Resenha: A cirurgiã - Leslie Wolfe.

 


Sinopse: Cirurgiã renomada, esposa amorosa e... assassina? Antes de seu mundo desabar, a doutora Anne Wiley tinha uma vida perfeita. A carreira de sucesso que sempre almejou conquistar, uma bela casa onde poderia descansar confortavelmente após um longo dia de trabalho e um marido extremamente dedicado e cuidadoso, cujo sorriso sempre a manteve segura. 

Até aquele momento, ela nunca tinha perdido um paciente. Mas também nunca havia operado alguém que odiava. No minuto seguinte em que declarou o óbito, toda a equipe médica na sala de operações a observou em silêncio, confusos e preocupados. 

O olhar de Anne transmitia medo, o coração batia acelerado e as mãos tremiam e suavam dentro das luvas. Seus doze anos de experiência são colocados sob suspeita quando é descoberto quem era o paciente que faleceu em suas mãos. 

Empenhada em acusar a doutora de assassinato, a promotora criminal Paula Fuselier começa a investigar. No entanto, tanto Anne quanto a promotora têm algo muito particular em comum – um relacionamento com Derreck, marido de Anne, que é candidato a prefeito, e qualquer escândalo pode prejudicar sua carreira na vida pública. 

Um suspense psicológico totalmente envolvente que fará você correr pelas páginas até o final.


Olá, pessoal! 

Hoje trago uma resenha surpreendente, a autora me deixou sem falas e de boca aberta. 

Uma médica cirurgiã que dedica sua vida a salvar os pacientes, dr. Anne Wiley, depois de anos sempre fazendo o mesmo procedimento, quando alguma coisa deu errado... 

Vamos a resenha?!


Anne tem uma vida boa, é loira de olhos azuis, rica e aínda chama a atenção. É competente em sua carreira, casada, tem quarenta e um anos, não tem filhos, mas tem uma mãe que era enfermeira e agora aposentada com idade avançada, fica em casa tratando de sua artrite, que a aflige. Seu marido é advogado e está se candidatando a prefeito.

Ela trabalha com afinco, seu pai também era médico cirurgião e infelizmente faleceu. Anne seguiu a mesma paixão do pai, cuidar do coração das pessoas e isso levou ao respeito de todos pela sua profissão.

A médica trabalha no hospital Universitário Joseph Lister, sendo garota propaganda do outdoor, por fazer diversas cirurgias cardíacas sem perder nenhum paciente, era um recorde e um orgulho.  

Quando Anne perde seu primeiro paciente na sala de cirurgia, seu mundo desaba! Ela fica remoendo o que deu de errado, será que mudou algum procedimento? Mas é sempre a mesma coisa, tudo estava exatamente igual quando fazia, a única diferença era que o reconheceu mesmo depois de tantos anos, mas a sua aparência só foi revelada quando foi raspado barba e cabelo para a cirurgia. 

Dra. Anne tem sempre o mesmo procedimento, nunca olha além da cortina que fica à frente do rosto de seus pacientes e é assim em todos os caso. Mas quando esse em específico não dava sinais do coração voltar a bater, começou a se desesperar e foi nesse momento que olhou por trás e o que viu a deixou sem ação! Segundos depois já voltou a ação de fazer a massagem cardíaca, mas não adiantou. 


[Quote] "Mas isso não muda o fato de que, assim que descobri quem era meu paciente, eu queria que ele morresse." [...]

 

Durante muito tempo Anne tinha lembranças felizes de um passado distante, de quando era adolescente. Depois de uma fatalidade, reprimiu seus sentimentos, um turbilhão de emoções passando por sua cabeça e agora, desencadeando muitas dúvidas, principalmente a seu respeito e suas ações. 

Depois de dias que se passaram, uma promotora chamada Paula aparece em seu consultório fazendo perguntas e alegando que sabia que o que ela tinha feito foi proposital, mas como ela sabia disso?

Até poucos instantes antes da cirurgia, ela nem mesmo sabia quem era na realidade o seu paciente? Como saber se foi proposital?!


[Quote] "Eu aceno e sorrio, entendendo o propósito da minha mãe. Ela está me lembrando de quem eu sou, do meu legado, da força que tenho dentro de mim. Está falando sobre família, carinho e amor, para que eu não esqueça diante da minha dor e tristeza."

 

Paula é brutal em suas especulações, mentiras, chantagens, intrigas, traição... Quais seriam as motivações para tudo isso? Ela estava colocando em risco sua vida e sua carreira, acreditando que poderia colocar Anne na cadeia, mas tinha outro objetivo por trás desse, não tinha? Qual seria? 

A trama vai se desenrolando e durante a leitura são altos e baixos, no começo as coisas não fazem sentindo, mas depois que percebemos o que a Anne e a Paula têm em comum, a ganância, o ciúme e a inveja são o motivador de vingança, mas Paula acha que é justiça. 

Correndo atrás de provas que na verdade não existem, Paula tenta manipular seu amante a embarcar com ela, sempre usando artifícios para o embrenhar em sua teia, será que ela conseguirá o que que? Ou se vai ser enrolar em sua própria teia de armações? Sem spoilers por aqui ... (risos) 

Confesso que parei em alguns momentos na leitura e que fiquei furiosa em algumas passagens, reli as linhas novamente e os significados delas são de doer o coração! Nunca me senti tão traída e isso me motivou a aceitar os fatos, mas torcendo para que o final fosse satisfatório.

Anne por si só foi investigar os fatos e o que achou foi libertador, para suas neuras!

Anne, pra mim, era a pessoa mais correta nessa história. Tinha amor a profissão, cuidava da mãe doente, se compadecia dos doentes e ajudava os necessitados, ministrava tratamentos, sem medo, era fiel a sua equipe, mas quando perdeu o paciente, suas dúvidas surgiram, esmagando toda sua confiança, deixando um vazio e vários questionamentos. 

Ela não queria levar ninguém a esses questionamentos, mas estava ficando desesperada, tinha que confiar e contar para alguéme claro que seria seu marido Derreck, que era advogado se caso necessitasse de ajuda ele seria seu alicerce e sua “salvação”, repetiu a cirurgia em sua cabeça milhares de vezes e não chegou a nenhuma conclusão, um ponto final a suas dúvidas. 


[Quote] " Eu me torturo com esses pensamentos ao mesmo tempo em que me pergunto se ainda tenho alguma consciência, porque não sinto nenhum arrependimento. Não. Minha consciência saiu de férias ou pegou no sono, não dando nem sinal quando tentava me culpar..."[...]

 

No final tudo se conecta, sem brechas e outras suposições, temos aberturas durante o enredo, fiquei divagando em momentos em que fugia um pouco do meu entendimento. Ficava me perguntando do porquê tudo isso, foi um choque de esclarecimento, um balde de água gelada na cabeça e com um plot twist arrebatador, que final foi esse?! Estou no chão até agora!

Em negação aceitei e compreendi que a avalanche de sentimentos que vivi no começo não eram iguais as emoções que senti no final dessa história. Sabe aquilo que não aceitamos, mas que talvez seja engano? Que o personagem não seria capaz de fazer tal coisa? Pois é... Me surpreendeu. Qual deles? Só lendo!

A autora Leslie Wolfe foi surpreendente em sua escrita, suas descrições, as situações envolvidas me prenderam tanto que me senti na pele da protagonista e suas dores eram minhas também. O envolvimento dos personagens e aqueles que estavam a margem do drama cativam o leitor e nos fazem querer conhecer suas histórias de vida. 

A capa do livro é maravilhosa, linda, linda! A porta de entrada para um suspense que alucina e surpreende quem o lê!

A narrativa acontece na terceira pessoa, dando vozes a vários aspectos do enredo. Na edição, pra mim, o tamanho da fonte está confortável para leitura, apesar de um tanto menor que o habitual , ainda confortável. As folhas são amareladas o que deixa a leitura mais suave, a editora Faro mais uma vez arrasou nos detalhes.   


Se recomendo? Com certeza! Leitura extraordinária!

Até a próxima! 

Classificação:

Dados:

Título: A cirurgiã.
Autora: Leslie Wolfe.
Editora: Faro.
Idioma: Português.
Gênero: Suspense, thriller psicológico, mistério, literatura estrangeira, ficção.
Páginas: 224.
Ano: 2024.
ISBN 13: 9786559574605.
ISBN 10: 6559574601
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