Resenha: O dia em que você chegou – Nana Pauvolih.

 


Sinopse: Angelina levava uma vida feliz com o namorado, Adriano, com quem morava. Os dois se entendiam em todos os aspectos e tudo estava perfeito. Mas, com o tempo, o que nunca havia atrapalhado o casal passou a ser um problema: as constantes crises causadas pela artrite reumatoide que acompanhava Angelina desde um episódio traumático na infância. 

Trabalhando em um escritório de advocacia, Adriano não tinha uma companheira que o acompanhasse nas constantes saídas com os colegas de trabalho. E a vida sexual também já não estava mais agradando. Depois de uma briga, os dois se separam e Angelina vai morar com Manu e Lila, sua amiga de infância, quase uma irmã. 

Boates, bares e reuniões entre amigos, comuns na vida de qualquer jovem solteira, estão longe de fazer parte da rotina de Angelina. Os dias se resumem às traduções que faz para uma editora, às séries que assiste na televisão e às sessões de fisioterapia. Isso até conhecer Valentim durante uma (rara) saída para comemorar o aniversário de Lila. 

Personal trainer bem sucedido, filho de pais milionários, muito bonito e sensual. Valentim era o sonho de nove entre dez garotas, mas só tinha olhos para Angelina. O amor dos dois supera todos os obstáculos e passa a ser uma força para a jovem, que se rende a novos tratamentos e redescobre a alegria de viver.

 O dia em que você chegou é um convite à autoaceitação e à esperança pela busca por novas possibilidades. É sobre sentir o coração aquecido a cada página.


Olá, pessoal! Através da parceria com a Editora Valentina, recebi esse livro da autora nacional Nana Pauvolih da qual, confesso, sou muito fã!

Nesse livro me apaixonei pela protagonista, Angelina, principalmente por sua história de vida, uma personagem que se despe de corpo e alma me apresentando todos os seus medos e receios sobre o futuro. Vou parar de rodeios, venham conhecer Angelina e Valentim... Vamos a resenha?!

Angelina é uma pessoa honesta, sincera e lutadora, trabalha como tradutora para uma editora, tem olhos cor de mel, é loira e sua pele é tão branca como se fosse de porcelana. Sua vida não é nada fácil, luta dia-a-dia contra a doença A.R. e se viu debilitada diante de tudo que deu errado em sua vida. Sem família, só tem uma grande amiga, Lila, com quem pode contar, do resto só teve decepções que acabaram deixando-a cada vez mais desiludida do amor.

Sua tristeza lhe traz cada vez mais sofrimento. já que mexe muito com seu emocional e isso a desanima, constrange e a faz se sentir não merecedora de ser feliz como qualquer outra pessoa. Mas talvez o destino queira lhe mostrar outra coisa...

Valentim é uma pessoa carismática, alegre, de olhos verdes, cabelos castanhos que gosta muito de praticar esportes. É dono de uma academia, dá aulas, tem uma vida corrida e não é o tipo de pessoa que fica parada. Ele tem muitos amigos e várias peguetes pois com seu charme, sua beleza e seu porte atlético chama a tenção de todos.

Angelina e Valentim se encontram em um restaurante, ele cercado de amigos e ela com duas amigas. Quando se olham parece que tem um magnetismo. Ela repara nele, no sorriso e nos olhos que parecem conversar com ela, mas Angelina pensa em sua situação e como as coisas são complicadas. No entanto, Valentim não desisti e tenta a todo custo conhece-la melhor.

Angelina não queria um relacionamento, pois já sofrera muito com isso. No começo tudo ia bem mas depois, com suas crises, esfriava as coisas nos relacionamentos e no seu ponto de vista ela acabava decepcionando tanto seu companheiro como a si mesma por não poder fazer mais.

Valentim notou em Angelina uma alma pura, iluminada e radiante, ele queria fazer parte de tudo em sua vida, só que apesar de seus esforços ela sempre ficava receosa e em uma de suas crises foi ele quem a ajudou e ficou ao seu lado do jeito que dava.

Angelina mesmo com suas limitações e dificuldades sentia-se inteira e lutando, combatendo a doença como podia, o que mais admiro é sua vontade, seus esforços para superar as barreiras que surgiam e o mais importante: ela tem uma tremenda vontade de viver!

O livro fala em doação, sentimentos, lutas, discriminação e sobrevivência. Confesso que fiquei revoltada em algumas partes ao decorrer da leitura, vendo as situações que algumas pessoas criavam em relação a doença de Angelina e o pior de tudo, com medo de tocar na mesma por se acharem superiores. O enredo trás muitas emoções e mexe profundamente com o leitor. 

Angelina é uma guerreira, ouvindo o que as pessoas falavam dela sem retrucar. Nossa mocinha sentia vergonha e medo, mas nada podia fazer para mudar sua condição ou seu passado, se tivesse descoberto antes, acreditava ela que talvez as coisas não tivessem chego em um ponto tão drástico.

Temos muitas pessoas entre os dois torcendo para dar errado e tentando colocar coisas absurdas na cabeça de Angelina. Valentim é todo malhado, praticante de esportes radicais, com uma vida badalada, por muitas vezes para ela foi difícil controlar os ciúmes. A vida dela era toda regrada, regada a remédios, poucos esforços e suas emoções controladas – já que as emoções podiam ser um gatilho – e era o que mais lhe ajudava a controlar sua doença, então a paz era primordial em sua recuperação.

O amor vem com muitos desafios, as incertezas vieram com tudo no relacionamento, transformando o que era bonito em um momento incerto, cheio de dúvidas e perguntas não feitas. O olhar dizia tudo e quando não queriam falar e abordar a realidade desviavam o olhar e mudavam de assunto.

Num momento tenso de adaptação, mas que talvez não fosse a hora de acontecer, muitas incertezas e se... Amor intenso, verdadeiro e ao mesmo tempo confuso para algumas pessoas que não entendiam e não apoiavam fez com que Angelina tomasse uma decisão que pode ter sido radical, mas para ela e para sua saúde parecia ser o melhor. Será?

O que mais sinto agora, depois de ter fechado o livro, é gratidão por tê-lo lido. A Nana simplesmente exibiu por completa a alma de seus protagonistas, mostrando que o amor pode ou não vencer, mas que não tem barreiras para os sentimentos expostos quando são verdadeiros. Vale muito apena lutar por aquilo ou por alguém que amamos, não vale?

A capa do livro é muito linda, tem um significado maior quando lemos a história, combina perfeitamente. A edição é simples mas combina com a delicadeza e ao mesmo tempo o avalanche de intensidade do enredo. Não notei erros de digitação ou revisão, o tamanho da fonte é confortável para leitura. A história foi escrita em primeira pessoa intercalando os pontos de vista entre Angelina e Valentim.

Apesar do livro ter cenas se sexo do tipo que pega fogo, literalmente – risos –, tem muita informação sobre a doença autoimune A.R., e com isso os desafios e as conquistas de pessoas portadoras, como reagem de várias maneiras e que cada vitória é celebrada com alegria.

Recomendo a todas as pessoas que gostam de uma leitura intensa, reflexiva, do tipo que traz emoções de todos os tipos e as deixam a flor da pele. Para que gostam de um bom drama onde você chora e torce pela vitória a cada virar de páginas e que faz você pensar em pessoas reais que encaram dia-a-dia essa doença e como elas buscam superar e seguir. 

“Artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) de múltiplas articulações (mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros, coluna cervical) e órgãos internos, como pulmões, coração e rins, dos indivíduos geneticamente ...”


Leiam! Até a próxima resenha!


[Quotes]


"Acreditei, E sonhei. Quanto mais nos conhecíamos, mais queríamos a companhia um do outro. Assim me deixei levar, cheia de esperanças e apaixonada. Pela primeira vez, confiando que eu não precisava viver sozinha nem infeliz. Que alguém me amava do jeito que eu era."

"Relaxei, deixando um pouco a ansiedade de lado, fascinada por ele, por estarmos ali tão juntos, provocando um ao outro, sentindo coisas que eram tão parecidas. Não conseguia deixar de me deslumbrar com sua beleza e com aquela reciprocidade entre nós, tão profunda e espontânea." 
 
Classificação:

Dados:

Título: O dia em que você chegou.
Autora: Nana Pauvolih.
Editora: Valentina.
Gênero: Romance, drama, erótico, literatura brasileira.
Páginas: 408.
Ano: 2020.
Idioma: Português.
ISBN 13: 9786588490037.
ISBN 10: 6588490038.
Encontre no Skoob.








 





7 comentários:

  1. Ola
    Fiquei encantada por essa capa tão maravilhosa. Gostei muito de conferir a sua resenha,e fiquei com vontade de fazer essa leitura também. Gosto muito do estilo de escrita da autora, e essa premissa parece ser bem interessante. Achei muito bom o fato de abordar a respeito da doença também, além de todos os desafios envolvidos.
    Beijos, Fe
    https://modoliterario.blogspot.com/

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  2. Oi Cris!

    Nossa nunca tinha ouvido falar desse livro, acredita? Acho que nunca li um livro onde uma personagem tenha essa doença e mesmo que o par dela seja meio irreal na vida, parece ser legal de ler só por causa dela, vou colocar na lista de leituras pois já quero conhecer! Adorei a resenha!!

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  3. Olá, tudo bem?

    Eu confesso que não conhecia o livro em questão, bem como nunca li nenhum livro de ficção que trata/aborda a artrite reumatoide, mas meu pai tem e é bem triste ver ele com certas limitações. Adorei a resenha, está de parabéns!
    Abraço!

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  4. Achei a capa linda!!! Nunca li nada da autora porque o gênero hot não me anima muito, mas essa premissa é bem instigante e eu confesso que fiquei curiosa!!

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  5. Oi, Cris.
    Eu não conhecia o livro, mas, diferente de você, eu não consigo achar a capa bonita. A trama também não me chamou muita atenção, apesar de tratar de um tema tão pouco falado, como a artrite reumatoide.
    Dessa vez, passo a dica.
    Bjss

    http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/2021/02/resenha-limonov.html

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  6. Olá, tudo bem? Eu gosto muito da escrita da Nana, por isso quero ainda muito conferir essa obra. Tenho ouvidos elogios, e sobre as partes hots, isso já é algo característico dela, então não vou me surpreender hahaha Adorei a resenha e quotes escolhidos!
    Beijos

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  7. Oi Cris, tudo bem?
    Eu sou obrigada a dizer que sempre que vejo uma obra dessa autora, eu me preparo para ouvir ou elogios imensos ou críticas ferrenhas porque a Nana é aquela escritora que ou você ama ou odeia na mesma intensidade. Inclusive uma das obras recentes dela deu um senhor rebuliço em um grupo de Whats do qual faço parte.
    Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky...
    http://wwww.osvampirosportenhos.com.br

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