Resenha: Eu perdi o rumo – Gayle Forman.

Título: Eu perdi o rumo.

Autora: Gayle Forman.

ISBN-13: 9788580418835.

ISBN-10: 8580418836.

Ano: 2018. Páginas: 272.

Idioma: Português.

Editora: Arqueiro.

Gênero: Ficção, jovem adulto, literatura estrangeira, romance.

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O novo romance de Gayle Forman, autora dos best-sellers “Se eu ficar” e “Eu estive aqui”.

Suas obras já venderam mais 9 milhões de livros pelo mundo. 

Sinopse: Freya perdeu a voz no meio das gravações de seu álbum de estreia. Harun planeja fugir de casa para encontrar o garoto que ama. Nathaniel acaba de chegar a Nova York com uma mochila, um plano elaborado em meio ao desespero e nada a perder.

Os três se esbarram por acaso no Central Park e, ao longo de um único dia, lentamente revelam trechos do passado que não conseguiram enfrentar sozinhos. Juntos, eles começam a entender que a saída do lugar triste e escuro em que se acham pode estar no gesto de ajudar o próximo a descobrir o próprio caminho. 

Contado a partir de três perspectivas diferentes, o romance inédito de Gayle Forman aborda o poder da amizade e a audácia de ser fiel a si mesmo. Eu Perdi o Rumo marca a volta de Gayle aos livros jovens, que a consagraram internacionalmente, e traz a prosa elegante que seus fãs conhecem e amam.

Oláááááá...

Vocês não tem a menor ideia do quanto eu estava louca para ler esse livro. Sou uma fã declarada da Gayle, então vocês tem ideia do quão alta estava a minha expectativa para essa obra? Será  que minhas expectativas foram alcançadas?

Continuem a ler!

“Eu perdi o rumo” é o mais recente lançamento da Gayle Forman aqui no Brasil pela editora Arqueiro. Esse livro conta concomitantemente a história de três pessoas diferentes que não se conhecem, porém, se cruzam acidentalmente e estão passando pela mesma fase, todos perderam seu rumo.

Freya, Harun e Nathaniel, cada um ao seu modo, cada  um pelo seu motivo, mas todos se vêem perdidos e sozinhos no mundo. No entanto, nos capítulos subsequentes nos mostram passo a passo o inicio do fim.

Freya é uma cantora em início de carreira que, justamente no instante em que começa a gravar o seu cd, sua voz some e ela não consegue mais cantar.

Harun é um jovem de origem paquistanesa que logo quando criança descobriu que sentia atração por meninos e não meninas como a religião e o mundo obrigavam. Ele era o errado, mas como amar podia ser errado? Como enfrentar a família e os preconceitos? Isso estava acabando com ele.

E por fim, Nathaniel. Ele tinha um pai que era considerado uma criança. Com o divórcio dos pais, esse adulto irresponsável ficou com sua guarda e com o auxílio da avó do garoto o criou até o dia em que a velhinha ficou doente. Nessa hora, Nathaniel se tornou o adulto da casa e viu seu pai piorar cada dia mais, até que um dia ele se viu completamente sozinho e sem rumo.

O destino dos três se cruzam de uma maneira inesperada, mas de um jeito mais inexplicável ainda, um acaba se tornando o alicerce do outro.

Separados, eles eram quebrados e solitários. Juntos, eram amigos, companheiros  e cúmplices.

[QUOTE] Portar a perda de alguém é ser o guardião de seu amor. Compartilhar a própria perda com alguém é uma forma de dar o próprio amor. [...]

A evolução do livro é linda e emocionante. Essa autora tem o dom de destroçar meu coração em suas obras, obras essas que são cheias de críticas sociais e de lições para se levar para a vida.

Se eu tiver que listar para vocês o que aprendi com essa história, posso citar que aprendi que ninguém é feliz sozinho. Que você tem que se aceitar acima de tudo, pois mesmo que você esteja cercado de pessoas, se você não for fiel a si mesmo, você estará sozinho de qualquer forma.

Entretanto, acredito que a coisa mais bonita que esse livro nos mostra é o poder da amizade, da cumplicidade e da confiança.

Confesso que estava com muito medo de ler esse livro. O título faz com que subentendamos muitas coisas que não são legais. Pensei em depressão, suicídio... coisas nesse estilo. No entanto, o que vemos retratado nesse livro são situações que fazem o nosso mundo ruir.

O livro é narrado em terceira pessoa e é bem bem curtinho, afinal, possui apenas 10 capítulos que são narrados de forma alternada entre os três protagonistas e misturam o presente com cenas do passado para nos mostrar o que aconteceu.

Eu amo a escrita da Gayle. É leve, fluída, gostosa e extremamente simples. A autora tem o dom de tratar assuntos complicados de maneira doce.

Algo que vale ressaltar são os personagens. Nosso trio de ouro é encantador. É impossível não se envolver com eles ou querer protege-los. Posso dizer o mesmo dos personagens secundários que são muito bem trabalhados.

"Eu perdi o rumo" é um livro extremamente realista, atual, comovente e encantador.  A história dele poderia ser a minha, do seu amigo, sua ou até mesmo do seu vizinho. Até por que ninguém é feliz o tempo inteiro e mesmo se você jurar ser, bom, eu diria que isso não é nem um pouco saudável para ti, afinal, é preciso que os dias ruins existam para que você aprenda a valorizar os dias bons.

Pensando bem, algumas pessoas podem criticar o final do livro, pois para determinados assuntos ele pode se mostrar incongruente. Porém, acredito que essa é a mensagem do livro: Não importa se as coisas estão dando certo ou não, tendo as pessoas certas ao seu lado, tudo, de algum modo, ficará bem.

Recomendo essa leitura para todos que amam uma história gostosa e cheia de significados. Mas, acima de tudo, recomendo esse livro para as pessoas que não acreditam no poder da amizade e para aqueles que acham que estão realmente perdendo o rumo e precisam de um alicerce, pois perder o rumo é perder a si mesmo e talvez você não perceba, mas a ajuda pode vir de onde você menos espera.

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