Séries & Tal: Dark.

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Título: Dark.
Produção original: Netflix. Temporadas: 3.
Roteiristas: Baran Bo Odar e Jantje Friese. Diretor: Baran Bo Odar.
Estréia: 2017. País de origem: Alemanha.
Gênero: Drama, mistério e suspense.

Elenco: Louis Hofmann, Oliver Masucci, Stephan Kampwirth, Daan Lennard Liebrez.

Sinopse:  Quatro diferentes famílias vivem em uma pequena cidade alemã. Suas vidas pacatas são completamente atormentadas quando duas crianças desaparecem misteriosamente e os segredos obscuros das suas famílias começam a ser desvendados.


Oi pessoal! Hoje trago a resenha da série Dark, uma das mais comentadas atualmente quando se fala em suspense na Netflix. O enredo dela é muito bem escrito e nos prende do início ao fim. 

Dark é a primeira produção original alemã feita pela Netflix e chegou na plataforma em dezembro de 2017, no entanto, um mês depois desse lançamento muita gente praticamente fritou os miolos para entender a série (risos). Parece exagero? Pode ser que você, a princípio, imagine isso, mas no decorrer dessa crítica compreenderá o porquê essa é uma das séries mais complicadas para se compreender. Ela cria um verdadeiro enigma na nossa mente, mas ainda assim não deixa de ser incrível e merece ser assistida.

Ao longo de dez episódios, o espectador é levado para uma trama em que as linhas temporais distintas convergem entre si e as várias versões dos mesmos personagens aparecem de vez enquanto por elas. É por isso que farei o máximo possível para esclarecer um pouco do que aconteceu no primeiro ano, durante a primeira temporada e assim será mais fácil entender as consequências disso na segunda temporada, ok? 

[MIKKEL NIELSEN DESAPARECIDO E O BURACO DE MINHOCA]


   A trama se inicia com o misterioso desaparecimento do jovem Mikkel Nilsen  (Daan Lennard Liebrez), que é filho do policial Ulrich Nilsen (Oliver Masucci), um homem que já carregava um enorme sofrimento porque não tivera respostas quanto ao desaparecimento de seu irmão mais novo, Madds, 33 anos antes. De alguma maneira Mikkel foi parar no ano de 1986 e como o tempo inicial da série é 2019, ele voltou 33 anos na linha temporal. Esse período é algo chave na série, portanto, é necessário guardar isso na memória para juntar as peças e entender como tudo funciona no enredo da trama.

Dark trabalha com um buraco de minhoca, uma das formas encontradas pela física para explicar a possibilidade de viajar pelo espaço-tempo. Quem introduziu esse conceito foi o físico alemão Albert Einstein por meio da teoria da relatividade, que é bastante complexa, mas  para entender a trama, basta saber que se trata resumidamente de um tubo que permite a entrada para um período histórico e outro que mantém a saída dele. 

     O buraco de minhoca está localizado na cidade e isso significa que está interligado com um evento importante na trama: o acidente ocorrido na usina nuclear de Winden. As passagens dos buracos de minhocas se encontram exatamente embaixo do acidente que criou a distorção no espaço-tempo, por isso existe a conexão de três tempos diferentes: 1953, 1986 e 2019 - todos separados por 33 anos. 

Voltando ao menino Mikkel, a trajetória vivida por ele chega a nos emocionar, pelo menos foi assim comigo. Ele tentou retornar para o seu tempo em 2019, mas não obteve sucesso, o que obrigou-o a viver em 1986, assim ele é adotado por Inês Kahnwald (Anne Ratte Polle) e se torna Michael Kahnwald. O tempo passa e ele se casa com Hanna Kahnwald (Maja Schöne) e tem um filho com ela, Jonas Kahnwald. Após descobrir seu outro eu e todas as revelações do passado ele acaba cometendo suicídio, mas só compreendemos as suas verdadeiras razões na segunda temporada. 

[OUTRAS CRIANÇAS DESAPARECEM E SURGEM MÁQUINAS DO TEMPO]


Mikkel é apenas uma das crianças que sumiram, também há outra que é Erik Obendorf (Paul Radom), cujo sumiço levou um grupo de jovens a buscar as cavernas acompanhando o jovem Mikkel no dia em que ele desapareceu. Yasin Friese (Vico Mücke), desaparece poucos dias depois das outras crianças, sem esquecer o primeiro deles que foi Madds Nilsen. Ulrich é o encarregado de investigar o caso de Erik e acaba aproveitando também para tentar encontrar seu filho, é quando ele descobre o primeiro corpo de um desses jovens. A identidade dele não se enquadra em nenhum dos jovens de 2019, mas sim no de Madds que havia sumido há 33 anos, com a mesma aparência que tinha na época em que desapareceu. 

   Erik e Yasin foram encontrados em uma pilha de corpos em 1953, antes da construção da usina nuclear que prometia avanços tecnológicos e progresso para a cidade. Todos os corpos tinham as mesmas peculiaridades que explicavam suas mortes: os tímpanos de cada um deles fora explodido e seus olhos estavam queimados. 

Estes garotos atravessaram o buraco de minhoca porque foram  sequestrados por Helge Doppler (Peter Scheider) e o vilão que o manipulava mentalmente, o Noah ( Mark Waschke). Os dois trabalharam juntos para criarem uma máquina do tempo de verdade e Helge é o "faz tudo", aquele que suja as mãos de sangue se necessário pelo bem maior, como diz aquele a quem ele diz servir, o seu mentor.  

Como o projeto ainda estava em fase de testes, é por isso que levavam pessoas até ele a fim de fazer melhorias que o aperfeiçoassem, no entanto, os meninos acabam morrendo durante os testes e são enterrados em décadas diferentes para afastar pistas sobre os culpados. Mas tudo tem consequências, quem disse que mexer na linha do tempo não altera as coisas? 


[VIAJANTES DO TEMPO E SEUS DESDOBRAMENTOS NA HISTÓRIA]

         A ida de Ulrich para 1953 faz com que não só encontre os corpos dos meninos, como descubra o envolvimento de Helge em tudo isso, dessa forma ele acredita que matando o garoto iria solucionar todos os seus problemas, ledo engano! Helge sobrevive a tentativa de homicídio feita pelo policial, e Ulrich acaba indo preso e perdendo de vez a chance de reencontrar seu filho. 

A versão idosa do sequestrador e perturbado Helge já é idosa em 2019, ele está em um asilo e arrependido de todos os seus erros, por isso volta ao passado para convencer seu eu mais novo a desistir de ouvir Noah. Como ele não o escuta, o velho tenta matar seu antigo eu em um acidente de  carro, mas vaso ruim não quebra, não é? Pois então, o Helge capataz tem sorte e sobrevive, mas seu eu futuro morre. 

[PASSADO, PRESENTE E FUTURO ESTÃO INTERLIGADOS]


O fim da primeira temporada traz à tona revelações sobre o tal homem enigmático que aparece tentando consertar os erros do passado e evitar uma catástrofe de proporções inimagináveis, trata-se do próprio Jonas (Andreas Pietschmann), em sua versão do futuro, que ao encontrar a sua versão jovem lhe dá instruções para ajudá-lo em sua missão de tentar salvar o mundo do caos.

Jonas é levado para ser testado por Noah em seu experimento e acaba conseguindo acionar a máquina, desse modo abre-se uma fenda no espaço tempo. Isso causa alguns desdobramentos na trama, assim a série passa a focar na jornada de Jonas, tanto o de 2019 quanto o do futuro, ambos querem quebrar o ciclo de repetições que acontecem a cada 33 anos. 

Jonas jovem acaba sendo levado para uma espécie de futuro pós- apocalíptico em que depara-se com um problema na usina nuclear, que vista de longe é como se estivesse totalmente em ruínas. Ele deu um salto no tempo de 2019 para 2052 e isso deixa a história ainda mais fascinante. Se até aquele momento a gente não conseguia deixar de se surpreender a cada episódio, agora então nem se fala. Quem gosta de histórias com esses temas de viagens no tempo vai adorar assistir Dark, além de ter grandes aulas de ciência e física, ainda somos presenteados com um suspense de tirar o fôlego! 

[A DISPUTA PELO CONTROLE DO TEMPO]

Cláudia Tiedeman (Lisa  Kreuzer), é mais uma das personagens que transita entre as linhas temporais, ela é ninguém menos do que a ex-diretora da empresa nuclear de Winden. Noah a vê como sua inimiga na guerra pelo controle total das viagens no tempo e não está muito claro até que ponto a série é maniqueísta, no sentido de que nos apresenta Noah como um vilão e Cláudia como inocente, já que ele manipula Helge e a versão velha dela orienta todos os passos que o jovem Jonas deve dar sem que ele saiba que algumas dessas instruções lhe causarão dores de cabeça depois. Noah acredita que as intenções dela não são tão boas assim no fim das coisas, segundo ele estas ações o prejudicariam muito a longo prazo. 

Ainda sobre Noah, a identidade é um dos maiores mistérios da série. Ele tem livre acesso para todas as épocas e não tem versões físicas diferentes como se o tempo não afetasse e isso é incrível, não é? Outro ponto interessante é a tatuagem feita em suas costas, que trata-se da Tábua Esmeralda descrita por Hermes Trismegisto, cujo  texto foi o que deu origem a Alquimia em 600.d.c. 


 

    Há muita especulação sobre Noah ter outra personalidade na trama, assim como Mikkel: algumas teorias apontam que Noah seria Bartozs Tiedeman (Paul Lux), o neto de Cláudia e conhecido de Jonas na escola. Será mesmo? Só saberemos, talvez, na  terceira temporada. 

   O que se sabe até o momento é que Jonas é o ponto determinante na trama, e Cláudia e Noah são como rei e a rainha do tabuleiro do xadrez, eles mantém tudo milimetricamente calculado para evitar erros em suas jogadas. 

A primeira temporada introduziu como eram feitas as viagens no tempo pelo buraco de  minhoca, a segunda nos leva  para a jornada de Jonas em busca de respostas e suas tentativas de impedir que as pessoas que ele ama morram. É uma verdadeira luta contra o impossível, já que em 2052 ele compreende que não era apenas possível viajar entre períodos da história, mas agora poderia transitar entre dimensões paralelas. É justamente no último episódio da segunda temporada que somos apresentados às viagens entre mundos diferentes, o que torna a trama ainda mais emocionante.

 Eu fiquei super curiosa para saber mais sobre o mundo para o qual ele foi levado. Gostei bastante das duas temporadas, por mais que tenha ficado maluca para entender tudo no início, depois que passei a fazer parte de grupos sobre a série, foi que vi várias teorias tentando explicar as dúvidas e muitas delas faziam sentido, um exemplo de uma delas foi a citada sobre o Noah ter ligação com o neto da Cláudia. 

Vamos aguardar a nova temporada que está sendo gravada no momento e  tem previsão de estréia para 2020. Vamos ver quais surpresas Dark nos reserva! 

Beijos! 

Um comentário:

  1. Eu amei essa série, embora quando não tinha entendido algumas partes, ficasse com medo, mas ainda não vi a segunda temporada então, quero ver se vai superar minhas expectativas.

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