Resenha: It, A Coisa – Stephen King.
Título: It, A Coisa.
Autor: Stephen King.
Editora: Suma de Letras.
Gênero: Suspense, Terror, Ficção, Literatura estrangeira.
Páginas: 1102.
Ano: 2017.
Idioma: Português.
ISBN: 978 8560280940.
Sinopse: Durante as férias escolares de 1958, em Derry, pacata cidadezinha
do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real
sentido da amizade, do amor, da confiança e... do medo. O mais profundo e
tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um
ser sobrenatural e maligno que deixou terríveis marcas de sangue em Derry.
Quase trinta anos depois, os amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de
terror tomou a pequena cidade. Mike Hanlon, o único que permanece em Derry, dá
o sinal. Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar e eles devem
cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a
chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo
é curto, mas somente eles podem vencer a Coisa. Em 'It - A Coisa', clássico de
Stephen King em nova edição, os amigos irão até o fim, mesmo que isso
signifique ultrapassar os próprios limites.
Olá! Doces ou travessuras? Desejo ambos
para vocês! Mas, vamos lá...
Vou começar com uma palavra para descrever
“It”: Sensacional!
Sabe aquele livro que você pega, que é extremamente
grosso, e você pensa: Será que vou dar conta? Haha! É o caso, mas a gente dá
conta sim, porque se você for como eu, é curiosa – risos.
Tudo começa com a história de sete amigos,
que depois do assassinato de George – irmão de Bill –, e de mais
algumas crianças, se uniram para tentar matar “a Coisa” e nisso muita história,
história mesmo, nada de enrolação, rola.
Nessa aventura, eles aprenderam o
significado do amor, da confiança, da amizade e do medo. Fizeram um pacto
de voltar à cidade de Derry se “a Coisa” voltasse há atacar algum dia.
Quando eram crianças, todos
eles sofriam com preconceitos. Bill Benbrough era gago, Ben
Hanscon gordinho, Stan Uris judeu, Eddie Kaspbrak doente, Beverly Rogan a sem
vergonha, Mike Hanlon o negro e Richie Tozier o que não tinha trava na língua –
o desbocado.
Passaram-se vinte e sete anos, e por conta
do pacto feito lá na infância, essa turma toda teve que voltar a Derry, pois os
incidentes recomeçaram.
O livro se intercala entre passado e
presente, então nos mostra a vida adulta de cada um, suas conquistas. Todos dessa
turma, que saíram da cidade, tornaram-se bem sucedidos financeiramente. No
entanto, um deles ficou para trás, Mike Hanson era o bibliotecário da cidade de
Derry, e foi ele que ligou para todos, avisando sobre o retorno da “coisa” à
cidade.
Um fato interessante é o de que, até Mike
telefonar para cada um, nenhum deles se lembrava do passado. Foi como se nunca
tivesse existido, aos poucos, um a um, foram lembrando-se da fatalidade e
daquilo com o que se comprometeram, e então voltaram à cidade.
A Coisa deixou suas marcas em nós. Impôs sua vontade em nós, assim como fez com toda a cidade, dia após dia, mesmo durante os longos períodos em que dorme, hiberna, ou seja, lá o que a Coisa faz nos intervalos dos períodos mais movimentados.
O livro tem muitas páginas, mas não fica cansativo, pois o mistério que é envolve toda a história da cidade de Derry é muito interessante! Os acontecimentos que são desvendados, a cidade, o clima pesado e sombrio, é tudo ligado ao aparecimento da Coisa, mexendo com o psicológico de todos. A maior arma que a Coisa tem e o que usa contra todos é o medo, quem não tem medo de algo? Pois é!
“A Coisa” assassinava principalmente
crianças, tenho uma opinião pessoal sobre isso, à de que crianças são mais
acessíveis emocionalmente, são mais fácies de projetar coisas na cabeça e
mais inocentes também, bem como suscetíveis a serem ludibriadas pelo medo, e
que por isso são as vitimas preferidas do palhaço – não que adultos não sintam
medo, longe disso.
O enredo aborda muito sobre animais, que
atacam, o emocional está sempre à flor da pele, é como se os personagens vivessem
em um constante círculo de acontecimentos ruins que para os moradores da
cidade começava a ser normal – é uma completa loucura, eu sei!
E ali estava o palhaço ao fundo, usando a roupa prateada com os botões laranja, congelado na matriz de pontos que compunha a foto granulada do jornal.
Todavia, algo interessante surgiu: os
amigos continuam vivos, pois os laços desenvolvidos entre eles se mantém e
tornou possível para eles a busca por vencerem o mal. Mas, o que, de fato, é o
mal? As cosias não são tão simples, tem outro problema, agora eles não são mais
crianças...
Em minha opinião, a história trata-se mais
de um suspense do que de terror propriamente. Você tem todos os tipos de
sentimentos despertados durante a leitura. Os detalhes que King descreve sobre
os personagens não deixa margem a nenhuma pergunta, as frustrações deles, o
tipo de relacionamento que tem, o vínculo que os uni. O saber o que está por
vir deixa todos apavorados, apreensivos, e para ajudar, eles passam a escutar
uma ameaçadora voz em suas cabeças, a questão é? Por quê?
“Por que nos chamar de volta? Por que não nos deixar morrer?”
“Por que quase matamos a Coisa, porque botamos medo na Coisa, eu acho. Porque a Coisa quer vingança. Voltem, vamos terminar nosso assunto em Derry.”
Nas últimas duzentas páginas, mais ou
menos, o autor deixa o suspense ainda mais intenso, o que faz seu coração bater
mais rápido, não sei se é por conta da adrenalina ou da ansiedade de querer
saber o que vai acontecer logo.
A história em si, confesso, deixa-me
questionado: uma criança conseguiria passar por tudo isso, ou só na ficção
mesmo? Uma história de arrepiar os cabelos e nos fazer olhar tanto o medo,
quanto os palhaços, com outros olhos – risos.
Para minha pessoa, foi um desafio ler “It”,
pois livros e filmes de terror e suspense, por incrível que pareça, me faz
dar muitas risadas. Sim, meu medo me faz rir, e com isso a gente acaba rindo em
momentos impróprios, às vezes. Também por causa da quantidade de páginas. Meu
livro está cheio de marcadores, marquei quase todas as páginas, porque eram
partes que considerei importantes na história, e por ser uma história tão longa
ajuda para não perder o fio da meada – risos.
A capa do livro é bem sugestiva ao que
está por dentro do livro, as páginas são amareladas e o tamanho da fonte é
confortável para leitura. O livro é narrado na terceira pessoa, não encontrei
erros de nenhum aspecto, é um suspense e um mistério de tirar o fôlego.
Stephen King está de parabéns, ele é realmente um mestre no que faz.
Se recomendo a leitura de “It, A coisa”?
Claro, para toda e qualquer pessoa que queria se desafiar. Este é um livro
muito inteligente, e apesar de ter visto muitas criticas ao seu fechamento,
confesso que o considerei satisfatório para aquilo que a história se propõe. Os
verdadeiros monstros, quem são? É de se refletir. Um livro para tirar qualquer
pessoa da zona de conforto literária, mas que vale, e muito, a pena conferir! E
sobre quem vence ou como é o encerramento? Oras, descubra lendo!
De 1966 a 1971, Stephen estudou Inglês na Universidade do
Maine, onde escrevia uma
coluna intitulada "King's Garbage Truck" para o jornal estudantil,
o Maine Campus. Ele conheceu Tabitha Spruce lá e se casaram em 1971. O período que passou no campus
influenciou muito em suas histórias, e os trabalhos que aceitava para poder
pagar pelos seus estudos inspiraram histórias como "The Mangler" e o
romance "Roadwork" (como Richard Bachman). King ensinou
na Academia Hampden em Hampden, Maine. Ele e sua
família moravam em um trailer, e ele escreveu histórias curtas, a maioria para
revistas masculinas. Como é relatado na introdução de Carrie, a estranha, se um de seus filhos ficasse resfriado,
Tabitha brincava, "Rápido, Steve, pense em um monstro."
Este é sem sombra de dúvidas um dos meus mais desejados livros! Ainda tenho esperança de ter ele em mãos!
ResponderExcluirDesde que vi a nova versão no cinema, me apaixonei ainda mais pela história.
Pois no filme deste ano, só é "mostrada" a parte onde eles eram crianças. A filmagem deles adultos, só no segundo filme que ainda virá futuramente.
Sou apaixonada pelo Mestre King e isso que ele faz com a gente, de nos colocar no enredo, não pelo medo, pelos sustos, mas sim, pela imaginação, é o nosso psicológico que ele tomar para si.
Adorei a resenha e espero ansiosa para poder ler!
Beijo
Olá!
ResponderExcluirQue bom que vc gostou, pois esse livro ele é até divertido, bem a la King que amo! E o filme foi um espetaculoso!Já assistiu?
Parabéns pela resenha.
Bjs
Nunca li nada do King, e toda vez que tento me sinto travada ou encontro algo mais leve pra ler.Já comecei uns dois livros que não consigo dar continuidade, e quando vejo eles livros enormes como It me dá até medo. Quem sabe um dia eu não me livre disso kkk
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirDo King só li Carrie a Estranha (amo) mas não tenho vontade de ler nem de ver o filme, acho que tem hype demais nas histórias dele...
Obrigado por compartilhar a sua resenha. Eu vi o filme que foi feito antes e adorei. Eu ainda não vejo a nova versão, mas parece interessante. Outro dos filmes que eu vi em 2017 foi o filme Torre Negra. O livro conta uma história extraordinária, por isso quando soube que estrearia o filme soube que devia vê-lo. Acho que é uma boa idéia fazer este tipo de adaptações cinematográficas. Se vocês são amantes dos filmes de Stephen King este é um filme que não devem deixar de ver. É bom.
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