Resenha: O Visconde que me amava – Os Bridgertons #02.

Título: O Visconde Que Me Amava.
Série: Os Bridgertons.
Livro: 02.
Ano: 2013. Páginas: 288.
Autora: Julia Quinn.
Editora: Arqueiro.
Idioma: Português.
ISBN-13:  9788580411973.
ISBN-10:  8580411971.
Adicione ao Skoob
Gênero: Romance, romance de época, ficção, literatura estrangeira.

Sinopse: A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será
Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.

Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.

Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.

Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.

Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.


 "...não gosto de personagens perfeitos. A perfeição leva ao tédio e, em minha opinião , não constrói grandes romances."

Hã, o que dizer sobre O Visconde que me amava? Sabe, quando gostamos demais de um livro, torna-se difícil resenhá-lo, não é? Pra mim funciona assim e esse é um livro que me conquistou; então... Vamos a resenha!

Nesse segundo volume da série acompanhamos mais de perto Anthony Bridgerton um personagem que me ganhou desde a leitura de O Duque e Eu. Anthony é o filho mais velho da família Bridgerton, é aquele que teve de assumir as responsabilidades de ser um visconde bem cedo, com apenas 18 anos e além disso, além de toda a responsabilidade social, com a morte precoce de seu pai Anthony teve de ser o homem da casa, quase um Pai para os seus 7 irmãos mais novos sendo que um deles sequer pode conhecer o Pai. Então, jovem, apaixonado pelo Pai, abalado por sua perda, um garotão devasso se vê responsável por manter as finanças da família, de ser o provedor, manter o bem estar e segurança deles e ser o apoio de sua mãe agora viúva. É mais ou menos assim que conhecemos esse belo e encantador Visconde.

Seu respeito e devoção à família, sua forma de proteger seus irmãos, seu amor por seu Pai e sua Mãe e seus medos pessoais, seus demônios internos me deixaram extremamente tocada. Claro que algumas pessoas vão achá-lo exagerado, todavia achei que ele foi perfeito, afinal, na época na qual se passa a história não se tinha o conhecimento dentro da medicina que se tem hoje, sendo assim, acho plausível o medo e a preocupação do nosso mocinho.

Com uma personalidade forte, um homem decidido e que está acostumado a ter tudo o que quer, ele corre atrás e consegue, Anthony nos surpreende por sua fragilidade em certos momentos, fragilidade que ele mantém para si. Galanteador, dono de uma língua afiada e que não gosta de ser desafiado, ele decide que chegou o momento de se casar, de deixar sua vida devassa de lado e construir uma família, ter seus herdeiros, entretanto sem amor. Amor é algo com o que ele não quer lidar, afinal, ele sabe qual vai ser o seu futuro e isso é um intempérie que não lhe agradaria em nada.

 Um homem charmoso é muito agradável e um homem de boa aparência é, sem dúvida, uma visão que vale a pena, mas um homem honrado, ah, querida leitora, é para ele que as jovens deveriam correr.

Mães ambiciosas por um bom casamento para suas filhas, ainda mais com um homem de fortuna, título e bem nascido, em busca de um bom genro elas literalmente almejam Anthony, aliás, ele e todos os seus irmãos. E é chegada a hora, ele quer casar, então: que comecem os jogos!

Mas... o que ele não esperava era que encontraria nessa temporada uma "pedra em seu sapato", uma debutante que é a irmã mais velha daquela que ele decidiu que será sua e o pior de tudo é que, para ter Edwina, ele terá de convencer Kate de que um libertino pode tornar-se um bom e fiel marido. Só que isso se prova uma tarefa muito, muito difícil já que Kate é forte, decidida, tem sua opinião formada e é dona de uma personalidade e tanto, ela foge à regra e é extremamente sincera, o que para a época é algo um tanto quanto... enfim, ela fala o que quer e como tem que falar mesmo e Anthony é tudo que ela não quer para sua doce e romântica Edwina.

É visível o quanto as mães querem casar suas filhas, o quanto praticamente as jogam para os solteiros mais cobiçados e é também engraçado. Mas acima de tudo, é irritante em alguns momentos. Só que os livros se passam nas temporadas de buscas por um "Vem aqui e vamos casar, mocinho!" então nos acostumamos e nos divertimos com isso.

Preciso confessar para vocês: não terminei de ler a série ainda, mas acho difícil algum dos próximos livros tirar esse da lista dos meus preferidos! Eu amei esse livro! O Visconde que me amava mexeu comigo de diversas formas e foi incrível, talvez seja pela devoção e a paixão de Anthony por seu Pai (com a qual me identifico muito, graças a Deus tenho o meu comigo), talvez seja o fato de todo o sentimento palpável que pude sentir ao decorrer de cada linha. Não sei explicar exatamente o motivo, o que posso dizer é que esse tornou-se um dos meus queridinhos e conquistou seu lugar especial na minha estante.

Porque aquela centelha - tão evidentemente ausente em relação à irmã dela, com quem ele pretendia se casar - com Kate crepitava e ardia com tanta força que parecia ter o poder de iluminar o cômodo e deixá-lo claro como dia.

Como eu disse na resenha do primeiro livro, não é segredo o que vai acontecer com os personagens, entretanto como vai acontecer, como é que eles vão chegar as vias de fato é que faz toda a diferença e é muito gostoso de se acompanhar. A cena que leva as consequências (vou descrever assim para não correr o risco de deixar spoilers aqui) me fez sentir todo os desespero dele. Pude acompanhar o ritmo de seus batimentos cardíacos aumentando, o medo crescendo, enfim, pude ver o Anthony como ele é de verdade e esquecer o Sr. durão e extremamente irônico que conheci anteriormente. E o momento em que ele se rende mais tarde, ah, nossa... Anthony é o meu queridinho!

Nossa mocinha Kate é incrível, ela é determinada e ainda assim, sensível. Preciso dizer que eu já imaginava qual era o seu trauma enquanto lia, mas os detalhes dele foram bem descritos e tive vontade de acalentá-la. A madrasta de Kate, a Senhora Mary é outra personagem que me encantou, seu amor e união com suas filhas é lindo.

É tão bom quando livros nos levam a sentir as emoções dos personagens, quando nos cativam ao ponto de querermos carregá-los no colo e dizer que tudo vai ficar bem. Essas coisas só são possíveis devido a escrita leve, fluida e perfeita da Julia Quinn que de fato tem uma nova fã, acho que eu seria capaz de ler até mesmo a lista de supermercados dela, porque ela deve escrever da mesma forma - risos.

Os contrastes dos costumes da época para o nossos dias atuais se mantém bem evidentes e eu gosto, realmente gosto muito disso. É encantador! Ainda mantenho minha opinião de que o desfecho final é muito rápido, mas que cabe super bem na história. E quando falo de desfecho rápido, não é a questão de chegarem ao que todos sabemos que vai acontecer, é a visão que temos do futuro... eu queria ver mais! hahaha.

"Você não pode evitar novos desafios ou esconder-se do amor porque talvez não esteja aqui para realizar seus sonhos. No fim, terá tantos arrependimentos (...)."

A editora está de parabéns com essa edição, a capa é linda, a tradução é ótima, as folhas amareladas que adoramos se fazem presentes. Quanto a história, é encantadora e ao mesmo tempo leve, pra quem procura um passatempo com romance e um toque de humor, essa é uma ótima pedida.

Antes que me esqueça, preciso reforçar que continuo tendo três teorias sobre quem é a Lady Whistledown - uma escritora de um jornal de fofocas que surgiu para abalar a sociedade Londrina da época-, mas continuo tendo de esperar para desvendar sua identidade.

Finalizando, digo que nos deixando uma mensagem bonita de amor, de família, de amizade, O Visconde que me amava termina de uma forma linda e com uma carta da autora para nós que me deixou feliz.

Anthony Bridgerton sempre soube que morreria jovem.

Bem, é isso. Vou parando por aqui e deixando essa resenha pra vocês já com saudades desse casal e dessa história linda.
Ah, eu realmente recomendo esse livro para quem curte o gênero e para quem quer aventurar-se por ele.

Avaliação:
Até a próxima!

10 comentários:

  1. Ana! Você me ganhou com esse quote: "...não gosto de personagens perfeitos. A perfeição leva ao tédio e, em minha opinião , não constrói grandes romances."
    Nem precisava dizer mais nada, porque eu concordo inteiramente com ela!
    Nunca li nada da Julia, e de início sempre fiquei com um pé atrás com os livros dela... Mas agora estou mudando de opinião, e pretendo ler a série em breve! :)
    Beijo grande!
    www.literasutra.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Monalisa!

      Fico feliz por ter escolhido uma frase certa para destacar aqui, e feliz por te proporcionar uma visão a mais ds livros da Julia, realmente são
      livros bem gostosos de se ler pra quem gosta de romance. Quando os ler, se lembrar, me conta sua opinião sobre os livros, sim?

      Beijo!

      Excluir
  2. Realmente, o livro passa a ideia de que sabemos o que vai acontecer, tentei ler, mas não senti estímulo em continuar, mas não é uma escrita 'ruim', simplesmente não gostei mesmo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. olá!

      Talvez seja o gênero que não te conquista muito. hehehe.
      Mas quem sabe um dia role a leitura, né?

      Beijo!

      Excluir
  3. Vocês gostam mesmo de romance de época! Tanto me falam dos livros da Sra Quinn que fico com a pulga atrás da orelha, mas cara... outro romance de época com casamento como foco e eu me mato!.... Pra variar, o texto de vocês está maravilhoso! Adoro suas resenhas! beijokas!
    Até + ver! Nu.
    As 1001 Nuccias | Curtiu?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Nu!

      É uma série né,então, serão 8 livros rodando nesse foco.kkkk
      A escrita da Julia é maravilhosa, só te digo isso!
      E sim. eu adoroooo! kkkk

      Beijo!

      Excluir
  4. Eu definitivamente preciso ler essa série, tenho em casa e ainda não comecei afff
    De tanto você falar e ler essa resenha, não posso ter mais desculpas rsrs
    Parabéns pela resenha, ficou muito boa
    beijos
    Conchego das Letras

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Daya!

      Obrigada!:D
      Tá esperando o que,mulher? Bora ler! E me conta sua opinião sobre os livros depois, sim?

      beijo!

      Excluir
  5. Oi Ana!
    Pra mim também é super difícil falar de um livro que gostei, parece que falta palavras!
    O Anthony me pareceu ser um personagem que eu gostaria muito. E sempre vi muitas pessoas colocando esse como o favorito da série, então você não é a única. Eu tenho muita vontade de começar a ler essa série, só falta a grana RS mas tenho certeza que vou amar assim como você.

    beijo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Nath!

      Tenho descoberto isso quando ao Antonhy depois que postei essa resenha, é muito legal isso! :D
      Te entendo, mas quem sabe daqui um tempo role, não importa quando, mas sim que quando ler possa curti a história. Fico na torcida pra vc ler logo e para que goste tanto quanto estou amando essa série. :D

      Beijo!

      Excluir

Agradecemos por comentar! ^_^

Tecnologia do Blogger.