Resenha: Origem - Dan Brown

Título: Origem.

Série: Robert Langdon #5.

Autor: Dan Brown.

Editora: Arqueiro.

Idioma: Português.

Gênero: Ficção, Suspense, Mistério.

Páginas: 432.  Ano: 2017.

ISBN 13: 9788580417661.

ISBN 10: 858041766X.

Encontre no Skoob.

Compre: aqui.

Sinopse: De onde viemos? Para onde vamos?Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbao para assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete "mudar para sempre o papel da ciência".

O anfitrião da noite é o futurólogo bilionário Edmond Kirsch, de 40 anos, que se tornou conhecido mundialmente por suas previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia. Um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, há 20 anos, agora ele está prestes a revelar uma incrível revolução no conhecimento... algo que vai responder a duas perguntas fundamentais da existência humana. Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre. 

Diante de uma ameaça iminente, Langdon tenta uma fuga desesperada de Bilbao ao lado de Ambra Vidal, a elegante diretora do museu que trabalhou na montagem do evento. Juntos seguem para Barcelona à procura de uma senha que ajudará a desvendar o segredo de Edmond Kirsch. Em meio a fatos históricos ocultos e extremismo religioso, Robert e Ambra precisam escapar de um inimigo atormentado cujo poder de saber tudo parece emanar do Palácio Real da Espanha. Alguém que não hesitará diante de nada para silenciar o futurólogo. 

Numa jornada marcada por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch... e com a verdade espantosa que ignoramos durante tanto tempo.

Boa noite galera, tudo bem com vocês? 

Hoje eu trouxe um livro de um dos meus autores favoritos, que é famoso por suas polêmicas, Dan Brown. Dessa vez, o autor nos coloca em mais uma aventura de Robert Langdon. A história se passa na Espanha por causa de uma descoberta misteriosa feita por um ex-aluno de Langdon. 

Vamos conhecer um pouco sobre Origem.

"Não importa quem você seja nem no que acredite.Tudo está prestes a mudar"

Edmond Kirsch, cientista da computação (eu gostei muito de saber disso) e futurólogo famoso no mundo todo por suas contribuições em tecnologia, anuncia uma descoberta que promete chocar o mundo inteiro e mudar a visão que a população tem a respeito de religiões, seja ela qual for. Kirsch também guarda um segredo que justifica sua pressa em divulgar o que foi descoberto. 

A apresentação parece correr normalmente, mas algo sai do controle e obriga Langdon a se envolver de uma forma perigosa com a tal descoberta, e essa sequência frenética de acontecimentos nos leva por todo o enredo de Origem.

"Desprezar o caos, criar ordem"

Esse Langdon parece ser um azarado mesmo hein, sempre se metendo em confusão. Dan Brown dessa vez misturou assuntos bem diferentes numa mesma história: religião, tecnologia, simbolismo e inteligência artificial. Isso, além de mostrar museus e obras de arte (sim, eu pesquisei cada um deles durante a leitura). 

A descoberta feita por Kirsch é bastante polêmica e puramente científica, mostra onde os atuais passos da humanidade no quesito avanço tecnológico, podem nos levar ou não. Diria que é até um pouco assustador a explicação sobre a escala evolutiva das espécies feita por Kirsch e entendemos o motivo de ter gente querendo impedir sua divulgação, mas sabem qual a melhor parte? Entender como se passou toda a trama do livro, duvido que vocês estejam esperando a explicação dada por Brown. 

Robert Langdon parece ser uma enciclopédia ambulante como sempre, ele entende de muita coisa e se mostra capaz de conversar no mesmo nível com Kirsch mesmo não sendo sua área de atuação. Explica sobre muitas coisas no museu Guggenheim e é fundamental durante a perseguição devido à sua memória fotográfica. 

Ambra Vidal, parceira da vez de Langdon e futura rainha da Espanha, é uma mulher forte e determinada. Arriscou seu noivado ao se envolver na apresentação de Kirsch contra a vontade do príncipe Julian, e a vida para ver a tal descoberta ir a público. 

Do outro lado do enredo, vemos muita coisa sobre a realeza espanhola, o funcionamento do sistema e as possíveis intrigas envolvendo o rei e seus conselheiros, afinal, muitas das suspeitas caem sobre o palácio real e não sem um motivo (também impressionante), além de um segredo muito bem guardado envolvendo o rei.

"- Robert, só se lembre das sábias palavras da princesa Elsa, da Disney. Langdon se virou. - O quê? Ambra deu um sorriso suave. - Let it go."

Além de Ambra, Langdon tem mais um ajudante durante quase toda a trama, Winston (não darei muitas informações sobre ele) ajuda ambos à distância e sabe como divulgar a descoberta de Kirsch. Basta que Langdon encontre a senha do computador do cientista, um verso de 47 letras num poema específico. 

Origem surpreende por ser diferente dos outros livros do autor, o tema científico apesar da história ser uma ficção envolve muito da nossa atual realidade. Vi algumas resenhas já e percebi que esse livro não agradou tanto quanto os outros com Langdon e acredito que a ciência seja o fator que causa isso. Quanto a mim, curti tanto esse quanto os outros do autor (eu sou suspeito quando se trata de tecnologia e computação). Achei rico em informações sobre inteligência artificial, que é um assunto em alta no atual momento que vivemos e que vem avançando numa velocidade cada vez maior com o passar dos anos. 

As obras mais mostradas no livro são de Antoni Gaudi, arquiteto catalão nascido em 1926. O Templo da Sagrada Família é considerado sua obra-prima e é cenário de uma boa parte do livro, sendo mostrado inclusive na capa com sua famosa escadaria helicoidal. Kirsch é um fã confesso do arquiteto e por isso várias de suas obras são citadas. 

A edição da Arqueiro ficou no padrão Dan Brown que já conhecemos. Páginas amareladas, uma fonte de bom tamanho e a alternância de capítulos curtos (às vezes muito curtos) usada pelo autor. Vários símbolos são mostrados durante a leitura e explicados em sua maioria por Langdon, inclusive um bem famoso e facilmente visto nas ruas que eu interpretei como um easter-egg colocado pelo autor. Não encontrei erros de ortografia que atrapalhassem a leitura. 

Minha opinião? 

Curti demais a leitura. Brown mais uma vez me prendeu do início ao fim com uma trama bem feita. Sinceramente, uma edição ilustrada cairia muito bem no futuro, tem muita coisa para ver. 

Vou ficando por aqui, recomendo muito a leitura apesar de ser suspeito quando se trata desse autor. 

Até a próxima semana!!!

Classificação: