivo Ben decidiu acabar com a própria vida. Além de não sair de seu apartamento, ela se agarra a tudo que traz lembranças dele e é nesse devaneio que Anna decide embarcar em uma viagem marcada pelos dois, para velejar.
[Quote] Dez meses e seis dias atrás, Ben tomou uma caixa de um remédio tarja preta e completou com a tequila barata que morava embaixo da pia, até hoje não sei por quê. [...]
O que ela não sabia é que seria bem difícil velejar sozinha, ainda mais com as lembranças. Porém, era o dia perfeito para fugir de casa, de tudo e pedir demissão do bar onde trabalhava, que mais parecia um puteiro (perdão pelo palavreado).
Mas nem todo mundo apoiava essa loucura, sua mãe e sua irmã a achavam egoísta de ter saído sem mais nem menos. Sua ex-sogra alegava que ela havia roubado o barco de seu falecido filho. Mas alguém se importava em como ela se sentia?
Após uma noite de bebedeira, uma transa mal sucedida onde o cara era casado, Anna acorda no barco, com um homem a bordo e não se lembra de nada do que estava acontecendo.
[Quote] – A gente…?
– Caramba, não! – ele coloca café em outra xícara. A minha, com flores e um A rosa, de Anna. – Você estava mais bêbada que um macaco, mas gostei da proposta.
– Ai, merda.
– Estou brincando. [...]
Keane salvou Anna das consequências de mais uma noite de bebedeira e assim ele começa a velejar com ela. Ele precisa chegar a Porto Rico e ela precisa de um navegador experiente para que consiga fazer a viagem dar certo.
O que poderia dar errado? Nunca faça essa pergunta! Nunca, tá, pessoal?!
As lembranças com Ben nunca a deixam, ela sempre está rodeada por elas. Anna não quer esquecer, mas também não quer se afogar nelas. Ela não sabe como seguir...
[Quote] – Eu estava roncando? (...)
(...) – Obrigada. Não… – respondo. – Não estava conseguindo dormir.
– Você sente falta dele.
– O Ben e eu deveríamos estar fazendo essa viagem juntos e, no dia em que decidimos partir, eu simplesmente… fui. Mas agora… – paro, procurando as palavras certas.
– Agora você está num barco com um cara estranho, que não é seu amante e nem seu amigo e não parece certo. – Keane adivinha. [...]
Além de ter todo o tipo de dúvida, Anna continua sua viagem para conhecer os lugares a que Ben queria levá-la. No entanto, nem tudo são flores... Nossa mocinha ainda precisa provar que o barco é dela e vai ouvir verdades sobre Ben que nunca sonhou escutar.
As coisas começam a ficar estranhas quando Anna vê Keane com outros olhos. Ele possuí uma prótese na perna, mas isso não quer dizer que não possa fazer as coisas ou que perdeu o seu charme e isso ela pode ver quando as garotas caem em cima dele.
E Keane parece gostar disso, mas o olhar sob Anna é sempre diferente.
(Quote) – Você me trouxe de volta para o meu barco. Foi muito além do que você deveria ter feito.
– Decência não deveria ser considerado muito além.
– Bom, acho que a sua mãe te criou melhor do que a maioria.
A menção de sua mãe, ele relaxa e abre um sorrisinho.
– Cuidado, Anna. Costumo me apaixonar por garotas que dizem coisas legais sobre a minha mãe. [...]
A viagem está longe de acabar e Anna tem muitas coisas para descobrir no caminho, mas será que seu coração está preparado para se abrir para outra pessoa? Será que seria o momento ideal? E o que ela precisa?
Será que Keane é realmente do jeito que se mostra? Ele vai se abrir mais ainda com ela?
Anna vai conseguir resolver tudo sobre seu barco e ficar com ele? Vai conseguir se resolver com seu passado e o fantasma de Ben?
Saiba tudo no próximo capítulo. Brincadeira — haha —. Saiba tudo lendo o livro! Aliás, esse livro merece um lugar no seu coração!
Eu amei esse enredo em todos os aspectos! Tanto nos sentimentos de Anna, como ela deixa tudo para trás e se aventura, até mesmo por abrir espaço para outra pessoa lhe ajudar. A forma com que as emoções são abordadas e por mostrar que cada ser humano lida com a dor de um modo diferente e que, muitas das vezes, não estamos prontos para ajudar os demais verdadeiramente. Julgamos muito, amamos pouco? Talvez...
A trajetória dos dois é incrível! Principalmente quando conhecem novos lugares e tudo mais. Cada detalhe dos lugares foi muito bem explicado pela autora, o que faz você viajar a cada virar de páginas, faz o leitor sentir que está participando dessa viagem.
A história é intensa, ainda que a escrita seja leve. O virar das páginas nós faz refletir sobre questões importantes da vida e o final... Só lendo pra você ver como se chega nele!
Para comprar, a escrita da autora é leve e simples, as páginas são grossas e amareladas, a fonte é limpa e esse conjunto deixa tudo mais leve para a leitura.
Eu amei cada detalhe e cada personagem, foi, sem sombra de dúvidas, uma das melhores histórias que li neste ano de 2021. Super recomendo! Favoritei? Sem sombra de dúvidas! Leiam!
Classificação:
Ora pois, o que poderia dar errado?
ResponderExcluirA garota está vivendo um luto pesado, deprimida e não entende muito de navegação, se mete em confusão com um homem casado e acorda depois de uma noite bebedeira ao lado de um desconhecido que passa a navegar com ela, sozinha, pelo mar a fora. Mas o que poderia dar errado. hahahaha Eu consigo pensar em muitas coisas saindo do controle nessa situação específica. Mesmo assim, fico contente que de modo geral a história seja tão satisfatória. E imagino o quão complicado foi para Anna passar por tantas coisas e ainda por cima sem o apoio de pessoas próximas.
Abraços!
Blog Nosso Mundo Literário
Oi Ana e Cris, tudo bem com vocês?
ResponderExcluirO luto é um assunto que sempre mexe com a gente, não é? Seguir em frente é uma das missões mais difíceis depois de uma perda. Não sei como seria possível para ela se apaixonar por outra pessoa logo agora, por isso acompanhar tudo o que a personagem está passando deve nos emocionar! Sua resenha ficou ótima!!!
beijinhos.
cila.
Tenho que confessar que nunca li esse livro, mas só de ler seu relato o enredo me cansou, mesmo que tenho sido nítido que você adorou a leitura. Sei lá, o enredo não me atraiu, mas mesmo assim achei maravilhoso o fato de você ter gostado dele, adoro ler relatos de momentos assim!
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