Resenha: E se fosse verdade? - Penélope Ward e Vi Keeland

Sinopse: Das autoras bestsellers de New York Times, Penelope Ward e Vi Keeland, chega um novo romance.

Encontrar um bom colega de casa pelos classificados não é tão fácil quanto parece. Eu estava começando a perder a esperança. Até alguém bater na minha porta e Deus ouvir minhas preces.

Só que… ãh… prece errada, Deus.

Eu realmente tinha pedido mais de uma vez para o cara lá de cima encontrar um homem lindo de morrer para mim… só que não como meu colega de casa. Por mais que ele fosse divertido e carismático, eu não ficaria confortável morando com um homem, então eu lamentavelmente recusei. Mas aí apareceram cupcakes na minha porta ― recém-feitos por Declan e tão deliciosamente pecaminosos quanto ele. Pode-se dizer que ele era persistente.

Em certo momento, cedi. Não tinha outro candidato viável, de qualquer forma. Além do mais, eu estava interessada em outra pessoa. E Declan, em outra mulher. Portanto, nada aconteceria no quesito romance. Quando ele se mudou, nos tornamos melhores amigos. Até começamos a dar conselhos um para o outro sobre como fazer nossos crushes prestarem atenção em nós.

Eventualmente, Declan teve uma ideia: deveríamos fingir sermos um casal para deixar nossos interesses amorosos com ciúme. Fiquei hesitante, porém concordei, mesmo assim. Para minha surpresa, seu plano maluco deu certo. Agora eu estava saindo com o suposto homem dos meus sonhos, e o meu melhor amigo, com a mulher dos sonhos dele.

Mas havia um problema.

Eu não conseguia parar de pensar em Declan.

Sabe aqueles sentimentos que estávamos tentando fingir?

Pois é… Eu não estava mais fingindo.

 

Olá, pessoas! 

Olha só quem voltou!!!!

Hoje eu vou trazer para vocês a resenha de um livro que me rendeu muitos suspiros, risadas e até mesmo pequenas crises de choro.

Preparados?

O ano mal começou direito e esse já é o segundo livro que leio dessa dupla maravilhosa. Não tem jeito, confesso que sou completamente apaixonada pela escrita dessas duas autoras, mas sobretudo, amo o jeito que de um jeito simples, elas conseguem tocar nossos pensamentos com histórias que aparentemente são despretensiosas. 

Sei que no mundo literário há muito preconceito com diversos tipo de gêneros e esse tipo de livro é um dos que mais são criticados, acredito que seja por conta da capa que pode ser vista por alguns como apelativa, ou até mesmo por julgarem erroneamente que esse tipo de história é baseado apenas em sexo. Acho extremamente errado quando as pessoas julgam todo um gênero por conta de um tipo de obra ou por uma série ou pior ainda, pelo que ouviu dizer. 

Fico revoltada com esse tipo de coisa porque obras com essa que venho falar com vocês hoje é muito desmerecida por muitos e eles não sabem absolutamente nada do que estão perdendo. Pois os livros da Vi com a Penelope tem sexo sim, mas atualmente está tão resumido em pequenas cenas esporádicas que o foco do livro está sendo em si a história das personagens e até mesmo críticas sociais que seria de extrema importância as pessoas conhecerem.

Mas tudo, acabei meu desabafo, estou mais leve haha.

Vamos falar desse livro que me encantou?

Em "E Se fosse verdade?" iremos conhecer Molly, uma enfermeira que trabalha nos plantões noturnos em um hospital da região e para ter uma ajuda para pagar o aluguel está em busca de uma companheira de casa. Só que tinha um problema, Molly era extremamente exigente e entre a necessidade de ser uma pessoa silenciosa e organizada, sua exigência principal é que a pessoa tinha que ser mulher. 

Porém, para a sua surpresa, em sua última entrevista, ela se depara com um homem, mas não é um qualquer e sim um cara extremamente bonito, sexy, bem humorado e extremamente simpático. Sua primeira reação foi negar a sua entrada, porém, após muitas outras entrevistas falhas, não teve jeito, Declan conquistou o direito de se tornar seu companheiro de casa. 

A sintonia entre os dois fora imediata e a relação que eles foram construindo ao longo das páginas é o deixou o livro tão gostoso e viciante de ler. Só que a intimidade chegou a tal ponto que ambos começaram a fingir interesse um no outro com o objetivo de causar ciúmes nas pessoas que amavam. Porém é óbvio que isso não é dar certo, né?

"E se fosse verdade?" é aquele tipo de livro clichê que deixa o leitor com o coração quentinho e nos causa aquelas reações espontâneas que quando vemos estamos interagindo com a obra. Ele é extremamente viciante, gostoso e apaixonante.

Declan e Molly são duas pessoas totalmente diferentes, mas que de certo modo acabaram se complementando e os dois juntos funcionam de um jeito que é simplesmente difícil de explicar. Ele é extremamente alegre, de bom humor, simpático e aberto para as pessoas. Ele é aquele tipo de pessoa que consegue iluminar o ambiente, enquanto ela, é mais reservada, mais séria, organizada.

Entretanto, o que me deixou encantada é que nesse livro as autoras conseguiram trabalhar de uma forma bem realista a realidade de uma pessoa que sofre de depressão profunda. Afinal, o sorriso e o bom humor é um ótimo escudo para ocultar o que você está sentindo internamente. 

Além de tratar a depressão de um jeito mais intenso nessa obra e mostrar que é necessário as pessoas pedirem ajuda, que é importante falar, que não é vergonha e muito menos uma fraqueza, as autoras mostraram a importância do apoio da família e de amigos. Ninguém solta a mão de ninguém. É sobre isso e tá tudo bem. 

Outros temas sociais são abordados ao longo da história também, como traumas infantis, bipolaridade e o câncer.

Quando peguei essa história para ler jurava que iria encontrar algo leve e despretensioso e envolver esses assuntos no enredo acabou me surpreendendo, pois de um modo que não me sinto confortável em falar, eles servem como um gatilho para mim e foi por conta disso que em diversos momentos, chorei.

O livro inteiro é narrado em primeira pessoa, temos o ponto de vista de ambos os protagonistas narrando diferentes momentos da história o que deixa tudo ainda mais gostoso para mim. Para quem não sabe, a escrita dessas autoras é extremamente gostosa de ler. Leve, fluída e confesso que as vezes encontramos algumas palavras obscenas ao longo do texto, mas não seriam elas se não tivessem, não é mesmo?

A capa do livro é igual a capa original, é bem bonita, mas confesso que não gosto muito de capas desse estilo, mas por ser um padrão, acabei por me acostumar. Em relação a edição não posso falar nada mais do que parabéns! O cuidado que a Editora Charme tem com todos os seus livros publicados é simplesmente impecável e digno de elogio. Não encontrei nada para reclamar a respeito de tradução ou digitação também. As páginas são amareladas e a fonte é bem confortável para a leitura. 

Preciso dizer que recomendo esse livro para a leitura? 

Só leiam... temos aqui uma história leve, divertida, romântica e com uma importante responsabilidade social. Se você tem problemas com livros hot, só dá uma chance pra essa obra, juro para vocês, o sexo não é nada perto de todo o contexto e só pra constar, encontrei apenas duas cenas sensuais em mais de 300 páginas, então... 

Classificação:

Dados:

Título: E se fosse verdade?

Autora: Penelope Ward e Vi Keeland.

Editora Charme.

Gênero: Romance / Literatura Estrangeira 

Ano: 2021

Páginas: 355

Idioma: Português / Brasil

ISBN-13: 9786559330416

ISBN-10: 6559330419

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