Resenha: Alguém para amar – Família Westcott #1 – Mary Balogh.



Sinopse: Humphrey Westcott, o conde de Riverdale, acaba de morrer, deixando uma fortuna e um segredo escandaloso que transformará para sempre a vida de todos em sua família, incluindo a filha que ninguém sabia que ele tinha… 

Anna Snow cresceu em um orfanato em Bath, sem nada saber de sua família de origem. Quando descobre que o falecido conde de Riverdale era seu pai, ela herda sua fortuna e também fica muito feliz em saber que tem irmãos. No entanto, eles não aceitam suas tentativas de dividir sua nova riqueza. Só que o guardião do novo conde está interessado em Anna... 

Avery Archer, o duque de Netherby, sempre manteve os outros à distância, mas algo o leva a ajudar Anna em sua transição de órfã à dama. Com a sociedade londrina e os parentes recém-descobertos de Anna ameaçando subjugá-la, Avery intervém para resgatá-la, mas se vê vulnerável a sentimentos e desejos que ele havia mantido escondidos muito bem, por muito tempo.




Olá, todos bem? Espero que sim!


Essa resenha é muito especial, porque é a segunda vez que tenho contato com a escrita da autora Mary Balogh. Para ser sincera, adorei! Então venham conferir minhas impressões sobre esse livro. 


Vou apresentar para vocês um pouquinho de e Anna Snow e Avery Archer e as diferenças enormes entre eles. Vamos ver no que dá? Cliquem aí e sigam lendo!


Anna Snow é professora em um orfanato em Bath, cresceu e viveu no mesmo por vinte e dois anos. Cabelos castanhos, lisos, olhos grandes, cinzentos e expressivos, não conhecia muita coisa fora deste lugar. Gostaria, mas não sabia o que esperar, com a vida que tinha e um benfeitor que a estava mantendo, foi cômodo para ela se manter e estabelecer ali pensando ser para o resto de sua vida, até que chegou uma carta que mudou tudo.


Anna sempre foi uma sonhadora e estimulava seus alunos órfãos a fazerem o mesmo. Com sua doçura e paciência ensinava que eles eram importantes como qualquer pessoa, mas não mais importante do que qualquer pessoa, os valores de suas vidas eram os mesmos que de qualquer um, independente se é rico ou pobre. 


Com uma carta na mão se viu viajando para Londres, para saber o que estava acontecendo e curiosa por descobrir alguns de seus parentes e sobre um certo testamento. Anna nunca tinha encontrado nenhum de seus familiares, todavia criou várias expectativas em sua cabeça: seria bem recebida apesar de não saber nada sobre eles? 


Não tinha como descrever sua surpresa ao se deparar com a casa em que entrou e com as pessoas que estavam esperando o advogado ler o testamento, ela estava totalmente fora de seu lugar, com suas roupas humildes e com os nervos à flor da pele, mas nada a preparara para se ver num mundo de aristocracia, cheio de babados e costumes aos quais foi submetida, foi um verdadeiro choque de cultura e costumes.


Avery Archer, duque de Netherby, de cabelos loiros dourados, olhos azuis, lindo e exótico, ficou chocado ao abrir a porta de sua casa e dar de cara com uma pessoa que mais parecia uma criada e ela enfatizar que era exatamente o lugar que devia comparecer para a leitura do testamento. A primeira impressão era de que jamais em sua vida estava esperando e que presenciaria o que aconteceu, naquela manhã na leitura de testamento a casa realmente caiu – de uma maneira literal.


Não vou entrar em pormenores, mas os sentimentos envolvidos e os acontecimentos que se desenrolaram eram demais para uma pessoa sozinha suportar. No entanto, o que Anna encontrou, com seus primos, tias e avó, foi como se a impedisse de se afogar, apesar de pouco se conhecerem nesse meio, ela encontrou algum conforto, ainda se sentia desconfortável com tanto luxo e exuberância, mas teria de aprender a lidar com tudo aquilo. 


O interessante de tudo, é que Anna estava passando a todos sua forma de ver as coisas e ainda continuar sendo Anna Snow, que mudou para Lady Anastasia Westcott, um nome de peso em um lugar de aristocratas, mostrando que ela realmente não iria mudar sua personalidade para agradar ninguém e isso chamou a atenção de Avery, pois ele também tinha seus segredos e mistérios. 


O que preciso enfatizar é que Anna, apesar de se tornar uma pessoa mais rica, não parou de pensar e de mandar cartas para aqueles que foram sua família por muitos anos, e buscar algum jeito de ajudá-los a se manter, também a busca de um local adequado e confortável para todos.  


Avery, o que posso dizer dele? Apesar de demonstrar ser uma pessoa de boa índole, seu passado pesou muito em sua personalidade. Ele agora não dá muita importância ao que as pessoas falam ou pensam, sua monotonia esconde muito do que realmente é, e isso me fascinou. Tem mistério e segredos o envolvendo e a gente fica querendo desvendar tudo ao virar de cada página. 


No começo Avery quis ficar na mediação dos fatos, não conseguiu por muito tempo, pois uma força magnética o levava para a casa de Anna, nem ele conseguia entender, ela o intrigava e ao mesmo tempo não conseguia imaginar mais sua vida sem suas risadas e dizendo a verdade doa a quem doer. Foi uma cumplicidade entre os dois que criou um vínculo incapaz e ser quebrado. Só que até onde essa ligação pode ir? O que ambos podem colher em meio a tantas mudanças? O que eles terão de enfrentarmos? Estão realmente dispostos a isso? Qual o desfecho? Só lendo mesmo. 


A capa do livro é linda, e condiz com a descrição dos personagens. A história é narrada em terceira pessoa, enfatizando Anna e Avery, que são os personagens principais do enredo. Confesso que tive um pouco de dificuldade para leitura quando ao tamanho da fonte, um pouco menor do que estou habituada, mas conforme fui lendo não estranhei mais. A edição é charmosa e simples, no melhor estilo Charme de ser. A edição está com ótima revisão e a leitura é muito prazerosa. 


O desenvolvimento de cada aspecto do enredo foi bem trabalhado. Temos vários sentimentos envolvidos, a família é grande: ressentimento, julgamento, amargura, desilusão, raiva, tristeza, amor e gratidão estão interligados, é uma montanha russa de emoções diversas.


Devo argumentar que alguns personagens foram um pouco mais explorados pela autora, fiquei muito curiosa para saber mais sobre vários deles e isso quer dizer que temos uma prévia, sobre alguns que virão na próxima trama. Bem, que venha mais da família Westcott, estou roendo as unhas para os próximos volumes. 


Uma família maravilhosa, que apesar de ser rica, tenta moldar Anna aos parâmetros da sociedade para aceitá-la, mas ela está determinada a não mudar seu caráter e personalidade. Então me esperem que estou disposta a passar por cima de qualquer um para conseguir a sequência da série – lança logo a sequência, Charme, nunca te pedi nada! – hahaha. 


Vou parar por aqui, tenho muitas coisas para colocar nessa resenha e não tem como mensurar o tamanho do prazer que senti lendo, o encanto do cenário, das roupas, costumes e bailes, o detalhamento de cada lugar e sobre as ocasiões que se encontravam… Bem, não quero deixar spoilers aqui. Curiosos? Leiam o livro, oras! 


Um bom romance de época, é um bom romance de época, do tipo que te prende, passa uma mensagem bacana e ainda te faz viajar no tempo, é o que temos aqui em Alguém para amar, recomendo!!!


Quotes:


Ao longo de sua vida, Anna cultivara uma qualidade de caráter acima de todas as outras: a dignidade. Ela constantemente tentava incutir a importância dessa qualidade em seus órfãos sempre que estavam sob cuidados. [...] 

Talvez tenha sido o sóbrio e digno discurso que ela fez no salão rosado depois que Brumford terminou todas as suas revelações. Ou talvez tenha sido a resposta que ela dera instantes antes, quando a condessa viúva descreveu como uma preceptora inferior. [...]


Classificação:




Dados:

Título: Alguém para amar.
Série: Westcott #1.
Autora: Mary Balogh.
Editora: Charme.
Gênero: Romance, romance de época, drama, literatura estrangeira.
Páginas: 326. 
Ano: 2020.
Idioma: Português.
ISBN-13: 9786587150031.
ISBN-10: 6587150039.
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7 comentários:

  1. Oiê!

    Eu na estava com muita vontade de comprar e ler esse livro, agora, lendo a sua resenha, fiquei doida pra ler ele pra ontem! Hahaha.
    Sou apaixonada por romances de época e amo a escrita dessa autora, mais do que na lista de desejados, preciso dele pra ontem!

    Beijo!!!

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    1. Oi Ana!
      Quando tiver a chance leia sim, você irá adorar a mocinha que cativa com sua personalidade e caráter, bjs!

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  2. Olá, tudo bem? Eu estou vendo uma opinião muito dividida acerca do livro, e apesar de amar romance de época, não sei ainda se quero ler. Acho que a escrita da Mary é densa, e dentre as autoras de romance de época, é um das que menos curto. Somado ao fato de ter muitos personagens a apresentar e tudo mais, não sei se seria o ideal lê-la no momento. Enfim, quem sabe futuramente. Adorei a sua resenha!
    Beijos

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    1. Oi Carol!
      A escrita da Mary é mais detalhada e entra mais profundamente nos sentimentos dos protagonistas. O que achei um pouco desconfortável foi o tamanho da fonte que realmente me incomodou no começo da leitura, quando tiver uma chance leia vai gostar, bjs!

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  3. Oi, tudo bem?
    Eu estou louca para ler esse livro. Amo a escrita da Mary Balogh e as duas séries que li dela ganharam meu coração. Amei a premissa desse e não vejo a hora de conhecer essa família e esses personagens. Que bom saber que você da leitura e está ansiosa pela continuação. Espero que a Charme não demore a publicar o próximo.
    Beijos!

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    1. Oi Malu!
      Se conhece a escrita da Mary, vai amar esse livro, adoro o detalhamento sobre os costumes em geral, assim também os protagonistas me cativaram. Bjs!

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  4. Oie, tudo bem? Concordo com você essa edição é muito bonita e já deixa no ar o que podemos esperar do enredo. Imagina crescer tão longe e descobrir de uma hora pra outra que é herdeira, tem família, e ainda precisa dividir a herança... uma grande mudança para quem cresceu longe de tudo isso. Não deve ser fácil para nossa protagonista ser aceita por essa família. Não conhecia a autora mas fiquei bem curiosa. Principalmente pela construção da história, dos personagens e do enredo em si. Ter contato com outros períodos históricos é enriquecedor. Um abraço, Érika =^.^=

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