Resenha: Lobo Rei – Lua vermelha #1 – Ewah Dimitrowah.

 


Sinopse: Tahisa conhece apenas a ilha onde vive com suas Mães e Irmãs. Mas a sua curiosidade sobre o continente e as pessoas que habitam lá mal pode deixá-la dormir a noite. Como uma Serva da Deusa era esperado que ela tivesse habilidades como as suas Irmãs, ou que pelo menos pudesse ver o futuro, mas Tahisa não têm nenhum poder. 

Tudo o que ela têm são o seu arco e flecha e uma adaga pontuda para matar coelhos. No entanto, estranhos presságios sobre uma tempestade começam a perturbá-la até que finalmente se concretizam. Um homem, um estrangeiro, chega às suas praias. Ele está ferido e se não for tratado morrerá.

Tahisa só tem que tomar uma decisão.
Uma decisão que mudará a sua vida, das suas Irmãs e do continente inteiro.

"Uma narrativa fluída e apaixonante. Um universo fantástico ainda não descoberto. 1 milhão de páginas lidas no mês de lançamento e várias semanas como best-seller em ficção, "Lobo Rei" vai fazer os fãs de fantasia se apaixonarem e os fãs de romance ficarem fascinados."



Olá, pessoal! 

A resenha de hoje é sobre uma lenda antiga. Mulheres eram escolhidas pela Deusa para ajudar os homens em batalhas, em ganhar liberdade e derrotar seus inimigos, mas com o passar dos tempos essas mulheres sagradas foram violadas e até escravizadas e a partir daí, tudo mudou... 


Uma ilha que só tem mulheres, elas sendo mães ou filhas, tem sempre aquela que questiona sobretudo e tem curiosidade em aprender mais da civilização. 


Então vamos a resenha?! 

Mulheres com dons extraordinários como visão do passado ou presente, vivem em uma ilhada isoladas de tudo e de todos, para seu próprio bem. Mas no passado não era assim.


Elas viviam em harmonia com os homens, no entanto , depois da violação e da escravidão a Deusa puniu a todos que infringiram as leis. Bom, foi assim que foi contado de mães para filhas...


O isolamento dessas servas trouxe vários descontentamentos aos líderes de clãs e tribos. Quem ousasse violar a lei da Deusa era morto e todos das embarcações sofreriam pela desobediência, assim ninguém foi mais a ilha incomodar as mulheres que ali viviam. 


Tahisa é diferente das suas irmãs. É curiosa e ávida por saber sobre o continente. Tem um amigo, um senhor que vem toda madrugada contar-lhe histórias sobre os povos e lhe trazer vários livros e badulaques, mas naquele dia específico ela está sentindo um mau pressentimento, mas como ela poderia? Tahisa não tem nenhum poder e isso intriga ela e suas irmãs. 


[Quote] "Vou mais rápido e mais rápido até chegar à areia fria, deixando para trás a cada passo a Torre da Deusa. Sinto o vento pegajoso do mar fazendo a minha túnica colar no corpo. As tranças grossas do meu cabelo rebelde chicoteiam nas costas." [...]


Ali onde vivem, na ilha, é uma calmaria e seus dias são rotinas de rezas e estudos, para manter a fé. Sempre tem ritual de fertilidade para as jovens noviças, só as que forem escolhidas, isso as deixam com esperanças de que logo serão agraciadas com gestações de novas filhas que poderão nascer, mas o mais importante é quando elas podem observar os homens que chegam para completar o ritual. 


Tahisa não sabe o que está acontecendo com ela, o dia todo está com uma sensação de que algo terrível vai acontecer e de madrugada, quando resolve sair para seu passeio, ela encontra alguma coisa na praia, que a deixa nervosa e ao mesmo tempo curiosa: um homem grande! Ela nunca tocou em um e nunca foi tocada por algum também, mas sua bondade em ajudar o próximo vence todos os obstáculos e com isso a mocinha o esconde onde ninguém o achará pelo menos até ela curar suas feridas e ele ir embora. Mas... porque ela tem que esconder? 


Tahisa cuida do forasteiro pois seus ferimentos são profundos, ele fica desacordado por vários dias e ela pensa que ele vai morrer. Sua tarefa é o alimentar e cuidar dos ferimentos, isso ela faz, mas não consegue medir as consequências do que isso pode trazer para a ilha e a suas irmãs. O quão em risco ela poderia estar se colocando? Não mensurar é um erro, será?


[Quote] "Não estou cansada. Deveria estar cansada. Passei a noite toda cuidando dele, mas não estou. Há um tipo de energia fluindo pelo meu corpo, me dando um propósito. E também há curiosidade." [...]


Suas dúvidas são sanadas depois de um tempo, quando ele melhora e seus homens vem resgata-lo. Só que nada acontece como previsto, eles vêm para destruir, matar e acabar com a paz! Ela fica apavorada pelo futuro incerto e as mudanças que irão ocorrer e as consequências das suas escolhas. O que será que vai acontecer, afinal?!


A sinopse não entrega muito da história, então não posso prolongar minha resenha também. Mas posso dizer que o livro tem mais de seiscentas páginas e que tudo é muito detalhado e explicado! Só digo que o forasteiro não é uma pessoa comum, ele vai virar Tahisa de cabeça para baixo e com isso suas decisões mudaram sua vida e seu destino.  

 

Bom, o enredo foca mais em Tahisa e o forasteiro, então as conquistas que ocorrem no decorrer da leitura, isso muda completamente a visão dela e abala mais suas inseguranças, o que pode trazer muitas repercussões na sua luta por sobrevivência. 


[Quote] "A Deusa nos ensinou misericórdia, no entanto por várias vezes ela mesma foi uma Mãe severa e vingativa com aqueles que a ameaçavam, aqueles que ameaçavam à nós, suas Filhas, por isso acredito que irá me perdoar pelos meus pensamentos pouco gentis e misericordiosos." [...]

 

O livro não circula em torno do romance e sim de motivações, leis, guerra e seres sobrenaturais, assim como o título sugere, mas mais do que isso: temos o crescimento e evolução de uma pessoa que foi criada apenas para servir, tornado-se uma mulher em todos os sentidos, com seus próprios receios e medos, mas com desejo e ânsia de continuar a lutar até o fim.   


A autora soube dosar os sentimentos e os conflitos, com uma escrita fluida tornou muito mais real seus personagens, me sentia em conflito a cada encontro entre Tahisa e o forasteir. Também mais intrigante a descoberta de suas qualidades, sua força e o mistério envolta da trama, tornou a jornada na leitura muito mais empolgante. E para descobrir o desfecho você terá de ler!


Só um detalhe que não me agradou muito, a capa... Ela não me convenceu em ler o livro, foi através de indicação senão acho que passaria batido. A capa não faz jus a história, isso é só minha opinião. E muitos leitores podem acabar passando direto por esse livro por isso.


No livro acontece muitos conflitos, temos morte, violência, perseguição, estrupo, tem passagens que realmente me deixaram muito triste pelo grau de brutalidade e agressividade, mas gente, esse livro fala sobre lobos, que são criaturas enormes e realmente bestas selvagens quando se transformam. 


Temos uma dominância entre os lobos e uma escala para ser mais exata, entre eles é Cannis, a casta baixa que não tem sangue puro é chamado de Fen, os que servem a realeza auri Fen, os príncipes são chamados de Vossa graça, aqueles que são designados a procriação são Tzauri para fêmea, Taoz para machos, o rei é Zai isso dentro da matilha e tem os humanos espalhados nas em povoados longe do castelo dos lobos.  


Li no formato digital, passei madrugadas lendo, pois o livro tem muitas páginas, nada contra, estava bem envolvida com a história e os personagens mesmo os secundários me cativaram e quero logo a continuação. Fiquei pasma com o final e o plot twist, então... Sem mais comentários aqui - risos.


Até a próxima! 


Classificação:



Dados:

Título: Lobo Rei.
Série: Lua vermelha #1.
Autora: Ewah Dimittrowah.
Editora: Independente/ E-book Kindle.
Gênero: Fantasia, sobrenatural, ficção, romance, mitos, lendas, literatura nacional.
Idioma: Português.
Páginas: 641. Ano: 2023.
ISBN 10: B0C1RNGJ32.
Encontre no Skoob.





Nenhum comentário

Agradecemos por comentar! ^_^

Tecnologia do Blogger.