Resenha: Simplesmente o paraíso – Quarteto Smythe-Smith #1.

Título: Simplesmente o paraíso.

Série: Quarteto Smythe-Smith #1.

Autora: Julia Quinn.

ISBN-13: 9788580416626.

ISBN-10: 8580416620.

Ano: 2017. Páginas: 272.

Idioma: Português.

Editora: Arqueiro.

Gênero: Romance, romance de época, literatura estrangeira.

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Sinopse: Honoria Smythe-Smith é parte do famoso quarteto musical Smythe-Smith, embora não se engane e saiba que o dito quarteto carece sequer do menor sentido musical e tem esperanças postas que esta seja a última vez que se submeta a semelhante humilhação. Esta será sua temporada e com um pouco de sorte conseguirá um marido.

Durante um jantar, põe seus olhos em Gregory Bridgerton, um dos mais jovens da família Bridgerton. Sabe que não está apaixonada, mas ele parece uma opção mais que válida.

Marcus Holroyd é o melhor amigo do irmão de Honoria, Daniel, que vive exilado na Italia. Ele prometeu olhar por ela e leva suas responsabilidades muito seriamente. Odeia Londres e durante toda a temporada, permaneceu vigilante e intermediou quando acreditava que o pretendente não era o adequado.

Honoria e Marcus compartilham uma amizade, pouco atípica, fruto dos anos que se conhecem e que o torna parte da família. Entretanto, um desafortunado acidente faz que ambos repensem sua relação e encontrem a maneira de confrontar o que surge entre eles, se tiverem coragem suficiente

Honoria está desesperada. Ela não gosta dessa palavra, porém precisa se casar para se livrar de tocar no quarteto da família. O quarteto musical que todo ano proporciona a família Smythe-Smith algo para falarem por um tempo. Sempre composto por quatro jovens solteiras, e substituídas ao longo do tempo quando uma delas se casam. Não que elas sejam talentosas, longe disso, mas o quarteto é uma tradição.

[Quote] “O recital anual da Smythe-Smiths nunca era um bom momento para conhecer um cavalheiro, a menos que ele fosse surdo.” [...]

Porém, sempre que acha um homem descente para se casar e crê que tudo dará certo, ele foge, e nossa mocinha não entende o porque. Além de ter de se preocupar com sua mãe, já que seu irmão foi exilado.

Ela precisa encontrar um marido desesperadamente, e tem de ser um bom marido. Nessa tarefa, encontrar o melhor amigo do seu irmão não a ajudava. Marcus havia prometido para Daniel que cuidaria para que Honoria encontrasse um esposo adequado e que a faria feliz, ele só não sabia como.

[QUOTE] “Pretende ir a Londres para a temporada social?" – esclareceu Marcus. Honoria entreabriu os lábios. Com certeza ele não estava falando sério. Para onde mais ela iria, solteira? Não era como se… – "Você está brincando?" – perguntou ela, desconfiada. – "É claro que não." – Mas ele estava sorrindo. – "Isso não é engraçado. Não tenho escolha. Preciso participar da temporada social. Estou desesperada." – "Desesperada" – repetiu ele, com uma expressão vaga, bem frequente em seu rosto. – "Tenho que encontrar um marido este ano.” [...]

Marcus foi acolhido pela família de Honoria ainda muito jovem e se tornou parte da família, quando Daniel teve que fugir, não tinha dúvidas de que teria de cuidar da irmã dele. Ele, como Conde de Chatteris, é muito recluso e tímido, o que não da espeço para que jovens se aproximem, pois não consegue conversar com elas.

Após um acidente na estrada, em que Marcus machuca o tornozelo, Honoria fica preocupada e tenta lhe ajudar, voltando para casa em que estava hospedada, ela pede para Sra. Royle enviar alguém para buscá-lo e levá-lo para casa. O único problema é que está caindo o mundo lá fora.

Mesmo com medo do que possa acontecer, Honoria espera ansiosamente o próximo dia para poder visitá-lo. Mas quando acha que tudo está bem, ela se surpreende com Marcus doente e ainda machucado. O que antes era uma amizade, começa a se transformar em algo diferente. Com medo da perda, e até mesmo com ciúmes, Honoria se vê envolta em novos sentimentos. Até uma de suas amigas achava que já havia um sentimento.

[Quote] "Um mês." –Honoria a encarou. – "Perdão?" – "É a minha previsão." – Cecily levantou o indicador, girou-o em um pequeno círculo e apontou-o para frente. – "Um mês até que lorde Chatteris faça o pedido de casamento." – "A quem?" – perguntou Honoria, tentando esconder o choque. Marcus não demonstrara nenhuma preferência clara por Cecily; além do mais, no era do feitio dela ser tão prepotente. – "A você, sua tonta." – Honoria quase engasgou. [...]

No entanto, ao receber uma carta da governanta com notícias péssimas de Marcus, Honoria não pestanejou e logo saiu com sua mãe para ir para a casa dele. Ela só não pensou que ele poderia morrer ou que estivesse em um estado tão grave e que apenas uma chuva e uma torção poderiam lhe botar de cama sem lucidez alguma.

Será que Marcus ficaria bem? Ele vai se recuperar? Honoria conseguirá cuidar dele? E no final de tudo, ela voltará a se desesperar a procura de um marido? O que será que Julia Quinn aprontou na vida dessa mocinha? Descubra lendo!

O que mais gostei no enredo foi a construção dos personagens, Honoria e Marcus. Os dois se conhecem desde a infância e após um tempo sem se verem, ainda se tratam como amigos, todavia, ambos sabem separar como realmente são, eles se conhecem.

Honoria é decidida e muito empoderada para aquela época. Marcus por ser conde, não é nada confiante, ele é lindo, educado e tem tudo que uma mulher quer, porém é tímido e isso o atrapalha quando o assunto é flerte e possíveis relações com jovens damas.

A construção de toda história, acompanhar passo a passo, e o desenvolvimento de como a relação deles muda é incrível. Eu amei o livro e os personagens, o desfecho que Julia nos apresenta. Gosto muito da escrita simples e leve da autora.

A edição é ao melhor estilo Arqueiro de ser, simples e bonita. A capa é um charme, as folhas amareladas e a fonte de tamanho adequado deixam a leitura super confortável e a edição vem com uma boa revisão.

É uma leitura para quem adora um passa tempo gostoso, um romance delicioso de época ou quer se aventurar pelo gênero. Julia Quinn é a dona de mãos de fadas quando se trata de escrever romances de época, recomendo!

Até mais ver!

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