Resenha: Pensei que fosse verdade – Huntley Fitzpatrick.

Sinopse: Um passado a ser esquecido. Um presente nada promissor. Um futuro a ser conquistado.

“O PARAÍSO À BEIRA-MAR.” 

“O SEGREDO MAIS BEM GUARDADO DA NOVA INGLATERRA.”

A ilha de Seashell, onde passei minha vida inteira, é tudo isso e muito mais. No entanto, a única coisa que eu quero é ir embora daqui. 

Gwen Castle nunca quis tanto dizer adeus à sua ilha natal quanto agora: o verão em que o Maior Erro da Sua Vida, Cassidy Somers, aceita um emprego lá como faz-tudo. Ele é um garoto rico da cidade grande, e ela é filha de uma faxineira que trabalha para os veranistas da ilha. 

Gwen tem medo de que esse também venha a ser o seu destino, mas, justamente quando parece que ela nunca vai conseguir escapar do que aconteceu – ou da ilha –, o passado explode no presente, redefinindo os limites de sua vida. Emoções correm soltas e histórias secretas se desenrolam, enquanto Gwen passa um lindo e agitado verão lutando para conciliar o que pensou que fosse verdade – sobre o lugar onde vive, as pessoas que ama, e até ela mesma – com o que de fato é.

Gwen é a típica adolescente normal, que é filha de pais separados, mora com a mãe, seu irmão mais novo (que parece ser autista), seu avô que é português e seu primo, Nic, o qual namora desde sempre sua melhor amiga, Vivien.

Meu primo e minha melhor amiga estão juntos desde que nós três tínhamos cinco anos, e eu realizei a cerimônia de casamento na praia de Sandy Claw.[...]

Quando Cassady Sommers volta no verão para trabalhar na ilha é que a vida de Gwen bagunça de vez. Ela já teve um passado com ele e além de ter que lidar com esse passado, também tem que lidar com sua reputação na ilha.

No entanto, tudo muda quando o técnico da equipe de natação pede para Gwen ajudar Cass com aulas particulares de literatura. Agora os dois precisam se encontrar semanalmente, além dos dias em que ela o vê quando trabalha de dama de companhia para Sra. Ellington.

Gwen tentou de todos os jeitos evitar Cass, mas parece que para onde vá, algo puxava-a de volta para ele. Como se ela tivesse que resolver algo para deixar o passado no passado e poder seguir adiante. 

Sabe aquele seu plano de evitar o Cass custe o que custar? Não sei se ele concordou.” Vivien inclina a cabeça, olhando para o estacionamento, enquanto o carro dá a marcha ré e avança, rápido demais, naturalmente, porque é Spence, e as regras não se aplicam a ele. ‘Quem sabe você não deveria dar outra chance ao cara?” [...] “Foi você quem me disse para tomar cuidado!” [...] “Eu sei.” Ela encolhe os ombros, tremendo um pouco, quando outra brisa fria volta a soprar do oceano. “É que talvez você esteja tomando cuidado com as coisas erradas.[...]

Quando nossa menina acredita que tudo está se ajeitando, é que as coisas realmente viram de cabeça para baixo. Cass decide dar aulas de natação para Em, o irmão de Gwen, e ela sente algo diferente por Cass. Ele parece que nunca deixou de sentir o que sentia no passado.

Mas por que é tão difícil de decidir o que querer para o futuro? Gwen quer sair da ilha e ter algo no futuro, só que é muito difícil decidir o que realmente deseja na adolescência. 

“Gwen. Eu não minto. Não sou um mentiroso. Não sou um… manipulador, ou seja lá o que você pensa de mim. Sou eu mesmo. E achei que você estivesse finalmente gostando de quem eu sou. Achei que era isso que estava começando a acontecer nesse verão.” Ele levanta a cabeça. [...] “Não sei o que está começando a acontecer neste verão.” confesso.” [...]

O amor deles é complicado, a vida deles é complicada. Ele é o menino rico cheio de oportunidades e ela a menina de uma geração de famílias criadas na ilha que sonha em sair dela. Tudo é totalmente diferente dos outros clichês adolescentes, Gwen não é aquela menina que não gosta de si ou que se põe para baixo, ela apenas tem que lidar com um “erro” do passado. Cass não é um menino nojento que é rico, ele corre atrás do que quer, não ganha tudo de mão beijada.

Será que todas as garotas da ilha são doidas assim, ou fui eu que dei sorte? [...]

Confesso que sofri para escrever essa resenha, pois o livro não me cativou tanto quanto esperei que o fizesse quando li a sinopse e o escolhi. Para minha pessoa, a leitura foi um pouco confusa, a história ficou um tanto atordoada. Acredito que a autora poderia ter deixado as coisas mais simplificadas no passado dos dois, só que isso não aconteceu e a forma com que as coisas foram apresentadas me chamaram a atenção, pois queria saber o que os fez se distanciarem e a gente fica querendo, sabe? 

Senti que os personagens podiam ter sido mais explorados e pode ser que seja isso que deixou a leitura não tão cativante pra mim. Como Nic e Vivien, dois personagens que também tem problemas e mereciam mais atenção ao decorrer da trama e o mesmo vale para o irmão de Gwen que também podia e a história pedia que fosse melhor explorado, por ele ser um personagem extremamente cativante.

Como um todo, apesar de confuso em várias partes, o livro nos trás uma boa distração. A escrita da autora é simples e apesar das falhas que mencionei, o leitor consegue aproveitar um pouco a história como um todo. Vale ressaltar também que, a experiência de leitura é diferente para cada um e que o que pode ter me incomodado pode não incomodar você ou até mesmo lhe conquistar e é por isso que sempre recomendo que leiam e tirem suas próprias conclusões. 

Quanto a edição, simples, delicada e feita com cuidado. A edição conta com boa brochura e revisão, a capa é singela e bonita, como são os trabalhos da Editora Valentina, sempre charmosos.

É isso! Boas leituras, se cuidem e até mais ver! 

Classificação:

Dados:

Título: Pensei que fosse verdade.
Autora: Huntley Fitzpatrick.
ISBN-13: 9788558890069.
ISBN-10: 8558890064.
Ano: 2016. 

Páginas: 336.
Idioma: Português.
Editora: Valentina.
Gênero: Romance, ficção, literatura estrangeira.
Encontre no Skoob.
Compre na Amazon.